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Amor romântico
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Amor romântico é, nos sentidos mais amplos, uma forma relacional de amor que, podendo envolver sexualidade física ou não, atrela-se mais a uma idealização e atração intensa à pessoa do outro, abrangendo aspectos como confiança profunda, paixão, pensamento obsessivo, sentimento de união e desejo de manter-se um relacionamento duradouro. Em sentidos mais estritos, costuma levantar problemas de definição e polissemia, por exemplo entre historiadores que utilizam o termo para se referir a expressões associadas a desenvolvimentos culturais específicos, como o amor cortês, ou mais em particular às concepções modernas do amor derivadas do contexto do romantismo,[2] cujos expoentes declaravam mais conscientemente e enfaticamente as suas características distintas, como a idealização da mulher, a realização subjetiva com um outro e a valorização do amor como fim em si, frente a todos os outros aspectos da vida.[3]
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O amor romântico é considerado atualmente por antropólogos, sociólogos, biólogos e pesquisadores literários como um universal transcultural[4] ou biossocial.[5] Por muito tempo na historiografia, o amor romântico era visto como tendo sido uma invenção exclusiva da Europa medieval do século XII, originando-se no amor cortês, ou como uma criação moderna capitalista a partir do romantismo; porém, isso se tornou refutado com novos estudos.[6] De todo modo, cada período e local definem a expressão do amor romântico com características culturais diferentes,[7] em algumas sociedades sendo ele mais presente e valorizado em suas relações, instituições e literatura, enquanto em outros contextos pode ser suprimido.[8]
Na biologia, utiliza-se o nome “amor romântico” geralmente para os estágios iniciais de relacionamentos românticos, durando cerca de 2 a 3 anos, até ser estabelecido o vínculo de par e substituir-se pelo amor companheiro menos intenso; mas também há a descrição do amor romântico de longo prazo. O amor romântico é distinto da definição biológica de apego, e as evidências atuais corroboram a hipótese de que ele teria surgido a partir de uma cooptação evolutiva do cuidado materno-filial. Na psicologia, algumas vezes é referido também como “amor apaixonado”.[9] Na teoria psicológica evolucionista do amor, o amor romântico é um complexo de adaptações que motiva os pais a investirem à sua prole, reforçando emocionalmente o vínculo entre os parceiros.[10] Em grande parte dos estudos de psicologia, associa-se ao desejo sexual, porém não necessariamente, conforme recentemente surgem estudos que delineiam as categorias da assexualidade e da romanticidade, em que as evidências mostram que atração romântica e atração sexual são distintas, apesar de poderem se interrelacionar.
Antes da modernidade, encontram-se elementos românticos, como os de idealização, simetria de tratamento, exaltação do amor e do desejo individual, mesmo em conflito com as normas sociais, na literatura árabe, persa, chinesa, japonesa, bem como na Antiga Grécia, Roma e Índia Clássica, dentre outras culturas.[11]