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O Baixo Augusta ou Baixo Paulista constitui-se numa região do bairro paulistano de Cerqueira César, localizada na Zona Central de São Paulo. Situa-se no eixo norte da Rua Augusta, após a Avenida Paulista, e em algumas de suas transversais até a Praça Roosevelt.[1] Abrange as ruas: da Consolação, Bela Cintra, Frei Caneca, Peixoto Gomide e Caio Prado.[2][3]
Baixo Augusta | |
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Bairro de São Paulo | |
Em primeiro plano edifícios do bairro da Consolação e o Cemitério da Consolação, logo atrás a região do "Baixo Augusta". | |
Distrito | Consolação e Bela Vista |
Subprefeitura | Sé |
Região Administrativa | Centro |
ver |
Limita-se com: o Bixiga, Bela Vista, República e a região dos Jardins.
Abriga em seu território a tradicional Paróquia do Divino Espírito Santo,[4] como também cursinhos pré-vestibular, faculdades, igrejas, hospitais, hotéis, teatros, cinemas, brechós e os shoppings: Shopping Frei Caneca que sem foco em um público específico, recebe, diariamente, uma média de 22 mil visitantes,[5] e Shopping Center 3, o 4° Distrito Policial, o São Paulo Athletic Club e as estações Paulista e Consolação do Metrô de São Paulo. Possui ainda o Campus Consolação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC-SP), responsável pelo ensino, desenvolvimento e pesquisa nas áreas de tecnologia e educação matemática.
Conhecida por ser uma tradicional área de lojas de artesanato, decoração, colchoaria, móveis e tapeçaria fina, e, após, meretrício, a Rua Augusta e suas vias estão em processo de gentrificação, ou seja revitalização de seu entorno, seja por investimentos públicos ou privados. Cada vez mais seu comércio antigo, bares e prédios residenciais dão espaço a novos estabelecimentos que movimentam a vida cultural da cidade.[6]
É um reduto da comunidade LGBT, sendo uma "gay village", local que possui diversos estabelecimentos frequentados por esse público, exemplos de: saunas, casas noturnas, bares "gay-friendly". A influência do grupo é tão grande, que existe um projeto para oficializar a Rua Frei Caneca como rua temática, ou "Rua Gay".[7][8] Apelidada atualmente de "Gay Caneca" ou "Frei Boneca" ou "Frei Traveca" [9] por seus frequentadores,[7] a via receberia investimentos privados, como a ampliação de calçadas e instalação de luzes coloridas fazendo alusão à bandeira arco-íris, sendo a primeira via com temática gay do país.[7] Uma parte dos moradores e comerciantes da região são contrários à essas mudanças [9] e se mobilizam para impedir que a Câmara dos Vereadores dê o projeto como oficial.[9][10][11]
A preferência da comunidade Gay pela área decorreu do aumento do preconceito (homofobia), agressões e falta de investimentos em outras localidades da cidade. Seus pontos de encontro mais antigos, eram: a região dos Jardins, o Largo do Arouche e a Praça Roosevelt, o primeiro local consagrado da comunidade.[3] Apresenta repercussão mundial sendo destaque em jornais internacionais,[12] alguns de seus clubes, bares e restaurantes são conceituados em importantes guias, como o "Wallpaper".[13] Não é só frequentada pela mesma, mas por diversas tribos urbanas como: emos, punks, clubbers, dentre outras, possui até bloco de carnaval, o Acadêmicos do Baixo Augusta.[3][6]
É alvo do mercado imobiliário, aproveitando-se de nova clientela gay que vem a desenvolver projetos também procurados pela faixa.[14][15]
Oito edifícios residenciais estão sendo construídos em um raio de 1,5 km entre as ruas Bela Cintra, Manuel Dutra e Álvaro de Carvalho. Construtora que ergueu edifício na rua Paim, vendeu mais de 200 unidades em duas horas e já lança outro projeto vizinho. O processo vai levar à região, ao longo dos próximos dois anos, mais de 2,5 mil moradores, sendo em sua maioria casais, estudantes, pessoas que moram ou desejam morar em apartamentos menores e mais perto do centro e da região da avenida Paulista, por razões de proximidade ao trabalho e aos estudos e que demoravam muito no trânsito e procuram uma região que tem tudo nas proximidades.
A forte procura provoca valorização da área que também atinge os imóveis antigos, como com a nova construção de um edifício, na esquina das ruas Augusta e dona Antônia de Queirós em casarão do ano de 1913 [16] [17] O tradicional e luxuoso Hotel Ca'd'Oro passará por grande reforma e surgirá agora na esteira de um processo de revitalização do centro da capital paulista, sendo que atualmente, já existem cerca de dez lançamentos residenciais na região do Baixo Augusta. [18] A Rua Augusta completa mais um ciclo, deixando de ser o centro alternativo da cidade, que já começa a se dirigir para outros pontos.[19]
Está em projeto a construção de um parque na região, com 23.700 metros quadrados e localizado entre as ruas Marquês de Paranaguá e Caio Prado, onde situou-se por muitos anos o Colégio Des Oiseaux, destinado à elite da época. Em 2008 o prefeito Gilberto Kassab, assinou decreto declarando o espaço como de utilidade pública. A população se rebela quanto à instalação de uma escola pública e se mobiliza para que a área verde seja preservada e no local se erga o "Parque Augusta". [20]
Após 20 anos de análise, o Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) tombou conjunto de cinco casas do início do século XX na esquina das Ruas Augusta e Marquês de Paranaguá, no centro da capital. O casario antigo teve sua fachada restaurada e abriga uma casa noturna. O processo foi aberto em 1991, a pedido de associação de bairro. Conselheiros municipais consideraram o conjunto "exemplar único da estética de uso misto residencial do século XX".[21]
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