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Australopithecus africanus
espécie de australopithecus / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Australopithecus africanus é uma espécie extinta de hominídeo, um australopitecíneo que viveu entre há 2.1 e 3.3 milhões de anos, durante o período conhecido como Pleistoceno [1]. Foi descrita por Raymond Dart em 1924, com base no "Crânio Infantil de Taung", um crânio de um ser jovem que Dart pensou ser o “elo perdido” da evolução entre os símios e os seres humanos. O nome origina da região onde foi encontrado, Taung, na África do Sul. Especialistas em evolução do cérebro, têm o chamado de "o fóssil antropológico mais importante do século XX". Outros fósseis do A. africanus foram encontrados em Sterkfontein, Makapansgat, e Gladysvale.
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Estado de conservação | |
Pré-histórica | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Australopithecus africanus Dart, 1925 |
![Thumb image](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c3/Australopith%C3%A8que_Cerveau_Double.jpg/640px-Australopith%C3%A8que_Cerveau_Double.jpg)
Esse fóssil foi estimado em 2.5 milhões de anos, representando uma criança A. africanus de aproximadamente três ou quatro anos, baseado na análise do esmalte dentário. Além disso, possuía o crânio posicionado diretamente acima da coluna, o que indicava uma postura ereta, característica comum nos gêneros Australopithecus e Homo, mas não presente em macacos ou outros primatas. Esse foi o primeiro crânio encontrado de todo gênero Australopithecus. Ele possui um volume craniano de 420-510 cm3, onde os machos possuíam crânios maiores do que as fêmeas. Com machos medindo aproximadamente 140 cm e pesando 40 kg, e as fêmeas 125 cm e 30 kg, são similares ao A. afarensis
Dart, que o descreveu na revista Nature, em 1925, considerou ser o achado relativo a uma espécie nova, devido ao pequeno volume do seu crânio, com cerca de 400-500 cm3 , mas com uma dentição relativamente próxima dos humanos e por ter provavelmente tido uma postura vertical, com a região lombar longa e curva, sendo bípede, ainda que andasse com menos eficiência que os humanos atuais.
Esta revelação foi muito criticada pelos cientistas da época, entre os quais Sir Arthur Keith e Grafton Elliot Smith, ex-mentores de Dart, que postulavam que não passava do crânio de um pequeno gorila, além de afirmar que mais fósseis eram necessários para tirar uma conclusão mais apropriada. Como o “Crânio Infantil de Taung”, realmente um crânio dum ser jovem, havia espaço para várias interpretações e, mais importante, nessa altura não se acreditava que o “berço da humanidade” pudesse estar na África.
O artigo foi aprovado em 1926, por Aleš Hrdlička para o American Journal of Physical Anthropology. As descobertas de Robert Broom em Swartkrans, na década de 1930 corroboraram a conclusão de Dart, mas algumas das suas ideias continuam a ser contestadas, nomeadamente a de que os ossos de gazela encontrados junto com o crânio podiam ser instrumentos daquela espécie.
O A. africanus, parece ter se alimentado, diferentemente de outros primatas, de gramíneas, sementes e rizomas, além de animais pequenos, assim possuindo uma dieta variada, mas de pouca eficiência energética. Além disso, comumente residiam em cavernas, para se asilar dos grandes carnívoros, especialmente grandes felinos, que habitavam a região na época. Sua extinção é especulada por conta das grandes mudanças climáticas e competição com espécies do gênero Homo e o Paranthropus robustus.