Comedores de homens de Tsavo
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Os comedores de homens de Tsavo eram um par de leões leste-africanos comedores de humanos na região próxima ao rio Tsavo, no oeste do Quênia, em dezembro de 1898. Os animais foram responsáveis por incontáveis mortes de trabalhadores que estavam construindo uma importante ferrovia na área. O caso chamou a atenção devido a brutalidade dos ataques e por causa do comportamento monstruoso incomum dos animais, que matavam inúmeras pessoas mas nem sempre com o objetivo de comê-las.[1]
Ao longo dos anos, o incidente foi ganhando fama, sendo assunto de livros e documentários. Vários filmes também usaram a temática do caso, incluindo The Ghost and the Darkness (de 1996), premiado com o Oscar, baseado no livro The Man-eaters of Tsavo, escrito pelo coronel John Patterson, que foi o homem que matou estes leões.[2]
Várias explicações foram dadas para justificar o comportamento anormal dos animais. Uma das teorias era que as presas naturais dos leões na região foram mortas em massa devido a uma epidemia de peste bovina, o que forçou os predadores a buscar presas alternativas. Outros pesquisadores dizem que os animais já estavam acostumados ao gosto da carne humana devido aos vários corpos que os mercadores de escravos deixavam na estradas que cortavam a região de Zanzibar.[2] Estudos recentes também apontam que os animais tinham problemas nos seus dentes, o que tornava caçar suas presas naturais mais difícil. Também acredita-se que a carne humana poderia ser um complemento à dieta dos animais e como os trabalhadores eram presas fáceis, eles acabaram se tornando o alvo principal dos leões.[3][4]