![cover image](https://wikiwandv2-19431.kxcdn.com/_next/image?url=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Werner_Haberkorn_-_Vista_a%25C3%25A9rea_do_centro_da_cidade._S%25C3%25A3o_Paulo-SP_3.jpg/640px-Werner_Haberkorn_-_Vista_a%25C3%25A9rea_do_centro_da_cidade._S%25C3%25A3o_Paulo-SP_3.jpg&w=640&q=50)
Artacho Jurado
arquiteto brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João Artacho Jurado (São Paulo, 3 de setembro de 1907 – São Paulo, 18 de outubro de 1983)[1] foi um arquiteto autodidata e empresário paulista, proprietário da Construtora e Imobiliária Monções S/A, responsável pela construção de diversos edifícios residenciais - alguns de uso misto - nas cidades de São Paulo e Santos.
![]() | As referências deste artigo necessitam de formatação. (Novembro de 2017) |
Artacho Jurado | |
---|---|
Nascimento | 3 de setembro de 1907 |
Morte | 18 de outubro de 1983 |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | arquiteto |
Filho dos imigrantes espanhóis Ramón Artacho e Dolores Jurado,[2] ambos naturais dum vilarejo próximo à cidade andaluz de Málaga,[3] João começou a trabalhar na década de 1930 e sua produção se aprofundou nas décadas de 40 e 50. Apesar de não ser arquiteto, Jurado idealizava os prédios e pedia para algum arquiteto assinar as plantas. Artacho não frequentou escolas pois seu pai, que era anarquista, se recusava a deixar seu filho jurar à bandeira, cerimônia obrigatória nas escolas da época.[4][5]
Projetava suas obras ao som de ópera.[5] Sua arquitetura reflete os sonhos hollywoodianos do pós-guerra em uma mistura de estilos e linguagens: o moderno, o nouveau, o déco e o clássico. Visando à classe média-alta e alta, seus edifícios eram projetados com uma série de serviços e opções de lazer: piscina, terraço com bar na cobertura, onde eram promovidas as festas de inauguração.
Iniciou sua carreira entre a publicidade - projetando placas e letreiros em neon[6] - e as feiras,[7] desenhando estandes inspirados no art déco, de 1930 a 1944, ano em que se tornou construtor. Fundou, junto do irmão Aurélio Artacho Jurado, a construtora Anhanguera - construindo casas e pequenos edifícios - , que depois se tornou Construtora e Imobiliária Monções, em 1946, iniciando suas grandes obras.[5][8]
Constantemente fiscalizado pelo CREA, nas placas de suas obras seu nome não podia figurar em tamanho maior do que o nome do engenheiro responsável. No entanto, Artacho Jurado dificilmente obedecia à imposição, aumentando a ira de alguns arquitetos, que consideravam ultrajante sua atuação profissional, visto que ele não era arquiteto formado.[4]
O reconhecimento de suas obras foi tardio, uma vez que nunca lhe foi permitido assiná-las. Inicialmente refutado, como kitsch, a partir da década de 1990, já após sua morte, recuperou o prestígio.[5]