Delações da JBS na Operação Lava Jato
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As delações da JBS na Operação Lava Jato referem-se ao acordo de leniência firmado entre a empresa JBS e a Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2017, no âmbito da Operação Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo em 18 de maio de 2017 a partir da delação premiada dos proprietários Joesley e Wesley Batista e de executivos da empresa.[1] Em 14 de setembro de 2017, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot rescindiu o acordo de Joesley e Ricardo Saud por suspeitas de obstrução de investigação feitas pelos colaboradores.[2] No ano seguinte, a procuradora-geral Raquel Dodge, rescindiu o acordo de Wesley Batista e de Francisco de Assis e Silva por omissão de fatos criminosos dos quais tinham conhecimento.[3]
Após as delações, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sofreu forte queda, bem como o real, no que ficaria conhecido como "Joesley Day".[4] O poder político do governo Temer também foi impactado, principalmente no que diz respeito à aprovação da reforma da previdência.[5]
Nos termos da delação dos executivos da JBS, foram mencionados repasses para mais de 1800 políticos, superando quinhentos milhões de reais para ajudar nas campanhas.[6]
As primeiras ações decorrentes das delações foram a Operação Patmos, a Operação Tendão de Aquiles[7] - que prendeu Wesley Batista -,[8] e a denúncia da PGR contra Michel Temer, além de inquérito contra diversos políticos mencionados nos termos de colaboração.