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processo pelo qual um lugar ou pessoa se torna influenciado pela cultura castelhana Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A castelhanização (em castelhano: castellanización)[1] é o termo dado ao processo pelo qual um lugar ou uma pessoa é influenciada pela cultura castelhana ou um processo de cariz cultural ou linguístico pelo qual algo ou alguém se torna castelhano. A castelhanização manifesta-se pela utilização da língua castelhana, a producção e consumo da comida espanhola, a música espanhola e a celebração de feriados espanhóis.[2] Nas antigas colónias espanholas o termo também é usado no âmbito linguístico para o processo de substituição das línguas indígenas pelo castelhano.[3]
Na Espanha, o termo castelhanização pode referir-se à absorção cultural e linguística dos guanches, povo berber indígena das Canárias.[4] A ilhas seriam conquistadas pelos espanhóis no século XV.[5]
Também é usado para descrever o processo histórico pelo qual os falantes da línguas minoritárias da Espanha tais como o basco, o catalão, o asturo-leonês, o aragonês ou o galego são assimilados linguísticamente e abandonam a sua língua progressivamente para começaram a falar castelhano.[6][7][8] Este processo foi e continua a ser muito mais acentuado para o asturo-leonês e para o aragonês.[9][10]
De acordo com o Censo dos Estados Unidos de 2000,[11] cerca de 75% dos latinos falavam castelhano em casa. Ha altas concentrações dos hispânicos em partes do Texas e do Novo México, especialmente na fronteira com o México. Laredo, no Texas e Nogales, no Arizona, por exemplo, têm mais de 90% de habitantes de procedência latina.[12] De facto, estes lugares têm uma maioria de população hispânica desde a conquista e colonização espanhola da zona nos séculos XV e XVI.[13]
A América hispânica é o termo usado para descrever as zonas das Américas nas quais foram impostas a língua castelhana e a cultura espanhola pela conquista destes territórios pelo Império Espanhol.[14] Este processo começou a finais do século XV.[15] Todos estes territórios foram castelhanizados; porém, ainda há muita gente que conserva a sua cultura e tradições indígenas. Até recentemente, a castelhanização foi a política oficial de muitos países da América hispânica; somente recentemente começaram a existir programas de educação bilíngue intercultual.[16]
O arquipélago das Filipinas foi governado desde a Cidade do México como um território da Nova Espanha, de 1565 até 1821 quando foi administrado até 1898 pela Espanha como um província.[17] Apenas por um intervalo de dous anos, de 1762 até 1764 foram administrados pelo Reino Unido.[17] Desde finais do século XVI, a cultura espanhola tem influenciado a cultura local filipina.[18] Derivada das culturas austronésias e hispânica, concebe-se a cultura moderna das Filipinas como um mistura entre as tradições occidentais e orientais.[19] Embora a maioria dos filipinos falem uma língua austronésia, as línguas filipinas têm milhares de empréstimos linguísticos do castelhano.[20] Inclusive, ainda é falado na península de Zamboanga um crioulo baseado no castelhano chamado chavacano.[21]
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