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símbolo da medicina Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O bordão ou bastão de Esculápio ou Asclépio é um símbolo antigo, relacionado com a astrologia e com a cura dos doentes através da medicina. Consiste de um bastão envolvido por uma serpente. Às vezes é confundido com o caduceu de Hermes (Mercúrio), que consiste num bastão com duas serpentes enroscadas e asas no alto. Esculápio (em latim: Aesculapius) era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades mas um nome sutilmente diferente: Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, transl. Asklēpiós).
De acordo com a Mitologia Grega, Esculápio teria aprendido a arte da cura com Quíron. Ele é costumeiramente representado como um cirurgião na embarcação Argo, construída com a ajuda da deusa Atena. Esculápio era tão habilidoso nas artes médicas que ganhou a reputação de ter trazido pacientes de volta dos mortos. Em virtude disto, foi punido e colocado nos céus como a constelação Ofiúco (significando: "o portador da serpente", ou "O Serpentário"). Tal constelação fica entre Sagitário e Escorpião.[1]
Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.[2]
A Organização Mundial de Saúde (OMS), fundada em 1948, adotou o símbolo de Asclépio como parte da sua bandeira. A Associação Médica Mundial, reunida em Havana em 1956, também adotou um modelo padronizado do símbolo de Asclépio para uso dos médicos civis. As organizações médicas de caráter profissional e de âmbito nacional de vários países, que possuem emblema com serpente de Asclépio, são as do Brasil, Canadá, Costa Rica, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Itália, Portugal, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, países do sudeste asiático, China e Taiwan.[2]
O bastão de Asclépio (o idealizado como símbolo da medicina) é uma serpente dando duas voltas e meia em torno do bastão de madeira. Entretanto, equivocadamente a Marinha dos Estados Unidos adota o símbolo de Hermes ao seu corpo médico e há uma certa divergência leiga acerca da utilização dos caduceus — ou bastões. O caduceu de Hermes, que na verdade tem uma representação da Contabilidade, é descrito como um bastão de ferro, com duas serpentes e ao final anexado um par de asas. O símbolo médico não deve ser representado com asas.[2]
Todo símbolo pode ser estilizado, porém não pode ser substituído por outro. Como estilizações originais do símbolo de Asclépio podemos citar os seguintes símbolos e as alterações utilizadas em território brasileiro.
Existem diversas origens quanto ao desenvolvimento da simbologia relacionada ao Bastão de Esculápio, certamente todas contribuíram para a composição do seu significado. O símbolo recebe o nome de uma antiga lenda Grega, sendo que, entretanto, o símbolo é anterior à lenda.
Há referências bíblicas ao bordão de Esculápio. "E disse o Senhor a Moisés: Faz para ti uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e viverá todo aquele que, tendo sido mordido, olhar para ela."[4] A passagem é uma referência sem constituição datada historicamente, (apesar das investigações arqueológicas que buscam datar a Bíblia e os eventos nela descritos) mas refere o uso médico da simbologia da serpente. A datação é do Antigo Testamento, o que sugere a possibilidade de o caduceu ser um símbolo médico anterior Cristo.
No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo, resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, considerado o deus do conhecimento, da palavra e da magia.[17] No panteão egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é Imhotep e não Thot.[5]
Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica chamada hermética, em alusão a Hermes Trismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia, e não tem qualquer relação com o Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Segundo Schouten, da alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.[6]
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