Biovaleta
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Biovaletas são canais projetados para acumular e escoar águas pluviais removendo detritos e poluição. As biovaletas também podem ajudar na reabsorção de água da chuva e na recarga de aquíferos.
As biovaletas podem ser ajardinadas, recobertas com forragem ou xerojardinadas.[1] São caracterizadas por valas de drenagem com laterais levemente inclinadas (tipicamente inferior a 6%).[2] O projeto da biovaleta destina-se a aumentar, de forma segura, o tempo que a água da chuva leva para escoar, ajudando, neste processo, na coleta e remoção de poluentes, lodo e detritos. Dependendo da topografia do local, a biovaleta pode ser reta ou sinuosa. Microbacias de detenção também podem ser criadas ao longo do curso da biovaleta para aumentar a infiltração de águas pluviais. A composição de uma biovaleta leva em conta diversas variáveis, dentre as quais o clima, os padrões de chuva, as dimensões de captação de água da chuva, o orçamento disponível e o tipo de vegetação adequado.[3]
As biovaletas devem receber manutenção periódica para que se mantenham em funcionamento eficiente e eficaz na remoção de poluentes da água escoada. Incluir a manutenção no planejamento é uma parte importante do projeto, que pode prever a implantação de filtros ou grandes rochas para evitar entupimentos. A manutenção anual por meio de testes de solo, inspeção visual e testes mecânicos também é crucial para a saúde de uma biovaleta.[4]
As biovaletas costumam ser instaladas ao longo de ruas e ao redor de estacionamentos, onde poluição automotiva substancial se instala no pavimento e é liberada pelas primeiras chuvas do ciclo anual. Biovaletas, ou outros tipos de biofiltros, podem ser criados em torno das bordas dos estacionamentos para capturar e tratar o escoamento de águas pluviais antes de liberá-lo na bacia ou esgoto pluvial.[5]