Arquitetura neoclássica na Itália
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A arquitetura neoclássica na Itália é, tanto na península como em todos os países ocidentais, a fase da história da arquitetura que, após a era barroca e rococó, se voltou para recuperação dos ideais e gramática formal clássicos da Grécia e Roma Antiga. Influenciado pela atractividade da mitologia que reinava à época da Grand Tour sublinhando a formação de gerações de novos artistas e toda uma classe social, desde a aristocracia à alta burguesia, o estilo desenvolveu-se durante a segunda metade do século XVIII. O fenómeno prorroga-se até ao século XIX e é difícil determinar as datas específicas: o neoclassicismo, na verdade, coincide com o ecletismo,[1] acabando por deixar o seu testemunho na arquitectura contemporânea.
Na Itália, constata-se a construção de alguns edifícios clássicos na segunda metade do século XVIII. Todavia, o neoclassicismo não se afirmaria uniformemente por todo o país, na época ainda dividido numa série de pequenos estados, na sua maioria sob o controlo de governos estrangeiros. Em Roma, por exemplo, foram realizados extraordinários monumentos ainda algo ressentidos da cultura barroca e rococó (tal como a Piazza di Spagna e a Fontana di Trevi) em Piemonte, encontra-se os trabalhos de Filippo Juvarra e Bernardo Antonio Vittone; no reino de Nápoles, foram designados o Ferdinando Fuga e Luigi Vanvitelli para a construção do Real Albergo dei Poveri e Reggia di Caserta, respectivamente; Veneto, por outro lado, estava ainda sob a influência palladiana.[2] Importantes edifícios religiosos foram igualmente construídos ou reestruturados ao estilo neoclássico, entre os quais a Cattedrale della Santa Croce em Forlì, Emília-Romanha; ou a Catedral Novara, em Piemonte.