Dinastia Bagrationi
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Dinastia Bagrationi (em georgiano: ბაგრატიონი) é uma dinastia real que governou a Geórgia da Idade Média até o início do século XIX e uma das mais antigas dinastias reais cristãs ainda existentes no mundo[7][8][9][10][11]. Na terminologia moderna, a linhagem real é geralmente chamada de Bagrátidas georgianos (uma forma helenizada do nome dinástico).
Bagrationi ბაგრატიონი | |||
---|---|---|---|
Brasão | |||
País: | Geórgia | ||
Títulos: | |||
Último soberano: | Jorge XII e Salomão II | ||
Atual soberano: | Príncipe Nugzar Bagrationi[1][2][3] (disputado) Príncipe David Bagrationi[4][5][6] (disputado) | ||
Ano de fundação: | ca. 780 | ||
Etnia: | Georgianos | ||
Linhagem secundária: | Casa de Mukhrani |
A origem da dinastia Bagrationi é tema de muita disputa. A origem comum com a dinastia Bagratúnio de etnia armênia tem sido aceita por muitos estudiosos[12]. A família, na pessoa de Asócio I, conseguiu o Principado da Ibéria no final do século VIII. Seus descendentes restauraram, em 888, a monarquia georgiana e reuniram vários estados nativos no Reino da Geórgia, que prosperou entre os séculos XI e XIII. Este período, principalmente os reinados de David IV (r. 1089–1125) e de sua bisneta, Tamara (r. 1184–1213), é celebrado como uma "era de ouro" na história da Geórgia, com avanços militares e diversos marcos culturais importantes[13].
Depois da fragmentação do Reino da Geórgia no final do século XV, os ramos da dinastia Bagrationi reinaram os três reinos georgianos resultantes, o Reino de Cártlia, Reino da Caquécia e o Reino de Imerícia até a anexação russa no início do século XIX[13]. Apesar do 3º artigo do Tratado de Georgievsk ter garantido a soberania da dinastia Bagrationi e a sua continuidade no trono, a coroa russa posteriormente violou o tratado e transformou o ato numa anexação ilegal[14]. A dinastia persistiu dentro do Império Russo como uma família nobre até a Revolução de Fevereiro de 1917. A fundação da União Soviética e a criação da República Socialista Soviética da Geórgia em 1921 forçou alguns membros da família a aceitar um status inferior e a perda de propriedades na Geórgia enquanto outros fugiram para a Europa Ocidental[13], com alguns voltando para sua terra natal depois da independência da Geórgia em 1991.