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Bahia de todos os deuses foi o enredo apresentado pelo Salgueiro no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 1969, dando à escola o seu quarto título no carnaval do Rio de Janeiro[1][2].
A escolha do tema preocupou a comunidade do Salgueiro, já que havia uma superstição de que desfiles sobre a Bahia traziam azar.
Os carnavalescos Arlindo Rodrigues e Fernando Pamplona, que naquele ano haviam sido também contratados para decorar o salão do Copacabana Palace para seu baile de carnaval, fizeram todas as peças em vermelho e branco. Depois do baile, que aconteceu no sábado, as decorações foram reaproveitadas como alegorias pelo Salgueiro, que desfilou no domingo[3].
Foi a primeira vez que uma escola de samba abordou o sincretismo religioso, mostrando a associação entre orixás e santos católicos nos terreiros de candomblé da Bahia[4]. O resultado foi um reforço da ancestralidade africana e da cultura negra[5].
A escola foi a oitava a desfilar no dia 16 de fevereiro de 1969, na Candelária[2]. Teve que se concentrar do lado direito, o que reforçou os temores: para muitos integrantes, aquele lado também trazia azar[6].
Laíla, diretor de carnaval e de harmonia, optou por levar à avenida uma escola com poucos componentes, de forma a encurtar o desfile e não cansar o público. A estratégia funcionou e no fim todos cantavam o refrão "Zum, zum, zum, capoeira mata um", enquanto o sol da manhã de segunda-feira fazia brilhar a alegoria de Iemanjá toda revestida de espelhos[3].
Na apuração, o Salgueiro ficou em primeiro lugar no Grupo 1, somando 129 pontos, contra 126 da vice-campeã Estação Primeira de Mangueira[7].
Os compositores foram Bala e Manuel Rosa. Na avenida, a intérprete foi Elza Soares.
Ano | Artista | Álbum |
---|---|---|
1969 | Elza Soares | Elza, Carnaval & Samba[8] |
1970 | Jair Rodrigues | Jair de Todos os Sambas [9] |
1993 | Quinho | Escolas de Samba - Salgueiro[10] |
O enredo foi reeditado pela Tradição em 2006. Também seria reeditado pela Viradouro em 2009, mas naquele ano o regulamento proibiu as reedições[11].
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