Cáceres (Mato Grosso)
município brasileiro do estado de Mato Grosso Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Cáceres é um município do estado brasileiro de Mato Grosso. Localizado na mesorregião Centro-Sul do estado e na microrregião do Alto Pantanal. Tem uma população estimada em 91 626 segundo dados do IBGE em 2024.[6]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Ad Sum "Aqui Estou" | ||
Gentílico | cacerense | ||
Localização | |||
Localização de Cáceres em Mato Grosso | |||
Localização de Cáceres no Brasil | |||
Mapa de Cáceres | |||
Coordenadas | 16° 04′ 16″ S, 57° 40′ 44″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Mato Grosso | ||
Municípios limítrofes | Mirassol d'Oeste, Barra do Bugres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Porto Esperidião, Curvelândia, Glória d'Oeste, Porto Estrela. | ||
Distância até a capital | 214 km | ||
História | |||
Fundação | 6 de outubro de 1778 (246 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Eliene Liberato (PSB, 2021–2024) | ||
Vereadores | 15 | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 24 398,399 km² | ||
• Área urbana | 33,15[2] km² | ||
População total (estimativa IBGE/2024[2]) | 91 626 hab. | ||
• Posição | MT 9º[3] | ||
Densidade | 3,8 hab./km² | ||
Clima | Tropical subúmido (Aw) | ||
Altitude | 176 m | ||
Fuso horário | UTC−4 (UTC−4) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,708 — alto | ||
PIB (IBGE/2018[5]) | R$ 1 895 808,76 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[5]«Produto Interno Bruto de Cáceres». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de Setembro de 2024) | R$ 23 753,91 | ||
Sítio | https://www.caceres.mt.gov.br/ (Prefeitura) https://www.caceres.mt.leg.br/ (Câmara) |
O município faz fronteira com a Bolívia e é a principal cidade mato-grossense abrangida pelo Pantanal.[7]
A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio Pinto Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.[8]
Cáceres, com o nome de Vila-Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luís de França (Luís IX de França). A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada, a malograda Conjuração baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846.[9]
As razões para a fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e, pelo Rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do solo no local, com abundantes recursos hídricos.[10]
Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em 1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade.[10] Em 1938, o município passou a se chamar apenas Cáceres. Em fevereiro de 1883, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco, o Marco do Jauru, comemorativo do Tratado de Madrid, de 1750. Junto com a Catedral de São Luís — cuja construção teve início em 1919, mas só foi concluída em 65 —, os dois monumentos estão até hoje entre os principais atrativos turísticos da cidade.[9]
Nesse período da história brasileira, as cidades acumulavam também o Poder Judiciário. E territorialmente, Cáceres abrangia toda a região sudoeste do Estado do Mato Grosso.[11]
A navegação pelo Rio Paraguai desenvolveu o comércio com Corumbá, Cuiabá e outras praças, e o incremento das atividades agropecuárias e extrativistas fez surgir os estabelecimentos industriais representados pelas usinas de açúcar e as charqueadas de Descalvados e Barranco Vermelho, de grande expressão em suas épocas.[9]
Em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon.[12] Conta-se que ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja "Ao Anjo da Ventura", de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor Etrúria.[13] As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa.[9]
No início de 1927, Cáceres viveu dois acontecimentos marcantes: a passagem da Coluna Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores, e o pouso do hidroavião italiano Santa Maria, o primeiro a sobrevoar Mato Grosso.[9][14][15]
A partir de 1950, as mudanças passaram a ser mais rápidas. No início dos anos 1960, foi construída a ponte Marechal Rondon, sobre o Rio Paraguai, que facilitou a expansão em direção ao noroeste do Estado.[16] A chegada de uma nova leva migratória,causada pelo desenvolvimento agrícola que projetou polo de produção no Estado e no pais, mudou o perfil de Cáceres, cuja ligação com a capital, Cuiabá, foi se intensificando à medida que melhoravam as condições da estrada ligando as duas cidades. É nesse período que ocorre a emancipação dos novos núcleos sócios-econômicos.[9]
Assim, emanciparam-se de Cáceres: o distrito de Mirassol d'Oeste, Salto do Céu, Jauru, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis d'Oeste, Porto Estrela, Lambari d'Oeste e Rio Branco.[9]
Como cidade fundada no século XVIII, Cáceres possui inúmeros prédios e elementos arquitetônicos de alta relevância, teve parte do perímetro do centro do município tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010. Além do Centro Histórico, foram tombadas fazendas, usinas, e sítios arqueológicos. Cáceres destaca-se, especialmente, por retratar em sua arquitetura diferentes fases vividas desde a colonização da América Portuguesa até os dias atuais, tendo desde edificações em perfeito estado de conservação, até prédios em estado avançado de degradação, seja por ação humana ou do tempo.[17][18][19]
A Tipologia Colonial foi introduzida na América Portuguesa no período que vai de 1530 até 1830, importando e adaptando as correntes de estilo presentes na Europa à realidade de materiais, mão de obra e técnicas locais, utilizando taipa e adobe, sem grandes atributos decorativos, e apresentando batentes de portas e janelas de madeira larga, tendo função estrutural.[20]
Introduzido principalmente pela missão artística trazida por D. João VI em 1816, destacou-se como o estilo próprio do período monárquico brasileiro, porém sendo introduzido em Cáceres apenas no final do século XIX. Tem como principais características o pé-direito alto, colunas e frisos inspirados na Grécia e Roma antigas, portas e janelas com bandeira em arco, frontões, platibanda ocultando o telhado, e cimalhas. Este estilo destacou-se nas casas da elite local e nas casas comerciais locais.[20]
Popularizou-se no Brasil por volta de 1880, próximo ao final do reinado de D. Pedro II e procurava reviver as formas góticas medievais, em contraste com os estilos clássicos dominantes naquele período. Caracteriza-se pelo verticalismo dos edifícios, em substituição ao horizontalismo romântico, paredes mais leves e finas, janelas predominantes, torres ornadas por rosáceas, arco de volta quebrada, torres sineiras em forma de pirâmide, e abóbodas de arcos cruzados e ogivas. Em Cáceres, destaca-se a Catedral São Luiz enquanto exemplo deste estilo, numa tentativa de construir uma réplica da Notre Dame de Paris.[20]
Estilo do final do século XIX e primeiras décadas do século XX, trata-se de uma combinação de elementos de vários estilos arquitetônicos, que poderiam ser clássico, medieval, renascentista, barroca ou neoclássica, se caracterizando pelo excesso decorativo nas edificações. De modo geral, destacam-se a simetria, a busca pela grandiosidade, riqueza decorativa, janelas de três folhas, recuo entre a casa e a calçada, com jardim interno, inspirado nos palacetes da monarquia.[20]
Introduzido em Cáceres em meados do século XX, caracteriza-se pelo uso decorativo de linhas retas e horizontais, inclusive em zigue-zague, configurando zigurates, sendo um estilo bastante simplificado em aspectos decorativos, apresentando formas geométricas, filetes nas platibandas e a curva em evidência.[20]
Apesar de ser considerada uma típica cidade pantaneira, Cáceres está situada dentro da Amazônia Legal, que compreende, além de todo o estado de Mato Grosso, mais 8 estados brasileiros (o Pantanal Norte, onde fica Cáceres, é chamado também de Pantanal Amazônico por estar totalmente inserido na Amazônia Legal).[21] O município se divide em quatro distritos: Cáceres/Sede, Santo Antonio do Caramujo, Horizonte D´Oeste e Vila Aparecida. (redação dada pela Lei Orgânica de Cáceres, Título I).[22]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Cáceres por meses (INMET)[23][24] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 124,6 mm | 03/01/2009 | Julho | 54 mm | 04/07/1971 |
Fevereiro | 159 mm | 11/02/2010 | Agosto | 71,6 mm | 07/08/2003 |
Março | 147 mm | 23/03/2005 | Setembro | 67,6 mm | 30/09/1945 |
Abril | 102 mm | 01/04/1958 | Outubro | 109,5 mm | 10/10/1954 |
Maio | 82,5 mm | 07/05/1995 | Novembro | 121,3 mm | 09/11/1999 |
Junho | 65 mm | 04/06/1944 | Dezembro | 124,6 mm | 01/12/2003 |
Período: 1931-1966 e 01/08/1970-presente |
O clima é tropical semiúmido, apresentando temperatura média anual de 26 °C. Possui duas estações bem definidas, uma chuvosa, entre outubro e abril, e outra seca, de maio a setembro. As temperaturas médias diminuem entre maio e julho. No inverno, as massas polares atingem com maior frequência a cidade, causando o fenômeno da friagem, fazendo a temperatura cair bruscamente. Casos de geadas são bastante raros.
O verão é quente e úmido, onde chove com frequência, não sendo raro registros de chuvas torrenciais e invernadas. Apesar de o verão ser quente, é entre agosto e outubro (no auge da estiagem) que se registram os valores mais elevados de temperatura, sendo frequentes temperaturas acima dos 37 °C e em alguns dias acima dos 40 °C. No final desta estação, o ar se torna muito seco, com umidade às vezes chegando próximo à casa dos 10%, e é neste período que as queimadas se alastram.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1966 e a partir de 1970, a menor temperatura registrada em Cáceres foi de −1 °C em 29 de junho de 1996[23] e a máxima histórica é de 42,2 °C em 8 de outubro de 2020,[25] sendo que recorde anterior era de 42 °C em 4 de outubro de 1936.[24] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 159 milímetros (mm) em 11 de fevereiro de 2010. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 147 mm em 23 de março de 2005, 124,6 mm em 10 de dezembro de 2003 e 3 de janeiro de 2009, 121,3 mm em 9 de novembro de 1999, 121 mm em 22 de dezembro de 1998, 116,2 mm em 9 de dezembro de 1998, 110,8 mm em 17 de dezembro de 1962, 104,6 mm em 26 de janeiro de 1983 e 102,3 mm em 13 de fevereiro de 1961.[23] Desde abril de 2012, o menor nível de umidade relativa do ar (URA) chegou a 10% em setembro de 2020, nos dias 12 e 13, e a rajada de vento mais forte atingiu 22,3 m/s (80,3 km/h) em 11 de novembro de 2013.[25]
Dados climatológicos para Cáceres | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 39,6 | 39,1 | 39,2 | 36,9 | 36,4 | 38 | 38 | 40,5 | 42 | 42,2 | 40,8 | 39,8 | 42,2 |
Temperatura máxima média (°C) | 32,6 | 32,5 | 32,7 | 32,4 | 30,9 | 30,7 | 31,1 | 33,1 | 33,4 | 34,6 | 33,8 | 33 | 32,6 |
Temperatura média compensada (°C) | 27,1 | 26,9 | 26,9 | 26,1 | 24,1 | 23 | 22,5 | 24,3 | 25,6 | 27,4 | 27,3 | 27,2 | 25,7 |
Temperatura mínima média (°C) | 23 | 22,7 | 22,7 | 21,5 | 18,9 | 17,1 | 16 | 17,1 | 19,7 | 22 | 22,3 | 22,7 | 20,5 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 13,9 | 12 | 11,5 | 1 | 3 | −1 | 1,8 | 0,5 | 8,8 | 9,8 | 11,7 | 10 | −1 |
Precipitação (mm) | 252,8 | 193,7 | 171,5 | 89,6 | 31,9 | 13,4 | 16,5 | 20,8 | 44,2 | 96,8 | 129,2 | 210,3 | 1 270,7 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 14 | 13 | 12 | 8 | 4 | 2 | 1 | 2 | 4 | 7 | 10 | 14 | 91 |
Umidade relativa compensada (%) | 81,4 | 82 | 82,3 | 80,1 | 78,5 | 75 | 69,1 | 63,5 | 66,5 | 71,9 | 76 | 78,6 | 75,4 |
Horas de sol | 127,5 | 106,4 | 118,6 | 163,8 | 179 | 186,3 | 220,6 | 176,1 | 90,6 | 139,3 | 150,4 | 131,5 | 1 790,1 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[26] recordes de temperatura: 1931-1966 e 01/08/1970-presente)[23][24][25] |
A pecuária é a principal atividade econômica da cidade, que possui um dos maiores rebanhos de gado do Brasil.[27]
Cáceres possui o único frigorífico de jacaré da América Latina, a COOCRIJAPAN, idealizada e fundada por Huberto Cezar de Moraes Machado. A estrutura conta com 3 criatórios comerciais, um frigorífico e um curtume.[28][29]
Com o apoio do Sebrae em Mato Grosso por meio do Projeto Animais Silvestres, objetivos vêm sendo obtidos para o desenvolvimento dessa atividade. O projeto iniciado em 2006, além de fomentar a atividade, tem capacitado os produtores, implementando novas tecnologias e principalmente a preservação do meio ambiente.[30]
Cáceres possui ainda indústrias de couro (abate diário de cinco mil cabeças de gado bovino em cinco frigoríficos, quinze laticínios e três curtumes),[31] cana-de-açúcar (duas usinas),[32][33] madeira (vinte e três mil hectares com plantação de teca e extração de borracha)[34] e mineral (calcário e brita).[35]
A Zona de Processamento de Cáceres foi criada em 1990 através de Decreto presidencial, possui área de aproximadamente 247 hectares[36], e está dividida em cinco módulos operacionais e área administrativa. Foi alfandegada pela Receita Federal em Ato Declaratório em março de 2024 [37] e teve o início das operações aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em julho de 2024, sendo a terceira ZPE ativa do Brasil, juntando-se às ZPEs de Pecém, no Ceará, e de Parnaíba, no Piauí.[38]
As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comércio com o exterior destinadas à instalação de empresas com perfil voltado à exportação. As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamento tributário, cambial e administrativo específicos, e devem auferir 80% de sua receita bruta anual com exportações.[39]
Atualmente, o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) analisa quatro propostas de projetos a serem instalados na ZPE, com foco em atividades industriais e de serviços direcionados à exportação. [38]
Nos últimos anos, Cáceres vem estruturando-se como importante porto fluvial mato-grossense, incorporando-se à política de Integração Latino-Americana, buscando a implantação do sistema de transporte intermodal, e a ligação por rodovia com a Bolívia, terminando no Oceano Pacífico, no Chile. A hidrovia Paraguai-Paraná, em Cáceres, é um modal alternativo às exportações estaduais.[40][41]
Cáceres: A religião em Cáceres é majoritariamente Católica Apostólica Romana. Cerca de 77,7% da população é Católica e 21,4% protestante. Os outros 0,9% pertencem as demais congregações. Note que essa percentagem é dividida entre a população que tem algum credo religioso.[42]
Cáceres se destaca no turismo histórico e esportivo. Encontra-se situada numa das regiões mais privilegiadas do pantanal mato-grossense, visto que ostenta uma das maiores potencialidades turísticas do estado, ou seja, a grandiosidade e a beleza do Rio Paraguai e seus afluentes. Se desenvolve em torno da pesca esportiva sendo sede de um evento mundial: o Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), registrado no Guinness Book como o maior campeonato de pesca do mundo em águas fluviais.[44][45]
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