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António Luciano Aresta Branco (Amareleja, Moura, 25 de Março de 1862 - Lisboa, 14 de Outubro de 1952) foi um médico e político Português.
António Aresta Branco | |
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Fotografia de Aresta Branco, publicada na obra As constituintes de 1911 e os seus deputados | |
Nome completo | António Luciano Aresta Branco |
Nascimento | 25 de Março de 1862 Amareleja, Moura |
Morte | 14 de Outubro de 1952 Lisboa |
Nacionalidade | Português |
Alma mater | Escola de Medicina de Lisboa |
Ocupação | Médico e político |
Nasceu na freguesia de Amareleja, no concelho de Moura, em 1862, numa família de recursos modestos.[1] Ainda durante a juventude mudou-se para Beja, onde trabalhou numa farmácia.[1] Aos 22 anos iniciou os seus estudos, tendo concluído primeiro o curso do liceu em três anos, e depois matriculou-se na Escola Politécnica e na Escola de Medicina de Lisboa,[1] tendo-se formado em Julho de 1894, com uma tese sobre tuberculose vertebral.[2] Durante este período dedicou-se igualmente ao jornalismo, tendo colaborado no jornal republicano académico A Pátria, em conjunto com Brito Camacho e Higino de Sousa.[1]
Após o final dos estudos voltou a Beja,[2] onde foi o principal responsável pela organização do Partido Republicano no Distrito de Beja,[1] Nas eleições de 1906 e 1910 candidatou-se como deputado republicano, pelo círculo de Beja,[2] tendo sido eleito para a Câmara dos Deputados pelos distritos de Beja e Lisboa.[1] Após a Revolução de 5 de Outubro de 1910, tornou-se Governador Civil do Distrito de Beja.[1] Durante o seu mandato, desenvolveu e reforçou a presença republicana na região, tendo neste sentido escolhido administradores de concelho e alterado as vereações dos concelhos, embora a preferência por pessoas mais próximas de si tenha provocado críticas por parte de outras divisões republicanas.[1] Também ganhou relevo pela forma como combateu contra os movimentos grevistas que se seguiram à instauração da república,[2] tendo por exemplo intervido pessoalmente durante uma greve na estação de Beja, em Janeiro de 1911, liderando um grupo de republicanos que assaltaram a estação e prenderam os grevistas, que só foram libertados em 23 de Julho.[3] Em 28 de Maio de 1911 foi eleito para deputado pelo círculo de Faro, tendo tomado posse em finais de Junho.[2] Em 26 de Fevereiro de 1912 foi um dos responsáveis pela fundação do Partido Unionista, e depois foi membro do Partido Liberal.[2] Em 17 de Novembro de 1918 foi presidente da Câmara dos Deputados,[2] posição que manteve durante três legislaturas.[1] Entre 11 de Dezembro de 1917 e 7 de Março de 1918 foi Ministro da Marinha.[2]
Também teve uma carreira destacada como médico, tendo exercido como cirurgião.[1]
Por volta de 1942 mudou-se de Beja para Lisboa, de forma a acompanhar os estudos das suas duas netas.[1] Faleceu em 14 de Outubro de 1952, na sua residência em Lisboa, no número 10 da Rua Basílio Teles.[1] Estava casado com Maria Ana da Fonseca Aresta Branco, e era pai de Luciano António Aresta Branco, e avô de Maria José Vilaça Aresta Branco, António e Luciano Cansado Aresta Branco, e Jorge Cansado Aresta Branco.[1]
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