Controle bibliográfico
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O controle bibliográfico consiste, de modo geral, em um arranjo de técnicas e procedimentos cujo objetivo é organizar e preservar determinado conjunto de suportes de informação para torná-los acessíveis, da forma mais eficiente possível, a qualquer indivíduo de que dele necessite. De forma mais ampla, o controle bibliográfico também é definido como o domínio que se possui sobre certos documentos. Este domínio pode ser exercido pela criação de bibliografias ou pela adoção de procedimentos de padronização da descrição bibliográfica, por exemplo.[1]
Esta página ou se(c)ção precisa ser formatada para o padrão wiki. (Outubro de 2020) |
Em outras palavras, a ideia de controle bibliográfico está relacionada ao estabelecimento de sistemas e padrões a serem adotados na representação descritiva de itens bibliográficos tendo em vista facilitar o acesso à informação nas diferentes áreas do conhecimento.
Grings e Pacheco (2010) afirmam que o conceito de controle bibliográfico nasce junto com a própria instituição Biblioteca, já que paralelamente ao crescimento das coleções bibliográficas faziam-se necessários instrumentos que permitissem um controle local efetivo do acervo. As autoras exemplificam o caso dos catálogos da biblioteca de Alexandria como primeiros instrumentos de controle bibliográfico, passando pelas bibliografias até chegar ao ideal preconizado por Paul Otlet com o Répertoire Bibliographique Universel, concebido no século XIX.[2]
No Brasil, o chamado controle bibliográfico nacional é encabeçado pela Biblioteca Nacional, responsável pelo depósito legal[2] e pela bibliografia nacional[3]. Existe também o Controle Bibliográfico Universal (CBU), um agregador de iniciativas nacionais que tem como intuito formar um repositório abrangente e global de informações bibliográficas. O CBU é resultado de uma parceria entre a Unesco e a IFLA, estabelecida nos anos 70, visando facilitar o intercâmbio de informações entre as instituições.[2]
O controle bibliográfico na área de Biblioteconomia e Documentação no Brasil remonta aos anos 60 como resultado do trabalho do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual IBICT[1].
Instrumentos de controle bibliográfico
- Bibliotecas nacionais
- Depósito legal
- Bibliografia nacional
- Padronização da descrição bibliográfica
- Catalogação
- Sistemas de identificação numérica de documentos
Controle Bibliográfico Nacional e Depósito Legal na América Latina
Resumir
Perspectiva
O controle bibliográfico nacional é uma ferramenta importante para preservar a memória e o conhecimento de um país. Ele funciona por meio do depósito legal, que obriga editoras a enviarem exemplares de suas publicações para bibliotecas nacionais. Na América Latina, porém, este sistema enfrenta muitos problemas, como leis antigas, falta de políticas públicas e dificuldades financeiras, o que dificulta a criação e a atualização de listas completas e atuais de obras publicadas em cada país.
Enquanto países como Espanha e Portugal têm sistemas mais organizados e modernos, a América Latina ainda depende, em grande parte, de iniciativas isoladas e de bibliografias retrospectivas, ou seja, que registram obras já publicadas no passado. Além disso, o foco na preservação de materiais impressos limita o registro de conteúdos digitais e audiovisuais, essenciais no mundo atual.
Um estudo de Xavier e Álvarez (2023) destaca a importância de ações conjuntas entre os países da região para modernizar as leis e ampliar o controle bibliográfico, incluindo o registro de novos formatos digitais. Eles também sugerem parcerias entre instituições nacionais para garantir que o depósito legal seja mais eficiente, ajudando a preservar o patrimônio cultural e científico da América Latina.
Referências
Wikiwand - on
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.