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Antonio Ordóñez
toureiro espanhol / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Antonio Jiménez Ordóñez Araujo (Ronda, 16 de fevereiro de 1932 — Sevilha, 19 de dezembro de 1998)[1] foi um matador de touros espanhol[2].
Antonio Ordóñez | |
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Nascimento | Antonio Ordóñez Araujo 16 de fevereiro de 1932 Ronda |
Morte | 19 de dezembro de 1998 (66 anos) Sevilha |
Cidadania | Espanha |
Progenitores | |
Filho(a)(s) | Carmen Ordóñez |
Ocupação | toureiro |
Causa da morte | câncer de fígado |
Terceiro de seis filhos do matador de touros Cayetano Ordóñez y Aguilera, El Niño de la Palma, e de Consuelo Araujo, António Ordoñez vestiu pela primeira vez o traje de luces em Haro (Logroño). Apresentava-se então como Niño de la Palma IV.
Já novilheiro praticante, apresenta-se em Las Ventas, Madrid, na Feira de Outubro de 1949. Um ano depois sofria a sua primeira colhida grave, em Barcelona.
Em Las Ventas, em junho de 1951, Antonio Ordóñez tomou a alternativa de matador de touros, tendo Julio Aparicio como padrinho e El Litri como testemunha.
Ao longo da sua carreira como diestro, interveio em mais de 1000 corridas e matou mais de 2000 reses bravas. Portador de um estilo purista de toureio, sobre ele escreveu José María Cossío[3]:
“ | Con la capa, toreando a la verónica, Antonio Ordóñez anula a los mejores. Verónicas con gran juego de brazos, suaves y espectaculares, lentas, magníficas; verónicas densas, dramáticas y profundas, cargando la suerte; verónicas alegres, aladas y palpitantes con los pies juntos, medias verónicas amplias, cerradas petulantemente sobre la cadera, como una flor misteriosa. Y con el capote para adornos, ha sido límpido, matemático y preciso | ” |
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Cortou a coleta em 12 de agosto de 1971, em San Sebastián. Em 1974, porém, reapareceu na praça da sua terra natal, Ronda[4].
O catedrático do toureio (El Catedrático), assim chamou o público a Ordóñez, foi amigo de Ernest Hemingway e de Orson Welles, que seguiram com proximidade a sua carreira. Hemingway, que Ordoñez tratava como Papá Ernesto, já era amigo do seu pai, Cayetano, que conhecera numas festas de San Fermín, em Pamplona, nos anos 1920, e lhe inspirara a personagem Pedro Romero em The Sun Also Rises[1]. O toureio de Niño de la Palma causara a Hemingway uma profunda admiração, a mesma que anos mais tarde lhe causaria ao ver o seu filho Antonio, que seguiu durante várias temporadas pelos ruedos de Espanha. A rivalidade entre Antonio e Luis Miguel Dominguín levaria o Nóbel da Literatura a escrever o ensaio El verano peligroso, publicado na revista Life Magazine em 1960.
Com Orson Welles a sua amizade foi igualmente intensa, tendo Welles decidido que quando morresse as suas cinzas deveriam ser depositadas em casa do maestro. Cumprindo esse desejo, a sua viúva e a sua filha depositaram em 1987 o pote das cinzas do cineasta num poço de El Recreo de San Cayetano, a casa de Ordóñez em Ronda[4].
Dos seus quatro irmãos rapazes, dois foram igualmente matadores, Cayetano (que continuou a usar o nome de El Niño de la Palma) e José (também conhecido como Pepe) Ordóñez[5]; outros dois foram bandarilheiros, Juan e Alfonso Ordóñez[6].
As cinzas de Antonio Ordoñez foram espalhadas na praça de toiros de Ronda[2].