Bronzes do Benim
esculturas e placas de metal saqueadas na "expedição punitiva" britânica contra o o governo do Benin em 1897 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Bronzes do Benim são uma coleção formada por mais de mil peças[1] comemorativas que provêm dos palácios reais da cidade do Benim, capital do antigo Reino do Benim. Foram criadas pelos povos edos desde o século XIII e, em 1897, os britânicos apoderaram-se da maior parte delas.[2] Várias centenas destas peças foram levadas para o Museu Britânico de Londres, enquanto o resto foi repartido entre outros museus.[3] Atualmente, uma boa parte ainda se encontra no Museu Britânico, concretamente na sala 25 (na seção da África).[2] Outras peças encontram-se nos Estados Unidos e na Alemanha, entre outros países.[4]
Bronzes do Benim | |
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Técnica | liga de cobre |
Localização | Museu Etnológico, Museu Britânico, Museu Nacional da Nigéria |
Os bronzes do Benim propiciaram uma maior apreciação por parte da Europa da cultura africana e da arte tribal. Inicialmente, parecia impossível e incrível que gente tão "primitiva" e "selvagem" fosse responsável pela criação de objetos tão desenvolvidos.[5] Até mesmo chegaram à conclusão que tinham obtido o conhecimento metalúrgico dos portugueses.[5] Atualmente, é sabido que os bronzes eram fabricados no Benim desde o século XIII e que boa parte das coleções datam dos séculos XV e XVI. Acredita-se que os dois períodos dourados na criação de bronzes foram o reinado de Esigie (c. 1550) e o de Eresonye (r. 1735–1750).[6]
Embora o conjunto de peças receba o nome de "bronzes do Benim", nem todas são deste material, mas também de latão, ou de mistura de bronze e latão;[7] ou ainda de madeira, cerâmica, marfim e outros materiais.[8] Foram produzidas por meio da técnica de cera perdida e são consideradas como as melhores esculturas feitas com esta técnica.[9]