Copa Intercontinental
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A Copa Intercontinental (português brasileiro) ou Taça Intercontinental (português europeu), Copa Europeia/Sul-Americana (português brasileiro) ou Taça Europeia/Sul-Americana (português europeu) , ou Copa Toyota (português brasileiro) ou Taça Toyota (português europeu),[1] foi um torneio de futebol realizado entre 1960 e 2004, pelos campeões da Liga dos Campeões da UEFA e da Copa Libertadores da América. Conforme entendimento da FIFA, em 2017, é predecessora direta da Copa do Mundo de Clubes FIFA, sendo a competição mundial que outorgava o posto de "campeão mundial de futebol" antes desta.[5]
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Copa Intercontinental Copa Europeia/Sul-Americana | |||||||||
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Dados gerais | |||||||||
Organização | UEFA e Conmebol (de 1960 a 1979) Associação de Futebol do Japão (de 1980 a 2004, com supervisão dessas confederações)[1][2] | ||||||||
Edições | 43 | ||||||||
Outros nomes | Copa Europeia/Sul-Americana Copa Toyota Copa Intercontinental de Clubes Campeões[3] Mundial Interclubes[4] | ||||||||
Sistema | Jogos de ida e volta ou jogo único | ||||||||
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De 1960 até 1979, a competição foi organizada por meio de uma parceria entre UEFA e CONMEBOL e os jogos eram disputados nos países dos respectivos campeões continentais, em dois jogos, no sistema de ida-e-volta. De 1960 a 1968, o regulamento utilizado levava em conta apenas os pontos conquistados nas partidas, sem levar em conta o saldo de gols; em caso de empate em número de pontos, uma terceira partida era necessária para o desempate, tendo a terceira partida ocorrido em 1961, 1963, 1964 e 1967, sendo que em 1964 e 1967 a partida-desempate foi jogada em país-neutro. De 1969 a 1979, o saldo de gols agregados das duas partidas passou a contar como critério de desempate. A exceção neste período foi a edição de 1973, jogada em partida única. Nas edições de 1971, 1973, 1974, 1977 e 1979, o clube campeão europeu se recusou a participar e foi substituído pelo vice-campeão; em apenas uma entre estas cinco ocasiões, o vice-campeão europeu se sagrou vencedor do duelo (1974). De 1980 até 2004, a competição foi disputada em uma única partida realizada no Japão, passando a ser organizada pela Associação de Futebol do Japão e denominada Copa Toyota, por questões de patrocínio,[6][7][8][9][10] porém continuando sendo supervisionada por UEFA e CONMEBOL.[11][2]
Todas as edições da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, foram organizadas ou supervisionadas por UEFA e CONMEBOL,[12][13][12][13] não tendo sido um evento gerido e aprovado pela FIFA na época,[14] sendo retroativamente reconhecida a sua oficialidade e status de mundial pela entidade,[3][15] recebendo a condição de competição oficial, desde seu início, pelas duas confederações disputantes.[16][17][18][19][20]
A Copa Intercontinental, no novo formato disputado no Japão com patrocínio da Toyota Motor, decorreu com sucesso até 2004, fundindo-se eventualmente com o Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA, que teve a sua primeira competição em 2000 e retornou em 2005. O FC Porto, de Portugal, foi a última equipe a vencer a Copa Intercontinental em 2004. O AC Milan, três vezes vencedor e quatro vezes vice-campeão, foi o mais bem-sucedido. O Milan dividiu o número de títulos com o Real Madrid, Boca Juniors, Penarol e Nacional, mas ficou à frente na competição nas finais disputadas.[3]
Em 2017, a FIFA reconheceu retroativamente a Copa Intercontinental como torneio mundial oficial, aceitando-a como precursora da Copa do Mundo de Clubes da FIFA e declarando o vencedor de cada edição como o campeão mundial daquele ano. O reconhecimento foi concedido graças a uma solicitação do presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, que foi aceita pela entidade.[5][21] No entanto, sem promover a unificação com a competição da FIFA.[22][23]
Em 22 de novembro de 2018, a FIFA volta a gerar polêmica, ao divulgar em suas redes sociais oficiais que o único clube não europeu a ser bicampeão da Copa do Mundo de Clubes da FIFA (FIFA Club World Cup) é o Corinthians. Assim, parte da imprensa entendeu, erroneamente, que a entidade não consideraria oficialmente os vencedores da Copa Intercontinental como campeões mundiais.[24][25][26] Porém, na referida postagem a FIFA se refere especificamente à Copa do Mundo de Clubes da FIFA (FIFA Club World Cup), e não ao conceito geral de "campeão mundial de clubes" ou de "competição mundial", que também inclui a Copa Intercontinental e a Copa Rio de 1951 (esta, com reconhecimento dado em 2014, não revogado pelo de 2017), conforme entendimentos publicados pela instituição.
Alejandro Domínguez, citou em entrevista a uma rádio argentina, que as negociações entre CONMEBOL e UEFA para uma reedição da Copa Intercontinental em 2018, estavam bastante adiantadas.[27] Porém, no ano seguinte, disse que os planos foram adiados em razão do novo formato do Mundial de Clubes da FIFA.[28]
Uma versão sub-20 foi estreada em 2022, visando anuidade. As confederações ainda lançaram duas outras competições, entre profissionais: a Copa dos Campeões da CONMEBOL–UEFA (entre seleções campeãs continentais), em 2022, e o Desafio de Clubes da UEFA–CONMEBOL (entre clubes campeões continentais de torneios secundários), em 2023.