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Antônio Carlos Barbosa, conhecido como Barbosa (Bauru, 14 de abril de 1945) é um treinadores de basquetebol brasileiro. Atualmente está à frente da equipe do Ituano Basquete Feminino e ocupa o cargo de Gerente Esportivo[1] da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) desde 2017. Também é diretor da Associação Sem Limites, entidade social de Bauru presidida pelo empresário e advogado Edu Avallone.
Antônio Carlos Barbosa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Informações pessoais | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nome completo | Antonio Carlos Barbosa | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Apelido | Barbosa Barbosa da Seleção | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Modalidade | basquetebol | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nascimento | 14 de abril de 1945 (79 anos) Bauru São Paulo | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nacionalidade | brasileira | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Clube | Ituano Basquete | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Com mais de 20 anos com a camisa verde e amarela, 448 jogos internacionais e 330 vitórias no comando da Seleção de Basquete Feminino, Barbosa é reconhecido como o treinador da renovação e por implantar uma nova filosofia de jogo aplicada até os dias atuais. Barbosa já comandou a Seleção por três ocasiões: de 1976 a 1984; de 1996 a 2007 e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.
É também um recordista com um total de seis participações na história dos Jogos Pan-Americanos (ouro em 1971 na Colômbia; quarto lugar em 1979 em Porto Rico; bronze em 1983 na Venezuela; quarto lugar em 1999 no Canadá; bronze em 2003 na República Dominicana e prata em 2007 no Brasil) e três Olimpíadas (bronze em 2000 na Austrália; quarto lugar em 2004 na Grécia; e 2016 no Brasil), além de 10 títulos sul-americanos adultos (1972, 1978, 1981, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2006, 2016), um juvenil (1976) e um cadete (2001).
Barbosa se aproximou cedo pelo basquete, quando ainda era aluno do Instituto de Educação Prof. Ernesto Monte em Bauru, sua cidade natal no interior de São Paulo (329,8 km da capital paulista), arriscava alguns passes com um grupo de amigos. Em 1963, aos 18 anos, ele veio a fazer parte de uma das principais equipes de basquete juvenil da cidade - do Esporte Clube Noroeste.
Sua visão de jogo aguçada aliada à excepcional liderança de grupo, logo chamaram a atenção: ele foi convidado a ser técnico da equipe feminina do colégio em que estudava. Suas apostas táticas fizeram que o grupo de jogadoras saísse das últimas colocações nos campeonatos da cidade e chegasse a ganhar títulos em cima do rival Colégio Guedes de Azevedo, que formava a base de Bauru para as principais competições locais e regionais.
Em busca de se aprimorar como técnico, com a ajuda de seu pai, o jovem Barbosa saia de trem de Bauru em direção a São Paulo para ver os treinos da Seleção Brasileira de Basquete Masculino que se preparava para a Olimpíada de Tóquio em 1964. Ele desembarcava na Estação da Luz e pegava um ônibus em direção ao Parque Antártica onde a Seleção treinava. De manhã e à tarde, assistia aos treinos e aproveitava para conversar com alguns jogadores e com a comissão técnica. De presente, recebia algumas orientações, cartilhas e apostilas que eram lidas e relidas várias vezes e os conceitos apreendidos eram aplicados na equipe que treinava em Bauru.
Nessa mesma época, a Associação Luso Brasileira de Bauru inaugurou o seu ginásio de esportes (1966) e formou a sua primeira equipe feminina de basquete, o Basket Feminino. A convite do presidente da entidade, Barbosa foi o primeiro técnico do recém-formado grupo. Como estratégia de mudança, ele resolveu convidar as jogadoras das duas melhores equipes da cidade – a sua antiga da I.E Ernesto Monte e a rival do Colégio Guedes de Azevedo.
Aos poucos, as equipes foram recebendo a estrutura de clube, as táticas de Barbosa foram repercutindo por toda a cidade e o interior, e seu ideal visionário fez com que se despontasse nos campeonatos da Federação Paulista de Basketball.
O Campeonato Brasileiro de Basquete de 1968 foi realizado em Bauru entre as seleções estaduais das categorias adultas. Aos 23 anos, cinco após se destacar no comando da equipe de seu colégio, Barbosa foi convidado a ser assistente técnico da Seleção Paulista, seu primeiro contato com a rotina diária de uma seleção profissional.
No ano seguinte, ele já foi convidado a ser assistente da Seleção Feminina Paulista Juvenil e em 1970 se tornou técnico da equipe. No mesmo período, ele iniciou um trabalho como professor em escolinhas de basquete com o C.E SESI de Bauru.
Foi nessa época (1969) que Barbosa conclui sua formação em Educação Física pelo Instituto Toledo de Ensino (ITE) em Bauru. O bauruense voltaria a terminar um novo curso superior, agora em Direito, em 1984 pela mesma instituição.
Aos 26 anos, com uma carreira meteórica e vitoriosa, Barbosa se tornou assistente técnico da Seleção Brasileira, tendo idade inferior às das jogadoras da época. Ao lado do técnico Waldir Pagan Peres[2] (1937-2014), o jovem bauruense conheceu algumas técnicas que não praticava com suas equipes. Barbosa costuma afirmar que esse foi o momento em que ele deu o primeiro salto de qualidade graças aos ensinamentos do professor Pagan.
Com essa equipe, em 1971, Barbosa conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos em Cáli, na Colômbia. Em 1972, ele continuou como assistente da Seleção e com um afastamento temporário do professor Pagan ele assumiu como técnico da Seleção.
No mesmo ano, Barbosa foi campeão do Sul-Americano em Lima, no Peru, também como assistente desta Seleção.
Em 1974, surgiu a oportunidade do técnico fazer um curso de especialização nos Estados Unidos. O Conselho Nacional de Esportes estava oferecendo três bolsas de estudos para o aprimoramento dos técnicos de basquete do Brasil. De uma avaliação curricular, Barbosa foi um dos escolhidos a ficar um mês e meio em estágio em universidades norte-americanos.
O bauruense teve a oportunidade fazer estágio nas universidade Indiana State University, em Terre Haute, e Indiana University, em Bloomington. Essa era uma época em que poucos saiam do país e as referências eram raras.
Ao voltar para o Brasil, o técnico iniciou um trabalho com a equipe do Bauru Tênis Clube (BTC), ainda realizando o trabalho de escolinhas com o SESI. As jogadoras que se destacavam eram convidadas a compor um time com as melhores e muitas delas passaram a ser convocadas pela Seleção Brasileira. O trabalho de Barbosa, com os aprimoramentos trazidos do exterior, passaram a ser observados mais de perto pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Na década de 1970, a equipe do BTC se despontou entre as melhores do Brasil ganhando várias competições das quais participava nas modalidades mirim, juvenil e infantil. Foi nesse período que as jogadoras Wania Teixeira, as irmãs Tereza e Ana Camilo, Jane, Solange Maria de Castro e Evanilda formadas por Barbosa começaram a se destacaram, além de revelar Suzete e Simone.
Com Barbosa, o BTC levou os títulos de:
Esse é conhecido como a época dourada do basquete feminino de Bauru.
Ao mesmo tempo, Barbosa comandava a Seleção Paulista e acumulou uma série de títulos
É inquestionável que a melhor fase do basquete feminino de Bauru foi sob o comando de Barbosa. As inovações do técnico fizeram com que Bauru se despontasse no cenário estadual.
Com Barbosa, Bauru levou 16 títulos dos Jogos Regionais, sendo vários na sequência: em 1965- 1967-1968-1969-1970-1972-1973-1974-1975-1976-1979-1980-1981-1982-1983-1987.
São dois títulos dos Jogos Abertos do Interior, sendo o primeiro em 1975 em Pirassununga e o outro em 1978 em Americana, além do título de campeão dos Jogos Abertos de Poços de Caldas (MG) em 1972.
As equipes de Barbosa também conquistaram o Troféu Bandeirantes quatro vezes: 1972 – 1974 – 1976 – 1981.
Em 1975, a Seleção Brasileira Feminina desapontou no Mundial da Colômbia ficando na 12º colocação (penúltimo lugar da tabela geral de classificação). Era um claro sinal de que era preciso renovar a equipe. Com o destaque dos trabalhos de Barbosa com as jovens jogadoras, ele foi convidado, em 1976, a iniciar uma nova fase na Seleção.
O treinador assumiu a Seleção se espelhando na filosofia de jogo da Escola Asiática. Com a baixa estatura das jogadoras, Barbosa aliou a velocidade, com a precisão dos arremessos; um jogo de transição com marcação forte e contra-ataque eficaz. Ele também foi o primeiro a ter um preparador físico no lugar de um assistente técnico em sua comissão, priorizando, assim, pelo condicionamento físico do grupo.
Barbosa apostou na renovação convocando pela primeira vez as atletas Hortência Marcari (com 17 anos e depois viria a ser a maior cestinha da Seleção sendo intitulada de Rainha Hortência), Maria Paula Silva (com 14 anos e depois viria a se tornar a segunda maior cestinha com a verde e amarela sendo reconhecida como Magic Paula pela precisão nos arremessos), Vânia Somaio Teixeira (16), Marta de Souza Sobral (16), Vânia Hernandez de Souza, Maria Angélica Gonçalves da Silva, a Branca, e Solange Maria de Castro. Estava aberto um novo ciclo de mudança na Seleção.
Com o comando da Seleção, o técnico sempre esteve aprimorando suas habilidades no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde acompanhava os treinamentos e os jogos universitários da National Collegiate Athletic Association (NCAA) e teve passagem pela University Portland, em Portland (1978)
Barbosa participou do International Basketball Coaching Seminar (uma das mais importantes clínicas técnicas de basquete do mundo) em 1978 na cidade de S. Louis, em 1979 em Salt Lake City; em 1980 em Indianapólis; e em 1982 em New Orleans.
O bauruense comandou o Brasil juvenil e adulto em várias conquistas internacionais em oito anos de trabalhos:
Com sua saída da Seleção em 1984, Barbosa voltou a Bauru. Na gestão do prefeito Tuga Angerami, ele assumiu o cargo de Diretor de Esportes. Em 1989, na gestão de Izzo Filho, a Diretoria de Esportes foi reformulada em Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo, e Barbosa foi mantido no cargo de Secretário.
Como marca de sua gestão, Barbosa investiu na ampliação das estruturas municipais para a prática e o treinamento de variadas modalidades esportivas. Foram construídos quatro estádios distritais e realizada a reforma de outro, além da construção dos primeiros três ginásios esportivos da cidade.
Com Barbosa de secretário, foram construídos os estádios distritais:
Foi realizada a reforma do Estádio Distrital no Jardim Petrópolis.
Foram construídos os ginásios:
Em 1996, o técnico estava de volta à Seleção Brasileira comandando a equipe juvenil e logo em seguida a categoria adulta até 2007. Seu retorno foi em um momento diferente de sua primeira passagem, pois o basquete feminino estava alta, com títulos Pan-Americano (1991), Mundial (1994) e medalha de prata Olímpica (1996), mas foi preciso renovar pois as atletas da época dourada do Brasil começaram a se aposentar.
O Brasil perdia os principais nomes do basquete: a Rainha Hortência e Magic Paula dois anos depois. Barbosa seguiu com a experiência da ala Janeth Arcain e da pivô Alessandra Santos de Oliveira que deram uma boa base para o grupo que se renovava.
Com a sua volta ao comando da Seleção Brasileira Feminina Juvenil (1996) e a Adulta (1997), Barbosa implantou sua filosofia de jogo e sua visão de renovação. Com isso, todas as equipes capitaneadas por ele ficaram entre as quatro primeiras do mundo, mesmo com o afastamento de jogadoras que foram destaque em sua primeira passagem. Barbosa retornou continuando sua ideia de renovação aliada à filosofia de jogo.
Suas conquistas mais emblemáticas aconteceram em 1997 na Copa América em São Paulo, em 2000 na Olimpíada realizada em Sydney, na qual o basquete feminino levou a medalha de bronze, e a de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Na conquista da medalha de bronze na Austrália, Barbosa acreditou na garra de cinco estreantes em Seleção (Kelly da Silva Santos; Adriana Moisés Pinto – Adrianinha; Lilian Cristina Lopes Gonçalves; Cláudia Maria das Neves – Claudinha; e Ilisaine Karen David, a Zaine ) e tembém no retorno de Helen Luz.
Nessa segunda passagem pela Seleção, Barbosa também acreditou e lançou as atletas: Micaela Martins Jacintho; Iziane Castro Marques; Jacqueline Godoy; Karen Rocha; Patricia de Oliveira Ferreira, a Chuca; Silvia Cristina Gustavo Rocha; Graziane de Jesus Coelho; Fabianna Catunda Manfredi; Érika Cristina de Souza; Jucimara Evangelista Dantas, a Mamá; Soeli Garvão Zakrzeski, a Êga; e Karla Costa.
Alguns títulos conquistados na segunda passagem pela Seleção:
Em 2003, Barbosa realizou estágio na NBA no Denver Nuggets, em Denver, e retornou em 2006 no Washington Wizzards.
De 2007 a 2009, a convite da CBB, Barbosa coordenou as categorias de base, orientou os técnicos e acompanhou as atividades em competições pelo país e no exterior.
Foi sob o comando de Barbosa, que o BTC de Bauru teve suas principais conquistas no basquete feminino, se destacando entre os principais do país. Foram nove títulos nos Campeonatos Estaduais, sendo um na categoria mirim (1972), quatro na categoria infantil (192 – 1973 – 1974 e 1975) e outros quatro com o juvenil (1972 – 1973 - 1975 e 1978), além de um título juvenil na I Copa Brasil (1976).
Barbosa foi campeão do Campeonato Paulista em 1994 e Brasileiro em 1995 com as atletas da UNIMEP/Piracicaba. Com a mesma equipe, o treinador levou os Jogos Abertos do Interior (1994), Jogos Regionais (1994) e Troféu Imprensa (1994).
Em 1995, com o comando da equipe de Sorocaba, Barbosa foi campeão do Campeonato Sul-Americano Interclubes e do Campeonato Pan-Americano Interclubes.
No mesmo ano, pela UNIMEP/Piracicaba, o técnico levou a Taça Brasil.
E no ano seguinte, em 1996,voltou a ser campeão paulista com a MICROCAMP/Campinas.
Em 2000, Barbosa voltou a ser campeão dos Jogos Abertos do Interior agora com a equipe do QUAKER/Jundiaí.
Em janeiro de 2011, a equipe de C.E Ourinhos convidou o bauruense para treinar o grupo na 1ª Liga de Basquete Feminino duas rodadas antes do término dos play-offs. Barbosa recebeu a equipe em quinto lugar e a levou para as finais da competição, conquistando o vice-campeonato.
O experiente técnico deixou o comando em 2012, deixando os títulos de vice-campeão das temporadas 2010/11 e 2011/12 do Campeonato Brasileiro, do Campeonato Paulista (2012) e do Sul-Americano de Clubes (2012) e o campeão dos Jogos Regionais em 2012.
Barbosa assumiu como manager do Maranhão Basquete na disputa da Liga de Basquete Feminino (LBF) 2013/2014 ficando com a terceira colocação e no ano seguinte assumiu como técnico e garantiu o quarto lugar ao clube no torneio. Após sua saída, Barbosa se dedicou à realização de clínicas técnicas e palestras, sempre atento às competições do basquete feminino.
Desde a saída de Barbosa do comando da Seleção em 2007, o Brasil sofreu uma série de decepções. Depois de ficar com a última vaga para os Jogos de Pequim 2008 no Pré-Olímpico Mundial, a equipe se despediu com o 11º lugar na China. Em Londres 2012, a nona colocação também deixou um gosto amargo. Situação que se repetiu em Mundiais: nono lugar em 2010 e 11º em 2015, na Turquia, quando a Seleção arrancou uma vitória heroica sobre o Japão e evitou o maior vexame da história.
Oito anos após conquistar a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, Antonio Carlos Barbosa voltou a comandar a seleção brasileira de basquete feminino pela terceira vez na carreira. A aposta no treinador a menos de seis meses da Olimpíada no país, está diretamente ligada ao seu extenso currículo de vitórias e à capacidade de inovar em um curto espaço de tempo.
Mesmo com pouco tempo disponível para treinar a equipe, Barbosa tem se mostrado otimista com a Seleção para os Jogos Olímpicos do Rio:
“Nosso objetivo é pensar em pódio, não podemos pensar pequeno e nem ter medo da responsabilidade de criarmos expectativas. Se não chegarmos ao pódio com certeza vamos ficar próximo”[3], apontou em entrevista concedida à Federação Paulista de Baskteball.
O primeiro desafio internacional na sua volta ao comando da Seleção em 2016 foi a disputa do Sul-Americano na Venezuela. Barbosa voltou a impor um novo estilo de jogo para a Seleção, mesclando jogadoras novatas e veteranas. O resultou foi mais do que positivo: a Seleção Brasileira Adulta Feminina conquistou pela 26ª vez o título invicto do Campeonato Sul-Americano da Venezuela. Desde a competição de 1986, o Brasil acumula 84 vitórias em 84 jogos e chega ao 16º título invicto seguido.
Barbosa conquistou seu nono título invicto do Sul-Americano de um total de dez, com um excelente desempenho na competição com 57 vitórias em 58 jogos na carreira.
Os quatro primeiros colocados (Brasil, Venezuela, Colômbia e Argentina) do Campeonato Sul-Americano se classificaram para a Copa América-Pré mundial de 2017 .
Campanha invicta da seleção no Sul-Americano da Venezuela:
Uma semana após o título do Sul-Americano, Barbosa realizou a convocação preliminar da equipe que vai disputar a Olimpíada no Rio de Janeiro. Foram chamadas as 15 jogadoras que estiveram na lista para o Campeonato Intercontinental e mais Clarissa, Damiris e Érika, que atuam na WNBA.
Por ser país-sede e sétimo do mundo, o Brasil ficou como cabeça de chave no Grupo A e terá como adversárias na primeira fase Austrália (2ª), França (4ª), Belarus (10ª), Turquia (10ª) e Japão (16ª), todas essas definidas no Torneio Pré-Olímpico Mundial realizado em Nantes, na França. A distribuição dos grupos foi baseada na colocação das seleções no ranking da Federação Internacional de Basquetebol (Fiba). Segunda colocada, a Austrália foi colocada no lado brasileiro e a terceira, Espanha, no americano.
"Não existe grupo fácil. Sabíamos desde o início que precisávamos de uma equipe competitiva e em condições de trabalhar para tentarmos buscar as vitórias e uma boa classificação, independente dos adversários. Já imaginávamos que cairíamos com o quinto colocado do Pré-olímpico e que Espanha e França seriam divididas entre os dois grupos. Não tive nenhuma surpresa, apenas tiramos a dúvida das divisões dos grupos. Todas as equipes que saíssem do Pré-Olímpico Mundial seriam boas"[4], apontou em entrevista concedida à Confederação Brasileira de Basketball
A primeira série de amistosos para a preparação olímpica ocorreu em julho contra a equipe da França. A equipe comandada por Barbosa sofreu três derrotas na casa das francesas: 81 x 54; 82 x 59; e 79 x 53.
“Não posso estar satisfeito com três derrotas, mas tenho que ter a percepção e não ser passional para analisar com tranquilidade. Precisamos entender que enfrentamos uma equipe que está em ritmo total de jogo. Veio do Pré-Olímpico Mundial, onde se preparou muito bem, além de ter sido vice-campeã olímpica, enquanto o Brasil está iniciando o ritmo e está incompleto, sem as duas pivôs consideradas titulares. A França é forte dentro do garrafão. Mas eu vejo situações positivas com o time se entregando e defendendo mais. Sigo vendo uma equipe com muita possibilidade de bons resultados, principalmente quando estiver completa”[5], avaliou Barbosa.
Logo após a derrota na França, a Seleção Feminina voltou a treinar em Campinas. Aos poucos, Barbosa definiu a equipe que enfrentaria os próximos amistosos[6] e estaria na Olimpíada do Rio de Janeiro. Com média de idade de 29,2 anos e 1,83 de mádia de altura, as convocadas foram[7]:
No fim do mês de julho, a Seleção realizou dois amistosos contra a equipe japonesa em Campinas, todos bem sucedidos: (70 x 54[8]; 87 x 74[9]).
No dia 1º de agosto, a Seleção se apresentou na Vila Olímpica. Na semana da abertura da Rio 2016, a Seleção de Barbosa fez um amistoso contra a Sérvia (81 x 90)[10] e outro contra a China (73 x 66)[11] no Rio de Janeiro.
Em seus jogos na Olimpíada, a Seleção não obteve resultados que garantissem sua passagem além da fase de classificação.
Logo na abertura, a Seleção Brasileira Feminina de Basquete acabou superada pela Austrália por 84 a 66.[12]
A segunda apresentação contra as japonesas também foi com derrota e placar de 82 a 66 (47 a 33 no primeiro tempo).[13]
Depois de liderar boa parte do terceiro jogo, o Brasil foi superado por dois pontos pela Bielorrússia: 65 a 63 (35 a 40 no primeiro tempo).[14]
A quarta derrota seguida, e que já cravou a saída da Seleção antes das quartas de final dos Jogos Olímpicos, ocorreu contra a França: 74 a 64 (35 a 29 no primeiro tempo).[15]
A Seleção encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 ao ser superado pela Turquia por 79 a 76, na segunda prorrogação (60 a 60 no tempo normal e 70 a 70 na primeira prorrogação), na Arena da Juventude, em Deodoro, zona oeste do Rio. A equipe nacional terminou em sexto e último lugar no grupo “A”, com cinco pontos (cinco derrotas), e não se classificou para as quartas de final.[16]
“Faltou que elas tivessem muitos jogos internacionais para diminuir a diferença de nível do basquete que elas jogam internamente para o de nível internacional. Com a exceção do jogo do Japão, fizemos jogos muito bons. Faltou pouco. De antemão, não havia cobrança no basquete feminino. A modalidade estava desacreditada[17]
Em 31 de agosto, como já esperado e mencionado pelo treinador, a Confederação Brasileira de Basquete anunciou a sua saída como técnico da Seleção[18].
Desde que foi anunciada a passagem da tocha olímpica por sua cidade natal, Barbosa não escondeu a sua alegria e se colocou a disposição para ser um dos 32 condutores que seriam nomeados. No entanto, em um ato falho, a administração de Bauru deixou de fora o medalhista olímpico e campeão mundial do revezamento da tocha pelas ruas da cidade. O esquecimento causou indignação nas redes sociais e na mídia local, e um movimento em favor do técnico foi criado[19][20].
Após a indignação nas redes, o Comitê Olímpico Brasileiro e a administração da cidade de Americana, no interior de São Paulo, fizeram o convite ao treinador e ele pode se emocionar com a condução do símbolo olímpico.
"Enquanto caminhava pelas ruas com o símbolo olímpico, muitas lembranças passaram pela minha cabeça e tive que conter as lágrimas: momentos de vitórias com a Seleção, as derrotas que nos ensinaram a seguir em frente de cabeça levantada e, claro, cada um dos momentos em que apostei na defesa e valorização do basquete feminino. Pela terceira vez, estarei em uma Olimpíada vestindo a camisa verde e amarelo que representa milhares de brasileiros. Senti como se a chama da tocha me trouxesse a mensagem de que o basquete do Brasil está pronto para ir o mais longe possível. Agora, mais do que nunca, estou pronto e muito otimista"[21], mencionou o treinador em texto publicado no Jornal da cidade de Bauru.
Com o apoio da maior parte das federações estaduais e também de ex-atletas, Guy Rodrigues Peixoto Júnior foi eleito o novo presidente da CBB[22] para o quadriênio 2017/2021 com a chapa Transparência. Por ter apoiado a candidatura do novo presidente e ter sido um forte cabo eleitoral, Barbosa assumiu em agosto como Gerente Esportivo.[23]
Logo no começo da nova gestão, foi anunciado o fim da suspensão imposta pela Federação Internacional de Basquete à Confederação Brasileira de Basquete em novembro de 2016, ainda durante a gestão Carlos Nunes.[24]
Em agosto de 2017, Barbosa esteve com o grupo feminino na Argentina para a disputa da Copa América (o técnico da Seleção foi o experiente Carlos Lima). O Brasil não fez uma boa campanha[25], terminando em quarto lugar e ficando fora do Mundial do ano que vem[26]. No mesmo mês, o ex-técnico da seleção feminina de basquete auxiliarou a seleção masculina de Camarões[27] durante a preparação da equipe, no Brasil, para a Copa Africana de Nações, que será realizada em setembro, na Tunísia.[28]
Aos 26 anos, com uma carreira meteórica e vitoriosa, Barbosa se tornou assistente técnico da Seleção Brasileira, tendo idade inferior às das jogadoras da época.
Barbosa assumiu o comando técnico da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino aos 30 anos, em 1976
Com mais de 20 anos com a camisa verde e amarela, 437 jogos internacionais e 327 vitórias
Com o comando da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, Barbosa se consolida como o único técnico brasileiro a ir em três edições da competição[29]:
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