Comando Supremo da Revolução
Junta militar que governou indiretamente o Brasil pré-golpe de 1964 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O autodenominado Comando Supremo da Revolução foi um triunvirato governamental composto pelos três ministros militares, em 1964:
- Artur da Costa e Silva, ministro do Exército;
- Augusto Rademaker Grünewald, ministro da Marinha, e
- Francisco de Assis Correia de Melo, ministro da Aeronáutica.
Por ocasião da cassação do mandato de João Goulart pelo Congresso, em 2 de abril de 1964, o Governo Federal ficou nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, o paulista Ranieri Mazzilli (PSD), que na prática possuía apenas um cargo formal, já que o poder de fato era exercido pelos ministros militares, responsáveis pela assinatura do Ato Institucional Número Um (AI-1), o primeiro elemento formalizador das transformações políticas introduzidas pelos militares, assinado em 9 de abril de 1964, além de uma série de atos.[1] Mazzilli permaneceu como presidente até 15 de abril de 1964, quando Humberto de Alencar Castelo Branco, vencedor de eleição indireta no dia 11, tomou posse.
O comando teve, portanto, importância decisiva para a transição política que estava a ocorrer no Brasil. Costa e Silva e Rademaker continuaram como ministros do Exército e da Marinha, respectivamente, enquanto que Correia e Melo permaneceu ministro da Aeronáutica apenas até 20 de abril de 1964, quando foi substituído por Nélson Freire Lavanère-Wanderley. Correia, porém, tornou-se ministro do Supremo Tribunal Militar, em novembro de 1965. Um dos motivos para ele não permanecer no Governo foi seu posicionamento favorável a realização de novas eleições após alguns meses depois da destituição de Jango, como previsto no AI-1, o que acabaria por não ocorrer.