Caldeira vulcânica
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Caldeira é a designação dada em geomorfologia e vulcanologia às estruturas de colapso que se formam na zona central dos maciços vulcânicos em resultado dos efeitos combinados do peso do edifício vulcânico e da perda de pressão litostática no interior da câmara magmática subjacente.[1] Com a perda de magma por erupção, da libertação de gases e de outros materiais voláteis para a atmosfera e do arrefecimento, a pressão no interior da câmara magmática decresce, o que provoca o aparecimento de fracturas circulares em torno da base do edifício vulcânico.[2] Essa fracturação em combinação com o peso das camadas superiores provoca o colapso do tecto da câmara magmática, o que causa o seu desabamento.[3] Este afundamento pode acentuar-se devido a fenómenos de reajustamento isostático que resultam numa maior descida da parte central da estrutura e na elevação dos flancos laterais.[4] As caldeiras apresentam em geral formas circulares a elípticas, com diâmetros que vão de menos de um quilómetro a algumas dezenas de quilómetros, delimitadas por bordos altos, por vezes quase verticais e em geral anelares, resultantes das estruturas de abatimento. Os bordos e suas margens topográficas são frequentemente pontilhados por vulcões marginais ou diques anelares. É frequente as caldeiras serem preenchidas por água das chuvas ou do degelo, formando lagos ou lagoas.