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Botânica médica
aplicação do conhecimento da biologia vegetal à prática de utilização das plantas medicinais / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Botânica clínica ou botânica médica é uma aplicação do conhecimento de sistemática, taxonomia vegetal, anatomia (morfologia), fisiologia vegetal e outros aspectos da biologia vegetal à prática de utilização das plantas medicinais. Até meados do século XX, constituía-se como uma subdivisão da cadeira de “História Natural Médica”, disciplina obrigatória do curso de medicina no Brasil.[1] e matéria básica do curso de farmácia com os nomes de botânica (botânica aplicada), “matéria médica vegetal” e farmacognosia.
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Segundo Anesi, 1919 entre os mais famosos e completos compêndios utilizados na época encontram-se os do médico e comendador Joaquim Monteiro Caminhoá (1836-1896): “Curso de Botânica Popular" em dez volumes e o “Elementos de botânica geral e médica" com 1.500 estampas, intercaladas no texto, obra premiada pelo Governo Imperial. (Rio de Janeiro, 1877), seu estudo “Das plantas tóxicas do Brazil”. (1871) que foi sua tese para Concurso para a cadeira de botânica médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e o “Relatório sobre os jardins botânicos”, resultado de visitas sistemáticas a vários jardins e hortos científicos europeus para o Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas em 1873, além de monografias sobre plantas específicas como o Jaborandy (Pilocarpus microphyllus) e florestas de Quinas (Cinchona) como estratégia de obtenção de medicação para combater o “impaludismo” (Malária)[2]
O Brasil não fugia à regra quanto à produção de formulações medicamentosas descritas nos compêndios e farmacopéias do país. Em Portugal as farmacopéias publicadas no séc. XVIII já traziam formulações contendo plantas brasileiras, mas o ensino da botânica no Brasil praticamente iniciou-se em 1814 com a criação de ensino específico na Escola Anatômica Médico Cirúrgica no Rio de Janeiro mantendo-se as aulas práticas no horto botânico do Passeio Público.[3]
Na década de 1830 foram criados os primeiros cursos de farmácia na Bahia, Rio de Janeiro e Ouro Preto, mas a disciplina farmacognosia, que consiste na parte da farmacologia que trata das drogas ou substancia medicinais antes de serem submetidas à qualquer manipulação, só foi tornada obrigatória a partir de 1920. A disciplina matéria médica vegetal posteriormente substituída pelo ensino da farmacologia acompanhando o processo de substituição da indústria brasileira de manipulação de material de origem natural com extração de substâncias ativas para uso terapêutico por indústrias de síntese químico-framacêuticas multinacionais que se impuseram a partir de meados da década de 1940.[4]