Cabo de Santo Agostinho
município do Estado de Pernambuco, Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Cabo de Santo Agostinho é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Faz parte da concentração urbana do Recife e integra a região metropolitana desta capital. O cabo de Santo Agostinho (acidente geográfico homônimo) é considerado por diversos estudiosos o local do Descobrimento do Brasil, por ter sido a porção de terra avistada pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, bem como o ponto de desembarque do explorador, no dia 26 de janeiro de 1500, três meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral à costa brasileira.[5][6] Entretanto, a navegação de navios castelhanos ao longo da costa brasileira não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. Por isso, considera-se que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.[7]
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Município do Brasil | |||
Praia de Itapuama, Bairro Reserva do Paiva, vista área da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho, Porto de Suape Navio João Cândido, Ruínas da Igreja em Nazaré. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Hinc natum Brasilia "Aqui, nasceu o Brasil" | ||
Gentílico | cabense | ||
Localização | |||
Localização do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco | |||
Localização do Cabo de Santo Agostinho no Brasil | |||
Mapa do Cabo de Santo Agostinho | |||
Coordenadas | 8° 17' 13" S 35° 02' 06" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Pernambuco | ||
Região metropolitana | Recife | ||
Municípios limítrofes | Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Vitória de Santo Antão e Moreno | ||
Distância até a capital | 33 km | ||
História | |||
Fundação | 15 de fevereiro de 1812 (212 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Clayton da Silva Marques (Keko do Armazém) (Progressistas, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 448,735 km² | ||
População total (IBGE/2020[2]) | 208 944 hab. | ||
• Posição | PE: 7.° | ||
Densidade | 465,6 hab./km² | ||
Clima | tropical (As') | ||
Altitude | 29 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [3]) | 0,686 — médio | ||
• Posição | PE: 8.° | ||
PIB (IBGE/2019[4]) | R$ 9 922 739,36 mil | ||
• Posição | PE: 4.°) (BR:100.° | ||
PIB per capita (IBGE/2019[4]) | R$ 47 924,83 | ||
Sítio | www.cabo.pe.gov.br (Prefeitura) www.cabodesantoagostinho.pe.leg.br (Câmara) |
A formação rochosa, caracterizada por uma extrusão vulcânica que avança sobre o mar, é também um marco geológico mundial por representar o último ponto de ruptura entre a América do Sul e a África — que até então eram unidas em uma única e imensa massa continental denominada Gondwana (a parte sul da Pangeia).[8]
A cidade abriga juntamente com Ipojuca o Complexo Industrial Portuário de Suape, um dos maiores polos industriais do Nordeste do país.[9] A sede municipal tem uma temperatura média anual de 24,4 °C, sendo a mata atlântica a vegetação nativa do município. 71,7% da população cabense vive na zona urbana, contando com 65 estabelecimentos de saúde.[10] O seu Índice de Desenvolvimento Humano em 2010 era de 0,686, considerado médio, e o oitavo maior do Estado.[11]
O início de sua colonização remonta a 1536, dois anos após a doação da Capitania de Pernambuco a Duarte Coelho. Seu filho Duarte Coelho de Albuquerque, segundo Capitão-Donatário de Pernambuco, a partir de 1560 atuou com colonos e índios na consolidação da posse das terras. No âmbito de campanha mais ampla, associada à expulsão de franceses que se haviam apossado do Recife (mesma época da campanha pela retomada da Guanabara e erradicação da França Antártica pelo Governador-Geral do Brasil e fundador do Rio de Janeiro, Mem de Sá), Duarte Coelho de Albuquerque reconquistou o Cabo de Santo Agostinho. Aliado a índios e colonos, dali expulsou caetés hostis e viabilizou na sequência a organização de sesmarias e a ocupação produtiva de áreas onde foram erguidos engenhos de açúcar. Em 1593, as terras foram elevadas ao status de freguesia, devido à prosperidade proporcionada pela monocultura da cana-de-açúcar.[12]
O município guarda um grande acervo histórico, cultural e religioso, como os antigos engenhos que ajudaram a colocar Pernambuco no topo mundial da produção de açúcar no século XVII. Engenhos antigos, como o Engenho Massangana hoje impulsionam o turismo rural no estado e revelam o contexto histórico da região.[13] Além do Forte Castelo do Mar, anteriormente Nossa Senhora de Nazaré, que desempenhou papel de alguma relevância no contexto da Insurreição Pernambucana contra o domínio holandês, no início da criação de uma consciência nacional brasileira.[14][15]