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visão geral das participações do Brasil nos Jogos Olímpicos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A primeira vez do Brasil nos Jogos Olímpicos ocorreu na Antuérpia 1920, Bélgica.[1] Participou de cada edição desde então, exceto dos jogos de 1928, em Amsterdã, na Holanda, devido à crise econômica que o país atravessava, o que impediu que houvesse recursos suficientes para enviar uma delegação.[2]
Brasil nos Jogos Olímpicos | |
---|---|
Comité Olímpico Nacional | |
Código do COI | BRA |
Nome | Comitê Olímpico do Brasil (site oficial) |
Participações nos Jogos Olímpicos | |
Verão | |
Inverno |
Esporte do Brasil | |
---|---|
Comitê Olímpico Brasileiro (COB) | |
Código do COI | BRA |
Eventos Multiesportivos | |
• Olimpíadas • Pan-Americanos • Sul-Americanos • Sul-Americanos de Praia • Lusofonia • Juventude • Paralimpíadas | |
Esportes | |
Futebol (FIFA) | • Copa do Mundo • Copa América • Copa das Confederações |
Futsal (FIFA) | • Copa do Mundo • Copa América |
Voleibol (FIVB) | • Copa do Mundo Masculina • Copa do Mundo Feminina • Mundial • Liga • Grand Prix • Sul-Americano Masculino • Sul-Americano Feminino |
Natação (FINA) | • Campeonato Mundial |
Atletismo (World Athletics) | • Campeonato Mundial • Liga Diamante |
Rugby (WR) | • Copa do Mundo • Sul-Americano |
Basquete (FIBA) | • Copa do Mundo • Sul-Americano Masculino • Sul-Americano Feminino • Copa América Masculina • Copa América Feminina |
Judô (FIJ) | • Copa do Mundo • Grand Prix • Pan-Americano |
Handebol (IHF) | • Copa do Mundo |
Das 33 edições, sendo 29 oficiais realizadas, 1 especial realizada e 3 oficiais canceladas, o Brasil esteve representado em 24 oportunidades nos Jogos Olímpicos de Verão.
Das 29 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno - 27 oficias realizadas e 2 canceladas -, o Brasil esteve presente em 9 oportunidades. Estreou em 1992, em Albertville, na França, e esteve em todas as edições desde então, mas sem conquistar ainda nenhum pódio.
Já nas edições de verão, com 170 medalhas conquistadas em 65 modalidades de 17 esportes, é o país mais bem-sucedido da América do Sul nos Jogos. Suas melhores participações foram como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com 19 medalhas, 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bonze. Na edição seguinte, Tóquio 2020, igualou o número de ouros, mas superou o total de medalhas com 21.
O judô é o esporte que mais medalhas rendeu ao Brasil, 28 no total, seguido pelo voleibol (quadra e praia), com 26 medalhas - com o judô tendo garantido pódios em toda edição desde 1984 - e o vôlei sendo a modalidade com mais ouros, 9, seguido da vela, com 8. No vôlei, o Brasil foi o primeiro a ganhar o ouro em todas as quatro modalidades (quadra masculino em 1992, praia feminino em 1996, praia masculino em 2004 e quadra feminino em 2008),[3] sendo igualado pelos Estados Unidos apenas em 2020. O país também é o maior medalhista da história da competição de futebol com 10, sete do masculino, incluindo títulos em 2016 e 2020, e três no feminino.[4][5][6] A atleta com mais medalhas é a ginasta Rebeca Andrade com seis, duas de ouro.[7]
Por fim, um atleta do Brasil conquistou a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima, corredor de longa distância que foi atacado por um espectador durante a maratona masculina da edição de 2004 em Atenas, Grécia, quando liderava a prova, mas apesar do incidente ainda acabou com a medalha de bronze, mostrando bom espírito esportivo.[8]
O Brasil sediou os Jogos em uma ocasião.
Jogos | Cidade sede | Período | Delegações | Participantes | Eventos |
---|---|---|---|---|---|
2016 | Rio de Janeiro, RJ | 5 a 21 de agosto | 207 | 11.303 | 306 |
O primeiro brasileiro a competir nos Jogos Olímpicos foi Adolphe Christiano Klingelhoefer, em Paris 1900. Cidadão brasileiro nascido em Paris, filho de um francês com uma brasileira, ele competiu no atletismo nos 60 metros rasos, 200 metros rasos e 110 metros com barreiras. Klingelhoeffer não é reconhecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro porque em 1900 ainda não existiam comitês olímpicos nacionais.[9]
A primeira participação brasileira oficial em Olimpíadas foi nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, Bélgica. A delegação era constituída por 22 atletas, todos homens, em 5 esportes, que conquistaram 3 medalhas no tiro esportivo, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. Os atletas foram enviados pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Em 1924, por falta de verba da União e desistência da CBD, por pouco o Brasil não fica de fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Situação que foi contornada graças a iniciativa dos esportistas de São Paulo, chefiados pelo jornalista Américo Neto, do Jornal O Estado de São Paulo e com apoio da Federação Paulista de Atletismo. Com delegação reduzida de somente 11 atletas homens, o Brasil participou das provas de Tiro, Atletismo e Remo[10].
Em 1932, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles o Brasil envia 82 atletas de navio para os Jogos, chegando lá, os mesmos precisavam pagar um dólar para poder desembarcar, fato que acabou acarretando na desistência de 23 atletas. Os 59 que desembarcaram foram priorizados por serem considerados com maiores chances de êxito, entre esses a primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, a nadadora Maria Lenk. O país participou apenas nas modalidades Polo Aquático, Natação, Tiro, Remo e Atletismo.[10]
Em 1935, foi reativado o Comitê Olímpico Brasileiro, fundado inicialmente em 1914. Nos jogos realizados em 1936, a CBD mandou uma delegação e o COB enviou outra. Antes que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibisse a participação do Brasil, ambas as delegações se fundiram. Desde então, o COB organiza e leva os atletas aos Jogos.
Depois de 1920, o Brasil só voltou a ganhar medalhas na Londres 1948, com um bronze do basquete masculino. Na edição seguinte, Helsinque 1952, voltou a ganhar um ouro com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo do atletismo. Desde então, o país tem conseguido ao menos uma medalha por edição.
No total, o Brasil conquistou 170 medalhas na história dos jogos olímpicos, todas nas edições de verão. São 40 de ouro, 49 de prata e 81 de bronze, o que o torna o país sul-americano com o melhor retrospecto na história das Olimpíadas da era moderna e o 4º maior ganhador das Américas atrás apenas dos EUA, Canadá e Cuba, respectivamente. Essa posição foi conquistada na Atenas 2004, quando ultrapassou a sua arquirrival Argentina, que era a primeira colocada na América do Sul até então. É também um dos raros países a ter um atleta que recebeu a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima.[11]
Desde que iniciou seu histórico olímpico, a delegação brasileira enviou milhares de atletas em suas mais de 2 mil vagas olímpicas até o momento. Em 2016, o Rio de Janeiro sedia os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, sendo a primeira cidade da América do Sul a sediar o maior evento do esporte mundial. A maior delegação brasileira da história teve 465 atletas em 28 esportes. O país teve sua melhor participação até então, com 19 medalhas no total, 7 delas de ouro.
Os Jogos de 2020 em Tóquio tiveram o Brasil superando seus números do Rio 2016 com 21 medalhas no total, e igualando os 7 ouros.[12] O país conseguiu também conseguiu sua maior variedade de esportes no pódio com 13, incluindo os estreantes surfe e skate e a primeira medalha no tênis.[13]
Em sua primeira participação na Albertville 1992, o país levou 6 homens e 1 mulher, todos competindo no esqui alpino. Quatorze anos depois, na Turim 2006, Isabel Clark, praticante de snowboard, alcançou o melhor resultado histórico de participação brasileira (bem como latino-americana) nos Jogos de Inverno, ficando em nono lugar no snowboard. A tabela abaixo sintetiza as participações do Brasil nos Jogos de Inverno:[1]
Ano | Cidade | Atleta | Prova | Resultado |
---|---|---|---|---|
1992 (Detalhes) |
Albertville | Evelyn Schuler | E.Alpino-Slalom Gigante | 40.° |
Christian Lothar Munder | E.Alpino-Slalom Gigante | 41.° | ||
Sérgio Schuler | E.Alpino-Slalom Gigante | 64.° | ||
Marcelo Apovian | E.Alpino-Slalom Gigante | 73.° | ||
Hans Egger | E.Alpino-Slalom Gigante | DNF | ||
Flávio Igel | E.Alpino-Slalom Gigante | DNS | ||
1994 (Detalhes) |
Lillehammer | Christian Lothar Munder | E.Alpino-Super combinado | 50.° |
1998 (Detalhes) |
Nagano | Marcelo Apovian | E.Alpino-Slalom Gigante | 37.° |
2002 (Detalhes) |
Salt Lake City | Franziska Becskehazy | E.Cross country 10km | 59.° |
Mirella Arnold | E.Alpino-Slalom gigante | 48.° | ||
Alexandre Penna | E.Cross country 50km | 59.° | ||
Nikolai Hentsch | E.Alpino-Slalom gigante | DSQ | ||
Renato Mizoguchi | Luge | 46.° | ||
Ricardo Raschini | Luge | 45.° | ||
Cristiano Rogério Paes, Edson Bindilatti, Eric Maleson e Matheus Inocêncio | Trenó/4 men (Bobsled) | 27.° | ||
2006 (Detalhes) |
Turim | Isabel Clark | Snowboard-boardercross | 9.° |
Jaqueline Mourão | E.Cross country 10km | 67.° | ||
Mirella Arnold | E.Alpino-Slalom gigante | 43.° | ||
Hélio de Freitas | E.Cross country 15km | 93.° | ||
Nikolai Hentsch | E.Alpino-Slalom gigante | 30.° | ||
E.Alpino-Downhill | 43.° | |||
Claudinei Quirino, Edson Bindilatti, Márcio Silva e Ricardo Raschini | Trenó/4 men (Bobsled) | 25.° | ||
2010 (Detalhes) |
Vancouver | Maya Harrisson | E.Alpino-Slalom | DNF |
E.Alpino-Slalom gigante | 48.° | |||
Jhonatan Longhi | E.Alpino-Slalom | DNF | ||
E.Alpino-Slalom gigante | 56.° | |||
Jaqueline Mourão | E.Cross country 10km | 67.° | ||
Leandro Ribela | E.Cross country 15km | 90.° | ||
Isabel Clark | Snowboard cross | 19.° | ||
2014 (Detalhes) |
Sóchi | |||
Jaqueline Mourão | Biatlo-Velocidade | 76.° | ||
Biatlo-Individual | 77.° | |||
Isadora Williams | Patinação artística | DNF | ||
Fabiana dos Santos e Sally Mayara da Silva | Trenó/2 women (Bobsled) | 19.° | ||
Edson Bindilatti, Edson Martins, Fábio Gonçalves Silva e Odirlei Pessoni | Trenó/4 men (Bobsled) | 29.° | ||
2018 (Detalhes) |
Pyeongchang | |||
Isadora Williams | Patinação artística | 24.° | ||
Isabel Clark | Snowboard | DNF | ||
Jaqueline Mourão | Esqui cross-country | 74.° | ||
Victor Santos | 110.° | |||
Michel Macedo | Esqui alpino | DNF | ||
Edson Bindilatti e Edson Martins | Trenó/2 men (Bobsled) | 27.° | ||
Edson Bindilatti, Edson Martins, Odirlei Pessoni e Rafael Souza da Silva | Trenó/4 men (Bobsled) | 23.° | ||
2022 (Detalhes) |
Beijing | |||
Nicole Silveira | Skeleton | 13.° | ||
Sabrina Cass | Esqui estilo livre | 26.° | ||
Jaqueline Mourão | E.cross-country 10km | 82.° | ||
E.cross-country Sprint | 84.° | |||
E.cross-country dupla | 23.° | |||
Eduarda Ribera | ||||
E.cross-country 10km | 90.° | |||
E.cross-country Sprint | 88.° | |||
Manex Silva | E.cross-country 15km | 90.° | ||
E.cross-country 30km | 67.° | |||
E.cross-country 50km | 58.° | |||
E. cross-country Sprint | 71.° | |||
Michel Macedo | Esqui alpino | 57.° | ||
Edson Bindilatti e Edson Martins | Trenó/2 men (Bobsled) | 29.° | ||
Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Jefferson Sabino e Rafael Souza da Silva | Trenó/4 men (Bobsled) | 20.° |
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