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Classe Gangut
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A Classe Gangut foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Imperial Russa e Frota Naval Militar Soviética, composta pelo Gangut, Petropavlovsk, Sebastopol e Poltava. Suas construções começaram em 1909 no Estaleiro do Almirantado e no Estaleiro do Báltico em São Petersburgo, sendo lançados ao mar em 1911 e comissionados na frota russa em 1914 e 1915. A Classe Gangut teve um tumultuado processo de desenvolvimento e projeto que envolveu uma competição internacional e protestos. A versão final usou um projeto russo que incorporou um esquema incomum do arranjo da bateria principal, com quatro torres de artilharia dispostas linearmente pelo comprimento dos navios.
Classe Gangut | |
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![]() O Gangut e o Petropavlovsk em julho de 1915 | |
Visão geral | |
Operador(es) | ![]() ![]() |
Construtor(es) | Estaleiro do Almirantado Estaleiro do Báltico |
Predecessora | Classe Andrei Pervozvanny |
Sucessora | Classe Imperatritsa Maria |
Período de construção | 1909–1915 |
Em serviço | 1914–1956 |
Construídos | 4 |
Características gerais (como construídos) | |
Tipo | Couraçado |
Deslocamento | 24 800 t (carregado) |
Comprimento | 181,2 m |
Boca | 26,9 m |
Calado | 8,99 m |
Propulsão | 4 hélices 4 turbinas a vapor 25 caldeiras |
Velocidade | 24 nós (44 km/h) |
Autonomia | 3 200 milhas náuticas a 10 nós (5 900 km a 19 km/h) |
Armamento | 12 canhões de 305 mm 16 canhões de 120 mm 1 canhão de 76 mm 4 tubos de torpedo de 450 mm |
Blindagem | Cinturão: 125 a 225 mm Convés: 12 a 50 mm Torres de artilharia: 76 a 203 mm Barbetas: 75 a 150 mm Torre de comando: 100 a 254 mm |
Tripulação | 1 149 |
Os quatro couraçados da Classe Gangut eram armados com uma bateria principal composta por doze canhões de 305 milímetros montados em quatro torres de artilharia triplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 181 metros, boca de 27 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado de mais de 24 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 25 caldeiras mistas de carvão e óleo combustível que alimentavam quatro conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 24 nós (44 quilômetros por hora). Eles também tinham um cinturão principal de blindagem que ficava entre 125 e 225 milímetros de espessura.
Os navios entraram em serviço no início da Primeira Guerra Mundial e foram designados para atuarem no Golfo da Finlândia, porém pouco fizeram pelo decorrer do conflito já que a Alemanha nunca tentou um ataque por ali. Suas tripulações se amotinaram em março de 1917 após o início da Revolução Russa e depois juntaram-se aos bolcheviques. Todos foram tirados de serviço em 1918 por falta de pessoal, exceto o Petropavlovsk, que foi usado em ações na Guerra Civil Russa contra o Exército Branco. O Poltava sofreu um incêndio devastador em 1919. Os quatro foram renomeados na década de 1920 para Oktiabrskaia Revolutsia, Marat, Parizhskaia Kommuna e Frunze, respectivamente.
As três primeiras embarcações foram modernizadas nas décadas de 1920 e 1930, enquanto várias propostas para reparar e modernizar o Frunze nunca foram realizadas e ele virou fonte de peças sobressalentes para seus irmãos. Na Segunda Guerra Mundial, o Oktiabrskaia Revolutsia e o Marat atuaram na Guerra de Inverno em 1939 e depois na invasão alemã em 1941. O Marat teve sua proa explodida, mas mesmo assim participou de bombardeios litorâneos junto com seu irmão. Enquanto isso, o Parizhskaia Kommuna lutou contra os alemães no Mar Negro. Após a guerra, os couraçados operantes foram usados como navios-escola até que todos os quatro fossem desmontados.