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Darcy Loss Luzzatto (Pinto Bandeira, 27 de outubro de 1934 — Pinto Bandeira, 18 de maio de 2020) foi um professor, pesquisador, escritor, linguista e editor brasileiro, e uma das maiores autoridades sobre o dialeto talian.
Darcy Luzzatto | |
---|---|
Nascimento | 1934 Pinto Bandeira |
Morte | 2020 |
Residência | Pinto Bandeira |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | lexicógrafo, matemático, professor universitário, gramático, escritor, linguista, editor |
Empregador(a) | Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Religião | catolicismo |
Fez estudos primários em Bento Gonçalves e Farroupilha, e com 18 anos mudou-se para Porto Alegre,[1] onde se formou em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, lecionando por muitos anos. Atuou como professor nos colégios Rosário, Júlio de Castilhos, Concórdia e Parobé e no curso pré-vestibular Mauá, do qual foi co-fundador e diretor.[2][3] Publicou várias obras técnicas e didáticas.[2][4] Encerrou sua carreira docente em 1977 para dedicar-se à editora que havia fundado em 1967,[2] a Sagra Luzzatto, que publicava obras em talian ou bilíngues.[5] Foi também editor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, presidiu a Câmara Rio-Grandense do Livro e fez parte da diretoria da Câmara Brasileira do Livro.[1]
Destacado estudioso do processo de imigração italiana no Rio Grande do Sul,[6] descendente de imigrantes e grande conhecedor do talian, foi um dos protagonistas dos estudos que levaram à fixação e normatização do dialeto,[7][8] sendo autor de dicionários, gramáticas e outras publicações.[1] Seus dicionários em particular são considerados entre as principais obras de referência em seu campo.[9][10] Foi um dos fundadores e membro da Comissão de Estudo para Unificação Gráfica do Talian[11] e membro do Grupo de Unificação da Língua Talian.[12] Em 2006 participou dos trabalhos do I Seminário sobre a Criação do Livro de Línguas, organizado pela Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Câmara de Deputados do Brasil, quando defendeu o tombamento do dialeto. Foi então criado um grupo de trabalho interdisciplinar e interministerial para estudar medidas de reconhecimento e valorização da diversidade linguística do Brasil, na qual foi incluída a antiga língua falada pelos imigrantes.[13] Este processo, do qual fez parte, culminou no reconhecimento do talian pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como Referência Cultural Brasileira e Patrimônio Nacional Imaterial.[14]
Manteve cursos do dialeto,[3] foi um dos seus maiores pesquisadores[15] e importante divulgador,[16] de todos o mais entusiasta, segundo Silvino Santin,[10] colaborador da revista Talian Brasil,[8] participou do I Seminário Internacional Talian,[17] e foi muitas vezes convidado a falar nos Encontros dos Radialistas Divulgadores do Talian no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.[2]
Segundo Alex Eberle, seu legado cultural foi reconhecido na Itália e no Brasil.[1] Alessandro Scandale, escrevendo para o jornal italiano La Domenica di Vicenza, o chamou de "um dos maiores escritores em talian no Brasil meridional, com mais de 13 livros escritos, incluindo o importante dicionário talian-português".[18] Por ocasião de sua morte, o Projeto Talian em parceria com o Programa de Pós-Graduação CTISM/UFSM agradeceram, em nome das futuras gerações, o seu legado "na preservação da história, cultura e pesquisa da língua vêneta e suas variantes".[17]
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