Capital cultural
Conceito de status social e mobilidade social / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
No campo da sociologia, o capital cultural compreende os ativos sociais de uma pessoa (educação, intelecto, estilo de discurso, estilo de vestuário, etc.) que promovem a mobilidade social em uma sociedade estratificada.[1] O capital cultural funciona como uma relação social dentro de uma economia de práticas (sistema de troca), e compreende todos os bens materiais e simbólicos, sem distinção, que a sociedade considera raros e que vale a pena buscar.[2] Como uma relação social dentro de um sistema de troca, o capital cultural inclui o conhecimento cultural acumulado que confere status social e poder.[3][4]
O conceito de capital cultural ainda é utilizado para explicar as relações sociais mesmo na contemporaneidade, mas diante do contexto da era digital e das diversas possibilidades interação, especialistas salientam a consolidação também da web como espaço de produção de cultura, sendo possível falar em espaços virtual e espaço “concreto” de práticas sociais.[5]
Em "Cultural Reproduction and Social Reproduction" (1977), Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron apresentaram o capital cultural para explicar conceitualmente as diferenças entre os níveis de desempenho e desempenho acadêmico das crianças dentro do sistema educacional da França nos anos 60; e desenvolveu ainda mais o conceito no ensaio "The Forms of Capital" (1985) e no livro The State Nobility: Élite Schools in the Field of Power (1996). O capital cultural explica porque trabalhadores pobres votam em candidatos conservadores.[6]