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advogado e político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Armando Ribeiro Severo Falcão[1] (Fortaleza, 11 de outubro de 1919 – Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2010) foi um político brasileiro, mais conhecido por ter sido Ministro da Justiça do Brasil durante a ditadura militar, no governo Ernesto Geisel (1974-1979) como sucessor de Alfredo Buzaid.
Armando Falcão | |
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Armando Falcão | |
Ministro da Justiça do Brasil | |
Período | 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979 |
Presidente | Ernesto Geisel |
Antecessor(a) | Alfredo Buzaid |
Sucessor(a) | Petrônio Portela Nunes |
Ministro da Saúde do Brasil | |
Período | 31 de janeiro de 1961 a 02 de fevereiro de 1961 |
Presidente | Jânio Quadros |
Antecessor(a) | Pedro Paulo Penido |
Sucessor(a) | Edward Catete Pinheiro |
Ministro da Justiça e dos Negócios Interiores do Brasil | |
Período | 31 de julho de 1959 a 31 de janeiro de 1961 |
Presidente | Juscelino Kubitschek |
Antecessor(a) | Carlos Cirilo Júnior |
Sucessor(a) | Oscar Pedroso Horta |
Deputado federal pelo Ceará | |
Período | 2 de fevereiro de 1951 a 22 de dezembro de 1966 (quatro mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Armando Ribeiro Severo Falcão |
Nascimento | 11 de outubro de 1919 Fortaleza, Ceará |
Morte | 10 de fevereiro de 2010 (90 anos) Rio de Janeiro |
Progenitores | Mãe: Laura Ribeiro Falcão Pai: Edmundo do Rego Falcão |
Alma mater | Faculdade Nacional de Direito |
Esposas | Aline Tereza Saboya M. Falcão Maria Ilná Bezerra Falcão |
Partido | PSD (1945-1965) ARENA (1966-1979) PDS (1980-1993) PPR (1993-1995) PP (1995-2010) |
Filho de Edmundo Falcão e Laura Ribeiro Falcão. Advogado, com bacharelado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, atuou junto ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos e também do Instituto do Sal, e foi gerente da Companhia Nacional de Álcalis. Foi presidente do Instituto do Sal e do Instituto dos Marítimos (1949-1950) até que ingressou na vida política ao filiar-se ao PSD pelo qual foi eleito deputado federal pelo Ceará em 1950, 1954, 1958 e 1962, e nesse ínterim foi candidato a governador do estado em 1954,[2] porém foi derrotado por Paulo Sarasate, candidato da UDN.[3] Em 1959 foi designado para substituir Carlos Cirilo Júnior no Ministério da Justiça no governo de Juscelino Kubitschek,[4] onde também foi Ministro interino das Relações Exteriores em lugar de Horácio Lafer.[5] Renunciou ao mandato de deputado federal para assumir a Secretaria de Justiça da Guanabara em 1960, no governo José Sette Câmara Filho.[6]
Ocupou interinamente o Ministério da Saúde no governo Jânio Quadros, mas afastou-se logo após a posse. Com a renúncia do presidente em 25 de agosto de 1961, manifestou-se em desfavor da posse de João Goulart, apoiou o frustrado impeachment de João Goulart e alinhou-se entre os partidários do Regime Militar de 1964 e filiou-se a ARENA com a instauração do bipartidarismo. Em 1966 foi eleito suplente de deputado federal e convocado a exercer o mandato.
Ficou afastado da vida pública até que o presidente Ernesto Geisel o nomeou para uma segunda passagem pelo Ministério da Justiça.[7] Por conta da derrota maciça do governo frente ao MDB nas eleições de 15 de novembro de 1974, foi o artífice da Lei Falcão[8] que limitou drasticamente o acesso dos políticos ao rádio e a televisão com o fito de evitar a vitória oposicionista nas eleições municipais de 1976 e nos pleitos vindouros, sendo revogada apenas por ocasião das eleições municipais de 1985.[9] Armando Falcão foi também quem providenciou a elaboração do projeto de lei para a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, que passou a vigorar em 15 de março de 1975.[10]
Sob sua coordenação foi também elaborado o projeto de reforma do Poder Judiciário, que incluía os anteprojetos de reforma do Código Civil, do Código de Processo Penal e da Lei das Contravenções Penais. Em 1977, ao ser decretado o recesso do Congresso Nacional, foi aprovado pelo Executivo o conjunto de leis que se tornou conhecido por Pacote de Abril.[11]
Em 27 de novembro de 1978, Armando Falcão sancionou uma nova Lei de Segurança Nacional, um primeiro esboço do projeto de retorno da vida política do país à normalidade democrática, e que pôs fim à pena de morte, à prisão perpétua e ao banimento, além da redução da incomunicabilidade de dez para oito dias, restabelecimento do habeas-corpus e devolução do julgamento dos responsáveis por assaltos a banco à esfera do Código Penal.[12] Deixou o Ministério da Justiça ao final do governo Geisel.
Fora do governo, não deixou de participar da política de bastidores e fez uso de entrevistas e artigos publicados na imprensa para exaltar as suas posições conservadoras, como contra a legalização dos partidos por ele chamados de extremistas e contra a reforma agrária.
Em 1989 publicou um livro de memórias, Tudo a declarar. O título fazia uma brincadeira com a frase "nada a declarar" que caracterizara sua relação com a imprensa, quando era ministro da Justiça e se recusava a comentar qualquer assunto considerado confidencial ou polêmico.[13]
Morreu em sua casa, no bairro carioca de Botafogo, aos 90 anos de pneumonia.[14] Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista. Foi casado em primeiras núpcias com Maria Ilná Bezerra Falcão, com quem teve seis filhos. Viúvo, casou-se em segundas núpcias com a também viúva Aline Tereza Saboya Montenegro.[15]
Foi citado no álbum de Luiz Gonzaga "Volta Pra curtir" de 1972 como Presidente da República de Estudantes na qual Luiz Gonzaga fora convidado a tocar.
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