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Craig Jones (Crewe, 16 de Janeiro de 1985 – Londres, 4 de Agosto de 2008) foi um piloto de motos Inglês.
Nascido em Crewe, Cheshire, Jones teve uma carreira bem sucedida nas competições mais baixas do motociclismo britânico, vencendo o Campeonato Britânico de Júnior Mini-Moto de 1996, o Campeonato Britânico de Sénior Mini-Moto de 1997 e o Campeonato Britânico de Superstock Júnior de 2002, antes de subir na carreira para o Campeonato Britânico de Supersport.
Em 2002 Jones pilotou em trials no Isle of Man TT Races para a equipa Triumph Motorcycles/Valmoto na prova Daytona 600. Jones ficou na equipa para competir em 2003 e 2004 nessas temporadas no Campeonato Britânico de SuperSports, com Jones a vencer só na última corrida, em Donington Park.[1] Jones acabou a temporada de 2004 em 8º lugar na classificação geral final.
Em 2005 Jones teve o seu melhor ano no Campeonato Britânico de SuperSport, correndo para a equipa Northpoint Honda, conseguindo 7 pódios e o 2º título Leon Camier. Jones correu em 2 rondas britânicas do Mundial de SuperSport com WildCard, com uma performance impressionante. Jones qualificou-se na linha da frente em Silverstone e competiu pela liderança sem problemas de perda de tracção, e acabou em 8º em Brands Hatch. Jones foi também chamado pela equipa prestigiada Ten Kate Honda para Brno, onde acabou em sexto.
Jones subiu para o Campeonato do Mundo de Superbike para a Temporada de 2006, na pouco competitiva Foggy Petronas FP1. O 13º lugar em Imola foi a sua única corrida a somar pontos no campeonato.
Em 2007, Jones regressou ao campeonato Mundial de SuperSports para a sua 1ª temporada completa como piloto de SuperSport, correndo com a equipa Reve Ekerold Honda. Jones conseguiu um imprevisível 5º lugar final no campeonato com 3 pódios, em Brno, Vallelunga e Magny-Cours.
Em 2008, Jones continuou nas Supersport, com a equipa da Parkalgar (proprietária do Autódromo Internacional do Algarve) e obteve mais 3 pódios e o 6º lugar no campeonato antes da sua última e trágica ronda caseira em Brands Hatch.
Jones morreu como resultado de lesões na cabeça resultantes de uma queda e subsequente colisão durante a ronda de Brands Hatch do Campeonato Mundial de Supersport de 2008.
A queda ocorreu na "Clark Curve", uma curva rápida à direita, para entrar na recta da meta do circuito de Brands Hatch. No momento da queda, Ele era 2º na corrida e lutava com Jonathan Rea pela liderança. Como Jones acelerou fora da curva, a roda traseira da sua Honda CBR-600RR perdeu tracção e o piloto caiu atravessado entre os 2 pilotos com que estava a disputar a posição. O piloto australiano Andrew Pitt tentou uma acção evasiva, mas a roda da frente da sua moto e a sua protecção de joelho colidiram com a cabeça de Jones.[2]
A corrida foi imediatamente interrompida pelos oficiais, para o pessoal médico atender Jones, e levaram-no para o centro médico do circuito de Brands Hatch, onde os médicos de reanimação cardio-pulmunar da "Clinica Mobile" o reanimaram por 4 vezes. De seguida, foi levado via aérea, no Air Ambulance, para o Hospital "Royal London Hospital". A condição de Craig Jones era considerada como "muito crítica", e induziram o piloto em coma médico, numa tentativa para estabilizar a sua condição. Esta intervenção não foi bem sucedida e Jones foi declarado como morto pelos médicos pouco depois das 00h30 hora local a 4 de Agosto de 2008.[3][4] Como ele estava em 2º na corrida no momento do acidente, o piloto subiu para o 5º lugar do campeonato.[5]
O 4 vezes campeão do mundo e antigo chefe de equipa de Jones, Carl Fogarty, disse que "Craig era um dos bons jovens pilotos, considerados o futuro do desporto britânico. Dei-lhe uma oportunidade na equipa em 2006 porque considerei que ele estava no topo".[6]
O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, cujos proprietários também estão envolvidos na equipa da Parkalgar Honda, deu o seu nome a uma das curvas do circuito. [7] A curva “Craig Jones” é a mais apertada do circuito.
O piloto inglês de Superbike Cal Crutchlow correu em Knockhill, usando um dos capacetes de Jones, uma semana depois do acidente. [8]
Em 14 de março de 2009, Eugene Laverty da Parkalgar venceu em Losail no Mundial de Supersport. A sua moto carregava um pequeno decalque com # 18, o numero de Jones, e na entrevista após o termo da corrida, Laverty dedicou a vitória a Jones, creditando o trabalho que ele tinha feito para tornar a equipa competitiva.
Em 17 de agosto de 2008, James Toseland correu no Grande prémio da República Checa com uma braçadeira preta e também um pequeno decalque com # 18 na carenagem da sua moto, para expressar a sua tristeza.
Em 22 de Outubro de 2009 ocorreu uma cerimónia de homenagem, com a exposição de um modelo em tamanho natural, de uma estátua, de autoria da escultora Paula Hespanha, representando Craig Jones na sua moto após a passagem pela Meta. Esta será a peça principal de um monumento, já parcialmente construido, que também inclui o arranjo arquitectónico da rotunda de acesso ao autódromo, com autoria de Paula Hespanha e do arquitecto Manuel Pedro Ferreira Chaves.
O monumento é uma escultura paisagística, que representa a Recta da Meta de um circuito de corridas, que se prolonga até ao parque de estacionamento da bancada principal. Esta intervenção plástica de grande escala serve para enquadrar a estátua mas também constitui um acesso que permitirá a aproximação pedonal à estátua.[9]
O representante do Autódromo Internacional do Algarve e da Parkalgar, Paulo Pinheiro, declarou: "É um agradecimento muito especial a Craig Jones que ficará para sempre imortalizado nas nossas memórias. Esta homenagem pretende manter viva a admiração e respeito pelo trabalho de Craig no motociclismo mundial".[10] “Esta estátua vai garantir que Craig Jones nunca seja esquecido.”[11]
A inauguração definitiva da estátua, em mármore e aço inox, estava esperada para 2010. Caso seja concluída, esta será a única estátua do mundo em pedra representando uma moto.[12][13]
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