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A Diocese de Tui-Vigo (Diœcesis Tudensis-Vicensis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica situada em Vigo, na província de Pontevedra (Espanha). Seu atual bispo é Antonio José Valín Valdés. Suas Sés são a Catedral de Santa Maria de Tui e a Catedral de Santa Maria de Vigo.
Diocese de Tui-Vigo Diœcesis Tudensis-Vicensis | |
---|---|
Catedral de Tui | |
Localização | |
País | Espanha |
Território | |
Arquidiocese metropolitana | Arquidiocese de Santiago de Compostela |
Estatísticas | |
População | 560 790 531 730 católicos |
Área | 1 728 km² |
Arciprestados | 17 |
Paróquias | 276 |
Sacerdotes | 232 |
Informação | |
Rito | romano |
Criação | século VI |
Catedral | Catedral de Santa Maria de Tui Catedral de Santa Maria de Vigo |
Governo da diocese | |
Bispo | Antonio José Valín Valdés |
Vigário-geral | Juan Luis Martínez Lorenzo |
Bispo emérito | Luís Quinteiro Fiúza |
Jurisdição | Diocese |
Página oficial | www |
dados em catholic-hierarchy.org |
Possui 276 paróquias servidas por 232 padres, assistindo a uma população abrangida de 560 790 habitantes, com 94,8% da população jurisdicionada batizada (531 730 católicos).[1]
Segundo a tradição cristã, no início do século I o apóstolo Santiago evangelizou a cidade de Tui, fundando ali a primeira comunidade cristã que daria início a diocese e nomeando a Santo Epitácio como o seu primeiro bispo. Contudo, até meados do século VI não se tem certeza documental plena da existência da diocese nem dos seus bispos.
A criação da diocese de Tui respondeu possivelmente ao processo de implantação do cristianismo que a partir do edito de Milão do ano 313 estava se desenvolvendo no Império Romano. As grandes e medias cidades do Império converteram-se assim em centros que irradiavam as novas crenças religiosas e onde se assentavam as primeiras estruturas administrativas eclesiásticas. É deste contexto histórico de onde surge provavelmente a verdadeira ereção de um centro eclesiástico administrativo na antiga cidade galaico-romana de Tude, e que finalmente suportará a fundação desta diocese em algum momento entre os séculos IV e VI, como sufragânea da Arquidiocese de Braga.
A primeira notícia da existência da diocese é documentada no Segundo Concílio de Braga (ano 572) auspiciado pelo rei galaico-suevo Miro, onde o primeiro bispo tudense conhecido, Anila subscreve as atas como: Anila Tudensis ecclesiae episcopus his gestis subscripsi.[2] Neste marco histórico oficializa-se a demarcação territorial da diocese, que entre os séculos VI e XIV compreendeu os territórios entre a ria de Vigo e o rio Limia e desde a costa atlântica até a serra do Leboreiro.
Por conta das lutas normandas e dos conflitos militares com o Emirado de Córdova, os prelados tudenses se viram obrigados a residirem em Iria Flávia, Labruge (Portugal) e Ribas de Sil.[3] Consta que o rei Ordonho II restaurou a diocese em 915 e ainda foi agregada a Santiago em 1024. Terminada a destruição da sé, o rei García fixou em 1071 a restauração definitiva.[3]
A independência do condado Portucalense do reino de Galiza no início do século XII supõe a divisão da diocese entre ambos reinos pelo rio Minho. Assim, em 27 de fevereiro de 1120 passa a fazer parte da província eclesiástica da Arquidiocese compostelana. Finalmente, no século XIV, delimita-se a fronteira sul da diocese devido a que os cónegos e vigários com jurisdição em Portugal eram favoráveis à legitimidade do Papa Urbano VI, enquanto que o bispo de Tui, D. Juan Fernández de Sotomaior, e os capitulares ao norte do rio Minho apoiaram ao Papa Clemente VII, o papa de Avinhão.[3] No ano de 1452, consumou-se a ruptura, pois a colegiada de Valença foi adscrita à diocese de Ceuta e, posteriormente, em 1514, à Arquidiocese de Braga, perdendo Tui a zona compreendida entre o rio Minho e o Limia.
A cultura liberal e ilustrada, que invadiu a Europa no século XIX, também teve a sua repercussão na diocese tudense. E, assim, quando em 1813 foram abolidos os senhorios jurisdicionais, o bispo e o cabido viram-se obrigados a uma maior concentração na sua missão religiosa. Também a desamortização de Mendizábal (1836) produziu o abandono na diocese de importantes mosteiros, como o de Santa María de Oia e o de Melón, e a perda de patrimônio artístico e documental.
Em 1959 o Papa João XXIII pela bula Quemadmodum impiger concede-lhe a dupla titularidade Tudensis-Vicensis à diocese, elevando a categoria de concatedral o templo de Santa María de Vigo e trasladando a esta cidade a sé do bispo e mais a do cabido.[4]
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