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Apocalipse do Lorvão
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O Apocalipse do Lorvão é um manuscrito iluminado [1] datado de 1189, no início do reinado de D. Sancho I, segundo rei de Portugal. Possivelmente uma obra do scriptorium do Mosteiro do Lorvão, próximo de Coimbra, mosteiro a que o manuscrito pertenceu durante a Idade Média, é uma das raras obras do género sobreviventes da Idade Média portuguesa. É considerado um dos primeiros e mais sumptuosos manuscritos iluminados do jovem reino de Portugal.
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O Apocalipse do Lorvão é um comentário ao Livro do Apocalipse, o último livro do Novo Testamento, que contém as revelações recebidas pelo Apóstolo S. João, o Evangelista quando este se encontrava na ilha de Patmos. A obra é uma cópia de um dos vários códices então existentes do Commentarium in Apocalypsin do chamado Beato de Liébana, do século VIII, e insere-se assim no universo dos chamados Beatos. O escriba do Apocalipse do Lorvão, identificado como Egeas, foi possivelmente também o iluminador da obra.
O Apocalipse do Lorvão encontra-se hoje em Lisboa, no arquivo nacional da Torre do Tombo (Ordem de Cister, Mosteiro de Lorvão, Códice 44). O Mosteiro do Lorvão passara a ser um convento feminino ainda no século XIII. A extinção das Ordens Religiosas em Portugal, em 1834, depois das guerras liberais, extinguiu inicialmente apenas os conventos masculinos. No entanto, com autorização das religiosas, o Apocalipse foi retirado do Mosteiro do Lorvão em 1853 e depositado na Torre do Tombo por Alexandre Herculano.