Doença de refluxo gastroesofágico
doença crónica causada pelo refluxo do ácido do estômago em direção ao esófago / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), também conhecida como refluxo, é uma condição crónica. Acontece quando o conteúdo do estômago regressa ao esófago, causando sintomas ou complicações.[1][2] Os sintomas mais comuns são a azia, mau hálito, dor torácica, vómitos, dificuldade em respirar e o desgaste dos dentes . As possíveis complicações incluem a esofagite, estenose do esófago e o esófago de Barrett.[1] Não existe por enquanto uma cura conhecida.
Os fatores de risco incluem obesidade, gravidez, fumar, hérnia do hiato e alguns medicamentos.[1] Os medicamentos envolvidos mais comuns são anti-histamínicos, bloqueadores dos canais de cálcio, antidepressivos e indutores do sono.[1] A doença é causada por uma disfunção do esfíncter esofágico inferior, a união entre o estômago e o esófago, que não encerra por completo.[1] Em pessoas que não melhoram com medidas de tratamento simples, podem ser necessários métodos complementares de diagnóstico, como endoscopia digestiva alta, radiografias com contraste, phmetria esofágica ou manometria esofágica.[1]
O tratamento consiste em modificações no estilo de vida, medicação e, nos casos mais graves, cirurgia.[1] As modificações no estilo de vida incluem não se deitar nas três horas seguintes a comer uma refeição, perder peso, evitar alguns alimentos e parar de fumar.[1] Os medicamentos usados são antiácidos, bloqueadores do recetor H2, inibidores da bomba de protões e procinéticos.[1][4] Em pessoas que não melhoram com outras medidas, pode ser considerada cirurgia.[1]
Nos países ocidentais, a condição afeta entre 10 e 20% da população.[4] O refluxo gastroesofágico ocasional, sem sintomas ou complicações significatvas associadas, é mais comum.[1] A doença foi descrita pela primeira vez em 1935 pelo gastroenterologista norte-americano Asher Winkelstein.[5] Os sintomas clássicos já tinham sido descritos em 1925.[6]