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Clara Ponsatí i Obiols (Barcelona, 19 de março de 1957) é uma economista espanhola. É membro da Assemblea Nacional Catalana (ANC) e secretária da Educação do Governo da Catalunha entre 2016 e 2017. Desde 2020, é deputada no Parlamento Europeu.
Clara Ponsatí | |
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Foto oficial como secretária do Governo da Catalunha, em 2017. | |
Secretária da Educação do Governo da Catalunha | |
Período | 14 de julho de 2017 — 28 de outubro de 2017 |
Deputada no Parlamento Europeu pela Espanha | |
Período | 1 de fevereiro de 2020 — atualidade |
Dados pessoais | |
Nome completo | Clara Ponsatí i Obiols |
Nascimento | 19 de março de 1957 (67 anos) Barcelona, Catalunha |
Nacionalidade | espanhola |
Alma mater | Universidade de Barcelona Universidade Autónoma de Barcelona Universidade de Minnesota |
Partido | Juntos pela Catalunha |
Ponsatí nasceu em 1957 em Barcelona, na Catalunha, filha de Josep Maria Ponsatí i Capdevila e Montserrat Obiols i Germà. Estudou na Faculdade de Economia da Universidade de Barcelona e, em 1988, ela recebeu seu Ph.D. em Economia pela Universidade de Minnesota.[1] Ponsatí é especialista em teoria dos jogos e economia política, com foco em modelos de negociação e votação.[2] Ponsatí foi pesquisadora do Instituto de Análise Econômica do CSIC (Conselho Superior de Investigações Científicas) e assumiu a sua gestão de 2006 a 2012. Foi professora visitante nas universidades de Toronto, San Diego e Georgetown.[3]
Em 2013, ela denunciou que o Ministério da Educação, Cultura e Desporto decidiu não renovar seu cargo de professora visitante da Cátedra Príncipe das Astúrias da Universidade de Georgetown devido a sua posição favorável ao direito de decidir, o que ela considerou uma "censura" diante de suas opiniões políticas. Seus pontos de vista sobre as relações entre Catalunha e Espanha levaram o então ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, a assegurar que uma cátedra no exterior não deveria servir "de base para fomentar processos separatistas contrários à Constituição ”, destacando que "enquanto eu for ministro isso não acontecerá em nenhuma embaixada espanhola”.[4]
É membro do secretariado nacional da Assemblea Nacional Catalana desde 2016.[5] Também faz parte do Institut d'Anàlisi Econòmic da UAB.[6]
Desde janeiro de 2016, ela foi diretora da Escola de Economia e Finanças da Universidade de St. Andrews (Escócia),[7] seu último cargo antes de assumir a Secretaria da Educação da Generalidade da Catalunha, em 14 de julho de 2017.[8]
Em 7 de setembro de 2017, passou a ser investigada pelo Ministério Público do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha por supostos crimes de prevaricação, desobediência ao Tribunal Constitucional e desvio de dinheiro público, após a assinatura do decreto regional para convocar um referendo de independência da Catalunha, considerado ilegal pelo tribunal constitucional espanhol, juntamente com os outros membros do governo autônomo catalão.[9]
Em 28 de outubro de 2017, em aplicação do artigo 155 da Constituição após a Declaração de independência da Catalunha, foi destituída do cargo de secretária.[10][11] No dia 30 desse mês, mudou-se para Bruxelas para não comparecer perante a justiça espanhola, juntamente com o recém-destituído presidente Carles Puigdemont e mais quatro ex-secretários do governo catalão, Antoni Comín (da Saúde), Lluís Puig (da Cultura) e Meritxell Serret (da Agricultura).[12]
Ela foi eleita deputada do Parlamento da Catalunha pela coalizão eleitoral Juntos pela Catalunha nas eleições para o Parlamento da Catalunha em 21 de dezembro de 2017,[13] e em janeiro de 2018 renunciou ao cargo de deputada.[14]
Em 23 de março de 2018, o juiz Pablo Llarena denunciou o processo contra Ponsatí - a quem declarou "à revelia" - por um suposto crime de rebelião, acusada de "assumir o controle e ocupação de todas as escolas dependentes de sua Secretaria para garantir seu uso para o referendo".[15][16][17] O Supremo Tribunal também emitiu um mandado de prisão europeu contra Ponsatí, que havia retornado ao cargo de professora na Universidade de Saint Andrews, na Escócia.[18][19] Posteriormente, a justiça do Reino Unido negou-se a extraditar Ponsatí, por considerar que o mandato emitido pelo juiz Llarena era "desproporcional" e solicitou mais informações do caso.[20][21] Depois que o juiz Llarena enviou as informações adicionais solicitadas pelas autoridades britânicas, o Reino Unido concordou em processar a ordem europeia.[22] Em 14 de novembro de 2019, Ponsatí testemunhou em Edimburgo perante um juiz escocês, que a liberou e não retirou o seu passaporte porque não via nenhum risco de fuga, agendando seu comparecimento em tribunal para o dia 12 de dezembro de 2019.[23]
Foi candidata às Eleições para o Parlamento Europeu de 2019 pelo JxCat-Lliures per Europa, na qual não havia obtido assento, mas após o Brexit, a saída dos deputados ingleses fez com que fossem incorporados novos deputados de diferentes países, entre os quais estava Ponsatí pela Espanha.[24] Foi empossada para todos os efeitos em 1 de fevereiro de 2020.[25] O processo de extradição foi posteriormente suspenso, pois o Tribunal de Edimburgo considerou que o novo status de Ponsatí lhe conferia imunidade.[26]
No início de março de 2021, o Parlamento Europeu retirou o estatuto de imunidade de Clara Ponsatí, Carles Puigdemont e Antoni Comín, por maioria, considerando que os crimes de que são acusados - secessão e desvio de fundos públicos - eram anteriores às eleições europeias em que eles receberam seu status parlamentar.[27]
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