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A Baía de Plenty (em inglês: Bay of Plenty, em maori: Te Moana-a-Toi), é uma região neozelandesa localizada na Ilha Norte desse país. Estende-se de ocidente a oriente, da Península de Coromandel até ao Cabo Runaway, e para sul até às áreas florestais próximas a Rotorua e Murupara. Deve o seu nome a James Cook, após reparar nas abundantes reservas de alimentos dos povoados maori locais, em contraste com as suas observações anteriores na Baía da Pobreza.
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Região da Nova Zelândia | |||
Localização | |||
Localização da região na Ilha Norte da Nova Zelândia | |||
Coordenadas |
A sua população em 2013 era de 267.741 habitantes,[1] a quinta região mais populosa e a terceira em densidade populacional, apesar de ser uma das mais pequenas do país. É uma das áreas que apresentam maior crescimento populacional — 7,5% entre 2001 e 2006,[2] a maior parte concentrada nas zonas costeiras e ocidentais. Os maiores centros populacionais são Tauranga, Rotorua e Whakatane.
Importantes indústrias de horticultura, silvicultura e turismo estão consolidadas na região. No entanto, conta-se entre as mais desfavorecidas economicamente na Nova Zelândia, com os distritos orientais entre os menos desenvolvidos da região. Porém a Baìa de Plenty foi classificada em 2011 como uma das regiões com melhor desempenho económico, apenas atrás de Auckland.
De acordo com a tradição maori local, a Baía de Plenty foi o local de chegada de diversas canoas migratórias que trouxeram os primeiros habitantes Maori à Nova Zelândia. Estas incluem as canoas Mataatua, Nukutere, Tākitimu, Arawa e Tainui. Muitos dos iwi descendentes mantém as suas terras ancestrais (rohe) na região, entre elas Te Whānau-ā-Apanui, Te Whakatōhea, Ngāi Tai, Ngāi Tūhoe, Ngāti Awa, Ngāti Tūwharetoa ki Kawerau, Te Arawa, Ngāi Te Rangi, Ngāti Ranginui e Ngāti Pūkenga.[3] Os seus primeiros assentamentos deram origem a muitos dos topónimos atualmente em uso.
O primeiro contacto registado pelos europeus deu-se quando James Cook navegou pela baía em 1769. Cook constatou a abundância de alimentos em comparação com a Baía da Pobreza, na costa leste da Ilha Norte. Posteriores relatos de contacto por europeus são escassos até à chegada do missionário Samuel Marsden na região de Tauranga em 1820. Nas décadas 20 e 30 do século XIX os iwis setentrionais como os Ngā Puhi invadiram a Baía de Plenty durante a sua campanha por toda a Ilha Norte, combatendo as tribos maori locais nas Guerras do Mosquetes. No entanto, em 1830 e 1840 intensifica-se o contacto com os europeus através de trocas comerciais.[4]
Em 1853, a Baía de Plenty foi incorporada na Província de Auckland, aquando provincial do país.
Novos conflitos surgiram na década de 1860 com as Guerras da Nova Zelândia. Na região, estes originaram-se devido ao apoio do iwi de Tauranga ao iwi de Waikato. Em modo de retaliação, o Império Britânico e aliados maori atacaram o iwi de Tauranga, destacando-se a Batalha de Gate Pā de 1864.[5] Posteriores conflitos com o governo deram-se quando o missionário alemão Carl Völkner e o seu intérprete James Fulloon foram assassinados pelas tribos locais em Opotiki e Whakatane, respetivamente. O conflito que se seguiu resultou na confiscação considerável de território maori aos iwis da área pela Coroa Britânica.[6]
A confiscação de terras aos Maori privou os iwi de recursos económicos ao mesmo tempo que permitia aos europeus a expansão dos seus assentamentos por todo o século XIX, nomeadamente em Katikati, Te Puke e em Rangitaki. Em 1876 estes foram integrados em comarcas após a dissolução do sistema provincial. A colonização nestas áreas foi difícil — o clima não era o adequado à ovinicultura e a geografia inacessível, agravado pela falta de infraestrutura — e no final do século a população já tinha começado a decrescer. Porém, após experiências com diferentes culturas, os colonizadores foram bem-sucedidos na produção láctea, com um impulso no aparecimento desta indústria por 1900, à qual se juntariam a madeira e o kivi.
A região atual foi constituída em 1989 após uma avaliação nacional e posterior reforma do poder local na Nova Zelândia. A ela juntaram-se as ex-comarcas de Tauranga, Rotorua, Whakatane e Opotiki.
A 5 de outubro de 2011, o navio MV Rena encalhou no recife do Astrolábio causando um grande derrame de óleo,[7] descrito como pior desastre ambiental da Nova Zelândia.[8]
A região subdivide-se em autoridades territoriais que incluem a Cidade de Tauranga e os Distritos do Oeste da Baía de Plenty, Whakatane, Kawerau e Opotiki, bem como algumas partes do Distrito de Rotorua e da cidade de Rangitaki, no Distrito de Taupo.
O Conselho Regional da Baía de Plenty é o órgão administrativo responsável pela supervisão dos tipos de utilização dos solos, gestão ambiental e da proteção civil na região. Também supervisiona os conselhos locais de cada uma das autoridades territoriais. Whakatane foi designada como sede do Conselho Regional em 1989, a modo de compromisso entre as cidades dominantes de Tauranga e Rotorua.
Baía de Plenty (Bay of Plenty/Te Moana-a-Toi) | |
Baía da Nova Zelândia | |
A Baía de Plenty em Tauranga. | |
País | Nova Zelândia |
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Parte de | Oceano Pacífico |
Cidade | Tauranga |
Localização da costa na Ilha Norte da Nova Zelândia
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A região da Baía de Plenty compreende 12,200 km² e a baía propriamente dita, 9,500 km². Estende-se pela costa ocidental da Ilha Norte, desde a base da península de Coromandel até ao Cabo Runaway, a leste; e por 12 milhas náuticas a partir do continente, incluindo várias ilhas como Mayor/Tuhua, Motiti e Whale, bem como o vulcão de Whakaari/White Island. Com uma costa de 259 km, o litoral de Waihi Beach — a oeste de Opape — é arenoso enquanto a costa entre Opape e o Cabo Runaway é rochoso.[9] Portos de importância estão localizados em Tauranga, Whakatane e Ohiwa. Oito rios principais desembocam na baía: Maketu, Little Waihi, Whakatane, Waiotahi e Waioeka / Otara.[10] Também é de destaque a região dos Lagos de Rotorua, com mais de 200 km².
A região terrestre tem o seu limite nos territórios de floresta ao redor de Rotorua e Murupara.
A costa é pontilhada com vários assentamentos consideráveis, a maior delas é a conurbação da cidade de Tauranga e sua vizinha Mount Maunganui, no oeste. A cidade de Whakatane está localizada no centro da costa. Outras cidades da baía incluem Waihi Beach, Katikati, Maketu, Pukehina Beach e Opotiki.
A maioria da população ao longo da costa está concentrada nas regiões oeste e central do litoral, a parte oriental é pouco povoada e é uma região montanhosa.
No censo de 2006, o total de residentes na região era de 257.379, um aumento de 7,5% em comparação com 2001. A Baía de Plenty é a 5.ª região mais povoada da Nova Zelândia, acolhendo 6,4% da população nacional. A idade média era de 37.2 anos, 23% da população era menor de 15 anos e 14,8% tinham 65 anos ou mais.[2]
A baía é uma área popular e aproveitosa para navegação e pesca, especialmente em torno do pé da Península de Coromandel na extremidade ocidental da baía. O porto de Tauranga é o maior porto comercial da Nova Zelândia, por lidar com grandes remessas de madeira das regiões florestais do interior da ilha.
A Baía de Plenty é um destino de férias popular devido ao clima de verão quente e ensolarado e praias públicas. A observação de baleias se tornou uma atração popular devido ao grande número de baleias na baía, como as baleias azuis e as baleias jubarte que migram para águas da baía para se reproduzirem.[13]
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