Comunidade Valenciana
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A Comunidade Valenciana,[1] ou País Valenciano, é uma comunidade autónoma espanhola e mediterrânica,[2] situada na costa oriental da Península Ibérica.
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Comunidade autónoma | ||||
Símbolos | ||||
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Hino | Himne de València | |||
Gentílico | valenciano | |||
Localização | ||||
Administração | ||||
Capital | Valência | |||
Presidente | Carlos Mazón (PP) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 23 255 § km² | |||
População total (2005) | 4 692 449 ¶ hab. | |||
Densidade | 201,78 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Províncias | Alicante, Castelló, Valência | |||
Idioma oficial | valenciano e castelhano | |||
Estatuto de autonomia | 10 de julho de 1982 10 de abril de 2006 (reforma) | |||
ISO 3166-2 | VC | |||
Congresso Senado |
32 assentos 5 assentos | |||
Sítio | Generalitat Valenciana | |||
§ 4,6% da área total de Espanha ¶ 10,63% da população total de Espanha |
Geograficamente, estende-se do Rio Sénia até Pilar de la Horadada, para lá da foz do Rio Segura, com uma fronteira terrestre de 834 km de extensão e uma costa com 644 km de comprimento e que se corresponde em grande parte com os limites do histórico Reino de Valência. As ilhas da Nova Tabarca, Columbretes e outras ilhas menores adjacentes são também de administração valenciana. Possui um exclave, Rincón de Ademuz, rodeado por municípios aragoneses e manchegos. Limita a oeste com Castela-Mancha e Aragão, a sul com Múrcia e a norte com a Catalunha.
A capital administrativa é Valência (797 658 hab.). Juntamente com Alicante (333 408 hab.) e Castelló de la Plana (172 624 hab.) conforma também capital provincial e juntamente com Elche (222 422 hab.) e Torre Velha (105 205 hab.) as cidades mais populosas. As áreas metropolitanas de Valência (1 559 084 hab.[3]) e de Alicante-Elche (757 085 hab.[4]) configuram os maiores núcleos de população da Comunidade. Com 23 255 km² e 5 004 844 habitantes, é a oitava maior comunidade de Espanha.[5]
É um território altamente industrializado e com fortes setores turístico e agrícola, o que a afigura como a quarta comunidade autónoma em termos de importância para a economia nacional, gerando 9,6% do PIB espanhol.[6]
As suas origens remontam ao século XIII, com a colonização feudal de catalães e aragoneses pelos reinos de taifas islâmicos de Valência, Alpont, Dénia e parte de Múrcia. Uma vez finalizada a conquista, o rei Jaime I de Aragão Jaime promulga os Foros de Valência em 1261 e estabelece o Reino de Valência, entidade política, jurídica e administrativa com direito próprio fundada em 1239 e vigente até 1707. A independência foral do reino extingue-se em 1707 com os Decretos do Novo Plano promulgados pelo rei Filipe V de Espanha. As primeiras tentativas para recuperar um governo autónomo nos finais do século XIX e inícios do século XX fracassaram graças às diferentes ditaduras então instituídas. Na década de 60 do século XX, a pressão de diversos setores ideológicos para a criação de um governo próprio desemboca na criação do Conselho do País Valenciano em 1978 e mais tarde, em 1982, acaba por se constituir como uma comunidade autónoma espanhola.[7] Segundo o Estatuto de Autonomia, reformado em 2006 e ao amparo do Artigo 2.º da Constituição Espanhola, os seus habitantes, o povo valenciano, compõem uma nacionalidade histórica.[8]
Recebeu diversas denominações ao longo dos tempos. Em finais do século XIX era conhecida como Região Valenciana; a partir de 1960 surge o uso de País Valenciano, e com o Estatuto de Autonomia de 1982 é popularizado o termo Comunidade Valenciana. Igualmente, o uso de Valência é aceite, podendo no entanto criar confusão com a cidade ou província homónimas.
Nas primeiras legislaturas autonómicas sucederam-se três governos socialistas presididos por Joan Lerma, enquanto que após as eleições de 1995, e devido ao Pacto del Pollo ("Pacto do Frango") com a Unió Valenciana, o governo passa para as mãos do Partido Popular, que atinge em todas as eleições subsequentes a maioria absoluta, e tendo à cabeça como presidentes Eduardo Zaplana, José Luis Olivas, Francisco Camps e Alberto Fabra, este depois da demissão do seu antecessor pela sua implicação no caso Gürtel.[9] Desde 2015, o presidente é o socialista Ximo Puig, no cargo graças ao acordo assinado entre Compromís e Podemos (Acord del Botànic).