Casa dos Corsi
Família Nobre / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Família Corsi foi uma das principais famílias nobres da cidade de Florença por muitos séculos.
Corsi | |||
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Quand à Dieu plaira (Quando Deus Quiser) | |||
País: | Florença, Toscana, Itália | ||
Títulos: | Marqueses de San Pellegrinetto Marqueses de Montepescali Marqueses de Caiazzo Barões de Turri e Moggio | ||
Ano de fundação: | século XIII |
Foi responsável, através da construção artística e contemporânea de seus Palácios, pela modificação e renovação de parâmetros antes aplicados a outros palácios na baixa idade-média, hoje transformados em Museus abertos a visitação. Os seus palácios foram o Palazzo Guicciardini Corsi Salviati, Palazzo Corsi em Anghiari, Palazzo Corsi-Horne, Palazzo 4º da Piazza Santa Croce, Palazzo Tornabuoni, Palazzo dei Boni, Villa Guicciardini Corsi Salviati,Palazzo Corsini, Villa Montughi, Palazzo Corsi-Albizzi, Giardino Corsi Annalena, Palazzo del Circolo dell’Unione e os Palazzos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 10º, 12º, 14º, 15º e 16º em Santa Croce. [1]
Através de Jacopo Corsi dito "Pai dos Pobres, da Ópera e do Melodrama", pela ascensão da Camerata Fiorentina – ou de’ Bardi – e pela criação da primeira ópera que se tem notícias no mundo, Dafne, que compôs juntamente de Jacopo Peri com libretto de Ottavio Rinuccini, e que foi apresentada em um de seus palácios em 1597. Foi responsável também por organizar Euridice em 1600 e pela mais antiga que se têm notícias, A Mascherata de Pan, qual vestígios apenas repousam no Archivo di Stato de Firenze. Após a morte de Jacopo, através do irmão dele, Bardo, pela organização de L’Argonautica em 1607. [1]
Foram exímios financiadores e mecenas que comissionaram e patrocinaram o desenvolvimento e trabalho de diversos artistas, dentre os quais estão Jacopo Peri, Ottavio Rinuccini, Giulio Caccini, Cigoli, Cristoforo Stati, Giulio Parigi, Pompeo Caccini, Settimia Caccini, Remigio Cantagallina, Zanobi Lastricati, Orazio Mochi, Giorgio Vasari, Domenico Ghirlandaio, Bartolomeo Ammannati, Cosimo I de’ Medici, Giuseppe Manetti, Pandolfo Sacchi, Antonio Novelli, Giambattista Marino, Alessandro Rondoni, Giovanni Caccini, Andrea Bôscoli, Pietro Bernini, Francesco Furini, Gherardo Silvani, Pompeo Caccini, Vittorio Barbieri, Romolo Ferrucci del Tadda, Baccio del Bianco, Stoldo Lorenzi, Giuliano da Sangallo, Simone del Pollaiolo, Cristofano Allori, Alessandro de Cristofano Allori, Cristofano de Alessandro de Cristofano Allori, Giovanni Boldini, Jean-Auguste Dominique Ingres, Andrea Appiani, Giulio Traballesi, e muitos, muitos outros. [1]
Com exceção dos títulos diplomáticos de Capitão, Comissário e Embaixador que muito ocuparam, mas que foram excluídas desta soma, foram ao todo 199 cargos públicos na cidade de Florença, dentre os quais 10 para a posição de Gonfalonieri di Giustiza, 34 para Priore delle Arti, 34 para membro dos Dodici Buonomini, 25 para membro dos Sedici Gonfalonieri di Compagnia, 3 para a posição de Senadores, 13 para Juízes do Tribunale della Mercanzia, 37 como Notários a Serviço da República Florentina e 43 como Cônsules em suas respectivas guildas. [1]
Fundaram um monastério camaldulense em 1402 na cidade de Florença sob o nome San Benedetto, próximo ao monastério Santa Maria dei Angeli, onde ergueram em seu nome uma capela chamada San Antonio e que não mais existe. Além deste monastério fundaram a igreja San Pellegrino em San Pellegrinetto em 1680 e Santa Maria dei Candeli em Florença em 1250 onde nesta última também possuíram uma capela. Foram responsáveis, também, pela reconstrução da Basilica de San Lorenzo em Florença, onde dotam até os dias de hoje uma capela que nomearam San Giuliano, assim como diversas tumbas históricas, e da reconstrução da Matriz de São Sebastião do Ribeirão Preto na cidade homônima em 1909. Outra capela desta família chamada Rosário com diversas Tumbas repousa em Santa Maria Novella, sem contar a que herdaram da família de’ Nome – ou de’ Nemi – em Santa Maria Alberighi, como aquela com algumas tumbas em San Paolino, uma Tumba em Santa Maria del Carmine, um Altar e diversas Tumbas em Santa Croce, e, por fim, uma Tumba em Santa Trinita, onde foi enterrada Nera Corsi, a primeira mulher casada, em toda Itália, a possuir uma tumba para si no século XV. [1]
Através de Niccolò de Francesco de Domenico Corsi, foram responsáveis pelo mantimento do manuscrito histórico de Ma’oz Tzur, conhecido como Yeshuati, que fizeram cópia entre 1460 e 1462. [1]
Em seu nome foram batizadas as Ruas Via dei Corsi em Florença, Via del Corso em Florença e Pilade Corsi na cidade de Ribeirão Preto. [1]
Foram seus feudos o Castelo de Caiazzo de onde Bardo Corsi foi consagrado Marquês de Caiazzo pelo Rei Filippo IV d’Asburgo da Espanha em 31 de julho de 1623, o Castelo ou Rocca de Trassilico de onde Antonio Corsi foi por intermédio do Duque da Modena Francesco I d’Este, consagrado Marquês de San Pellegrinetto pelo Imperador Ferdinando II d’Asburgo do Sacro Império Romano-Germânico em 29 de maio de 1635, o feudo de Montepescali de onde Amerigo ascendeu Marquês de Montepescali por concessão do Grão-Duque Ferdinando II d’Asburgo-Lorena em 1819 e a Baronia de Turri e Moggio, que galgaram por fim. [1]