Assú
Município Brasileiro no Estado do Rio Grande do Norte Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Assú(ver ortografia) é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte, situado na Região Nordeste do país. Localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 210 km.
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Município do Brasil | |||
Praça São João Batista, com o Marco Cristo Rei em destaque | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | wikt:açuense[1] | ||
Localização | |||
Localização do Assú no Rio Grande do Norte | |||
Localização do Assú no Brasil | |||
Mapa do Assú | |||
Coordenadas | 5° 34′ 37″ S, 36° 54′ 32″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | |||
Distância até a capital | 210 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 22 de julho de 1766 (258 anos)[1] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Gustavo Montenegro Soares (PL, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 1 303,442 km² | ||
• Área urbana Embrapa/2000[4] | 2,4 733 km² | ||
População total (IBGE/2021[5]) | 58 743 hab. | ||
• Posição | RN: 8º | ||
Densidade | 45,1 hab./km² | ||
Clima | semiárido (Bs'h)[6] | ||
Altitude [4] | 23 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 59650-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [7]) | 0,661 — médio | ||
• Posição | RN: 18° | ||
PIB (IBGE/2018[8]) | R$ 1 095 809,82 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2018[8]) | R$ 19 009,95 | ||
Sítio | www.assu.rn.gov.br (Prefeitura) www.acu.rn.leg.br (Câmara) |
Ocupa uma área de pouco mais de 1 300 quilômetros quadrados, sendo o quarto maior município potiguar em território, e sua população no ano de 2021 era de 58.743 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,[9] sendo então o oitavo mais populoso do estado e primeiro de sua microrregião.
O município foi criado por Ordem Régia no dia 22 de julho de 1766, recebendo então o nome de "Vila Nova da Princesa", ganhando foros de cidade anos depois, no dia 16 de outubro de 1845 através da Lei provincial n.° 124, herdando o nome de "ASSÚ".[1]
O nome "Assu" tem origem no termo "Taba-açu" (que significa "Aldeia Grande") usado para designar essa parte do território, então região de vida de população autóctone janduís, reunida dentro do grande grupo étnico tapuia[10].
De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Açu, pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi, bem como não se acentuam oxítonas terminadas em u (a exceção de palavras terminadas com u onde esta vogal encontra-se sozinha na sílaba). Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para Assu e finalmente para Açu. Esse forma, com a grafia correta, é a utilizada pelos órgãos federais, como o IBGE, para se referir ao município. Do mesmo vocábulo vem açuense, que é o natural do município.[1] Contudo, a Prefeitura da cidade utiliza em documentos oficiais o termo Assu e, às vezes, Assú.
Até meados do século XVIII, a terra rica em lavoura e pecuária do vale do rio Açu era habitada pelos janduís, nome do chefe indígena que se estendeu à tribo. Nessa época, os portugueses já haviam começado a explorar os potenciais da região, gerando amplo conflito de interesses com os índios. O homem branco partia para a criação bovina, enquanto os janduís consideravam legítima a caça ao gado.
Devido à intensidade das lutas entre brancos e índios, um grande conflito, conhecido como a Guerra dos Bárbaros, marcou a década compreendida entre 1687 a 1697.
Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então governador da Capitania do Rio Grande, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do rio Açu (ou Piranhas) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como São João Batista da Ribeira do Céu.
A pecuária pode retomar seu crescimento ao final dos conflitos, desenvolvendo-se rapidamente e tornando-se importante atividade econômica. Nesse período, as oficinas de carne seca e a indústria de extração da cera de carnaúba representavam a base da economia da região.
O município foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa, em homenagem à princesa Dona Carlota Joaquina de Bourbon, que se casou com D. João VI em abril de 1785.
A Lei Provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu. O nome Açu tem origem na expressão tupi taba-açu, que significa aldeia grande, uma área de agrupamento de índios guerreiros da região.
O município de Açu está localizado no estado do Rio Grande do Norte, na Mesorregião do Oeste Potiguar e Microrregião do Vale do Açu. Os municípios limítrofes são: Serra do Mel, Carnaubais, Mossoró, Upanema, Paraú, Jucurutu, São Rafael, Itajá, Ipanguaçu, Afonso Bezerra e Alto do Rodrigues.
De acordo com o IDEMA, predominam dois tipos de solo na área do município: litólicos eutróficos e bruno não cálcico. Sua aptidão para a atividade agrícola é regular e restrita para pastagem natural. Nas áreas correspondentes a bruno não cálcico, as terras são aptas para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Na parte centro / norte as terras são indicadas para preservação da fauna e flora ou para recreação. No atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos são encontrados no município, principalmente os latossolos, argissolos, chernossolos e neossolos.
Açu possui clima semiárido (Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), quente e seco na maior parte do ano,[11] com índice pluviométrico de 585 milímetros (mm) anuais, concentrados entre os meses de fevereiro e maio. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), que possui dados pluviométricos de Assu desde 1910, o maior acumulado já registrado em 24 horas na cidade foi atingiu 163 mm em 16 de março de 1999. O recorde de mês mais chuvoso da série histórica pertence a abril de 1974, com 453,2 mm.[12]
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 53 227 habitantes.[15] Segundo o censo daquele ano, 26 141 habitantes eram homens e 27 086 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 39 359 habitantes viviam na zona urbana e 13 868 na zona rural.[15] Já segundo estatísticas divulgadas em 2014, a população municipal era de 56 829 habitantes, sendo o oitavo mais populoso do estado. Da população total em 2010, 13 610 habitantes (25,57%) tinham menos de 15 anos de idade, 35 897 habitantes (67,44%) tinham de 15 a 64 anos e 3 720 pessoas (6,99%) possuíam mais de 65 anos, sendo que a esperança de vida ao nascer era de 72,7 anos e a taxa de fecundidade total por mulher era de 2,5.[16]
Em 2010, a população era composta por 18 737 brancos (35,20%), 4 112 negros (7,73%), 811 amarelos (1,52%), 29 519 pardos (55,46%) e 41 indígenas (0,09%).[17] Considerando-se a região de nascimento, 52 695 eram nascidos no Nordeste (99,00%), 10 na Região Norte (0,02%), 42 no Centro-Oeste (0,08%), 297 no Sudeste (0,56%) e 54 no Sul (0,10%). 50 732 habitantes eram naturais do Rio Grande do Norte (95,31%) e, desse total, 39 664 eram nascidos em Açu (74,52%).[18] Entre os naturais de outras unidades da federação, São Paulo era o estado com maior presença, com 115 pessoas (0,22%), seguido por Rio de Janeiro, com 99 residentes (0,19%), e por Minas Gerais, com 83 habitantes residentes no município (0,16%).[19]
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Assu é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo que seu valor é de 0,661 (o 2870º maior do Brasil e o 18° maior do Rio Grande do Norte). Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,568, o valor do índice de longevidade é de 0,795 e o de renda é de 0,641.[7] De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 52,7%, e em 2010, 73,8% da população vivia acima da linha de pobreza, 14,4% encontrava-se na linha da pobreza e 8,8% estava abaixo[20] e o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,539, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[21] A participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal em 2010 era de 57,5%, ou seja, 15,9 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 3,6%.[20]
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população municipal está composta por: 41 113 católicos romanos (77,24%), 6 855 evangélicos (12,88%), 3 687 pessoas sem religião (6,93%) e os 2,95% restantes estão divididos entre outras religiões.[22] O município é subordinado à Diocese de Santa Luzia de Mossoró e possui duas paróquias: São João Batista (padroeiro) e da Bem Aventurada Lindalva e São Cristóvão.[23]
egundo dados do IBGE, o PIB total de Açu era, em 2012, de R$ 566 268, sendo então o décimo maior do estado.[24] A economia do município pode ser dividida em três setores diferentes: o primário, o secundário e o terciário. Destes, o setor que rende mais no produto interno bruto municipal é o terciário, seguido pelo setor secundário. Enquanto isso, o setor primário é o que rende menos. A renda per capita era de R$ 10 480,24. Além disso, 36 405 mil reais são de impostos líquidos a preços correntes.
De todo o PIB em geral, 319 456 mil reais estão destinados a este setor. Segundo o IBGE, em 2013 o município possuía um rebanho de 20 198 bovinos, 12 799 caprinos, 641 equinos, 21 112 ovinos, 967 suínos, 2 423 vacas ordenhadas e 12 221 galináceos. No mesmo ano, o município produziu 2 653 mil litros de leite, 57 mil dúzias de ovos de galinha, 508 quilos de mel de abelha e, na aquicultura, 2 416 mil quilos de tucunaré. Na lavoura permanente, Açu produz banana, caju, coco, mamão e manga. Já na lavoura temporária, são produzidos algodão, batata-doce, feijão, melancia, melão, milho e tomate.[25]
O setor secundário é o segundo mais relevante para a economia do município. 198 455 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria. O setor terciário é o mais relevante para a economia do município. A prestação de serviços rende 319 456 mil reais ao PIB de Açu, sendo, portanto, o setor que atualmente é a maior fonte geradora do PIB municipal. De acordo com o IBGE, o município possuía, no ano de 2013, 1 177 unidades locais, sendo 1 152 atuantes e 15 524 trabalhadores, sendo 8 376 do tipo pessoal ocupado total e 7 148 ocupados assalariados. Salários juntamente com outras remunerações somavam 97 811 mil reais e o salário médio mensal de todo o município era de 1,6 salários mínimos, valor semelhante ou igual a outros municípios da região, como Ipanguaçu e Carnaubais.[26]
O município possui 47 escolas de Ensino Fundamental com 406 docentes e 10.496 alunos, 33 de ensino pré-escolar com 55 docentes e alunos 1.318 e 6 de Ensino Médio com 104 docentes e 2.888 alunos.[27]
A Associação Sportiva Sociedade Unida (ASSÚ) é o único time profissional do município, fundado em 10 de janeiro de 2002.
Conta com um estádio de futebol, o Edgar Borges Montenegro, de propriedade da Liga Desportiva Açuense.
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