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grupo de concessionárias de distribuição de energia elétrica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
CPFL Energia é um grupo do setor de energia do Brasil, com sede em Campinas, São Paulo, e que atua no segmento de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
CPFL Energia | |
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Razão social | CPFL Energia S/A |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: CPFE3 NYSE: CPL |
Atividade | Energia |
Gênero | Sociedade Anônima |
Fundação | 16 de novembro de 1912 (111 anos) |
Sede | Campinas, São Paulo, Brasil |
Proprietário(s) | State Grid (83,71%)[1] |
Presidente | Gustavo Estrella |
Pessoas-chave | Gustavo Estrella (CEO) |
Empregados | 12.976 |
Produtos | Geração, transmissão, distribuição, comercialização e soluções em energia elétrica |
Subsidiárias | CPFL Renováveis CPFL Brasil CPFL Piratininga CPFL Paulista CPFL Santa Cruz CPFL Geração RGE CPFL Serviços CPFL Eficiência Energética Envo CPFL Atende CPFL Total NECT CPFL Transmissão Epasa Ceran Enercan Foz do Chapecó Baesa Paulista Lajeado |
Valor de mercado | R$ 30,028 bilhões (Mar/2019)[2] |
Lucro | R$ 2,2 bilhões (2018) |
Faturamento | R$ 28,1 bilhões (2018) |
Significado da sigla | Companhia Paulista de Força e Luz |
Website oficial | www.cpfl.com.br/ |
A CPFL foi fundada por José Balbino de Siqueira e Manfredo Antônio da Costa, dois engenheiros da Escola Politécnica de São Paulo que, acreditando no potencial de um país que começava a se industrializar e ganhar contornos urbanos, foram os grandes responsáveis por consolidar as empresas que forneciam energia para as cidades de Botucatu, São Manuel e Dois Córregos.[3]
Nascia assim em 16 de novembro de 1912 a Companhia Paulista de Força e Luz, a partir da fusão de quatro companhias (Empresa Força e Luz de Botucatu, Empresa Força e Luz de São Manoel, Empresa Força e Luz de Agudos-Pederneiras e Companhia Elétrica do Oeste de São Paulo). Em 1927, a empresa passou do controle privado nacional ao controle estrangeiro através da venda à empresa American & Foreign Power, pertencente a uma subsidiária da General Electric, permanecendo sob seu controle até 1964, quando foi estatizada e encampada pela Eletrobrás.[3]
Em 1973 a CPFL adquiriu a empresa privada dos municípios de São Carlos e Descalvado, à CPE (Companhia Paulista de Eletricidade), que era uma das mais antigas empresas de eletricidade do Brasil. Fundada em 1890, inaugurou a primeira hidrelétrica do estado de São Paulo, a usina de Monjolinho, em julho de 1893.[3]
Em 1975, teve o controle acionário repassado à CESP (Companhia Energética de São Paulo), pertencente ao governo de São Paulo.
A CPFL Paulista se manteve sob controle estatal até novembro de 1997, quando foi privatizada por R$ 3,015 bilhões e teve seu controle repassado ao Grupo VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) (45%), além do fundo de pensão Previ (38%) e Bonaire Participações (que reunia os fundos Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev) (17%).[4]
Foi feita uma reestruturação societária, com a criação da holding CPFL Energia em 1998. A partir da privatização, houve desmembramentos das regionais e novas regionais foram criadas para melhor redimensionamento e atendimento a população.[5]
Em 1999, ocorreu a privatização da Empresa Bandeirante de Energia, oriunda da cisão da Eletropaulo. Tendo a empresa sido adquirida em consórcio da CPFL com a EDP. Em 2001, a companhia foi parcialmente cindida, tendo sido constituídas a Bandeirante Energia, controlada pela EDP, e a CPFL Piratininga, sob controle da CPFL.[5][1]
Em 2000, os ativos de geração de energia foram segregados com a criação da CPFL Geração.[5][1]
Em 2001, a CPFL Paulista adquiriu o controle acionário da Rio Grande Energia (“RGE”), empresa de distribuição de energia das regiões norte e nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, fruto da cisão da CEEE.[5][1]
Em 2002, foi criada a CPFL Brasil, com o objetivo de fornecer energia elétrica às distribuidoras controladas da CPFL Energia, e comercializar e gerir energia no ambiente de contratação livre.[5][1]
Em 2004, foi feita Oferta Pública de Ações (IPO) na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Nova Iorque.[6]
Em 2006, adquiriu a Companhia Jaguari de Energia (CPFL Jaguari). No ano seguinte, comprou a CMS Energy Brasil, que atuava nos segmentos de distribuição e geração em São Paulo.[7][1]
Em 2007, o Bradesco, através da holding Bradespar, vendeu as ações da VBC. Em 2009, a Camargo Corrêa comprou as ações da VBC que pertenciam a Votorantim, tornando-se, o único acionista da holding.[8][1]
Em 2010, adquiriu a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz), da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), pertencente ao grupo Votorantim.[9]
Em 2011, foi criada a CPFL Renováveis, a partir da associação de ativos e projetos da CPFL e da ERSA em PCHs, parques eólicos e usinas termelétricas a biomassa.[4][1]
Em 2012, foi criada a CPFL Transmissão, para operar a concessão do Leilão de Transmissão ANEEL 007/2012.[5][1]
Em 2016, adquiriu a AES Sul, que teve nome modificado para RGE Sul e foi fundida com a distribuidora RGE em 2019.[10]
Em janeiro de 2017, a empresa chinesa State Grid, a maior empresa do setor elétrico do mundo, concluiu a aquisição de 54,64% de participação acionária da CPFL Energia por R$ 14 bilhões. No mesmo ano, a State Grid realizou Oferta Pública de Aquisição (OPA), por meio da qual passou a deter 94,75% do capital social da holding.[11]
Em julho de 2021 a CPFL Energia arrematou a elétrica gaúcha CEEE-T (CEEE Transmissão), em leilão de privatização, por R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13% ante o mínimo previsto.[12]
No momento, o Grupo CPFL, através de suas 4 distribuidoras, atua em 687 municípios, numa área de 300.000 km², com 17,2 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, numa área que atende aproximadamente 22 milhões de habitantes.[13][14]
No ramo de geração, possui capacidade instalada no setor de 4,53 GW de geração, sendo 95,6% de fontes renováveis.
Nome Oficial | Nome | Principais Municípios | Qtde. municípios | Estado(s) | Clientes |
---|---|---|---|---|---|
Companhia Paulista de Força e Luz | CPFL Paulista | Campinas, Americana, Piracicaba, São Carlos, Araraquara, Ribeirão Preto, Franca, Bauru, Marília, Araçatuba e São José do Rio Preto | 234 | São Paulo | 4.900.000[15] |
Companhia Piratininga de Força e Luz | CPFL Piratininga | Santos, Sorocaba, Jundiaí e Indaiatuba | 27 | São Paulo | 1.900.000[16] |
Companhia Jaguari de Energia | CPFL Santa Cruz | Santa Cruz do Rio Pardo, Itapetininga, Ourinhos, Avaré, Itaí, Jacarezinho, Casa Branca, São José do Rio Pardo, Mococa, Jaguariúna e Pedreira | 39 | São Paulo Paraná Minas Gerais | 496.000[17] |
RGE Sul Distribuidora de Energia | RGE | Caxias do Sul, Canoas, Santa Maria, Gravataí, Novo Hamburgo e São Leopoldo | 381 | Rio Grande do Sul | 3.000.000[18] |
No início de 2018 a CPFL Energia agrupou cinco subsidiárias de distribuição de energia em busca de otimizar custos administrativos e operacionais:[19]
Na operação a CPFL Jaguari incorporou as demais distribuidoras, e as empresas incorporadas deixaram de existir, surgindo a nova CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia), que nasce com um faturamento de R$ 882 milhões e lucro de R$ 60,1 milhões, atendendo aproximadamente 442 mil consumidores.[17]
Em dezembro de 2018, a ANEEL autorizou a incorporação da RGE pela RGE Sul em um único contrato de concessão, sendo confirmada mais tarde pela Comissão de Valores Mobiliários.[20] O nome fantasia que restou da fusão foi simplesmente RGE.[21]
A "CPFL Geração" e a "CPFL Renováveis" possuem 8 (oito) Usinas Hidrelétricas (UHEs), 46 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), duas Usinas Termelétricas (UTE), 6 CGHs, 49 parques eólicos, 7 Usinas a Biomassa e 1 Usina Solar Fotovoltaica. No total, alcançam uma potência instalada de 4,371 GW de geração (2023), sendo a matriz hídrica responsável por 56,46%, eólica por 31,80% e biomassa 7,54%.[22][23]
Em leilão realizado na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, em julho de 2021, a CPFL, por meio de sua subsidiária CPFL Cone Sul arrematou o controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (“CEEE-T”) por R$ 2,67 bilhões, ágio de 57,13% ante o mínimo de R$ 1,7 bilhão. Foi adquirido aproximadamente 66,08% do capital social total da CEEE-T (sendo, aproximadamente, 67,12% das ações ordinárias e 0,72% das ações preferenciais), que eram detidas Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações – CEEE-Par.
Em abril de 2022, a CPFL Cone Sul comprou a participação acionária de 32,66% da Eletrobrás na CEEE-T por R$ 1,1 bilhão. Com a aquisição, a CPFL Cone Sul passou a deter aproximadamente 99,26% do capital social total, sendo 99,68% das ações ações ordinárias e 72,80% das ações preferenciais.[24]
A CEEE-T opera por todo o Rio Grande do Sul e possui 56 subestações, que somam potência instalada própria de 10,5 mil MVA. A empresa é responsável pela operação e manutenção de 121 de linhas de transmissão que totalizam 6 mil km, representando 60% do serviço de transmissão no território do estado.[25][26]
A CPFL Transmissão opera 6.120 km de linhas de transmissão e 88 subestações no total (2022), nas linhas de transmissão: 500kV, 440kV, 230kV, 138kV, 69kV, e com diversos modelos de estrutura, estando presente em quatro estados (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará).[26]
O braço da empresa que financia projetos culturais é a CPFL Cultura. Criada em 2003, conta com palestras, debates, cinema, teatro e exposições de arte. Coloca artistas, intelectuais e especialistas em contato com diferentes públicos para a discussão de grandes temas. Esses encontros dão origem a produtos culturais, como as séries televisivas Café Filosófico e Invenção do Contemporâneo, exibidas pela TV Cultura e pelas plataformas digitais.[27]
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