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Amizade colorida

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 Nota: Para outros significados, veja Amizade colorida (desambiguação).

Amizades coloridas ou "amigos com benefícios" (em inglês: friends with benefits) são termos que descrevem relacionamentos em que duas pessoas se envolvem sexual e/ou romanticamente sem compromissos sérios ou a expectativa de um relacionamento amoroso tradicional ou convencional. Embora ambos os conceitos descrevam relações casuais, eles podem ser usados de maneira um pouco diferente, dependendo da cultura e do contexto.[1][2]

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Distinção de conceitos

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Perspectiva

Amigos coloridos vivenciam relacionamento sendo próximos ou decidem adicionar uma dimensão sexual ou afetiva às suas interações. Isso geralmente ocorre quando duas pessoas compartilham uma atração mútua, mas não desejam um compromisso sério.[3] Amizade colorida também pode ser entendida como quando ambas as partes só desejam ficar, beijar, abraçar, andar de mãos dadas, fazer carinho ou cafuné interpessoalmente, envolvendo sensores táteis, sem se considerarem namorados. Amizades coloridas também são baseadas em uma amizade preexistente, em que as pessoas envolvidas se conhecem bem intimamente e têm uma conexão emocional e social, tendo ênfase na amizade e na diversão, e não na criação de um relacionamento amoroso a longo prazo.[4][5]

"Friends with benefits" (abreviado como FWB), certas vezes traduzido como "amigos com benefícios", é um termo em inglês que descreve uma relação casual em que duas pessoas estão envolvidas em atividades sexuais e, ao mesmo tempo, mantêm uma amizade.[6] Esses relacionamentos geralmente não envolvem compromissos emocionais ou exclusividade. Diferentemente das amizades coloridas, os FWB podem não ter necessariamente uma base de amizade forte, podendo começar como encontros casuais ou conexões puramente sexuais que evoluem para uma amizade sexual. A principal motivação do "benefício" é o prazer sexual.[7][8]

Contudo, ambos os termos podem ser usados intercambiavelmente.[9]

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Teorias

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Teoria da troca de afeto

A teoria da troca de afeto [en] afirma que “as pessoas precisam dar e receber afeto para sobreviver e procriar”.[10] Quando as pessoas fazem parte de relacionamentos saudáveis que lhes permitem demonstrar afeto livremente, sem questionamentos, tendem a apresentar menos ansiedade em outras relações mais envolventes. Alguns arranjos de amizade coloridade podem evitar a demonstração de afeto,[11] enquanto outros relacionamentos de amizade colorida fornecem aos participantes mais oportunidades de dar e receber afeto, mesmo que eles enxerguem este relacionamento como uma amizade de "baixa manutenção": a comunicação pós-coito, abraços e beijos são demonstrações de afeto que podem ter resultados positivos. Quando esse afeto não acontece, mas é desejado, os indivíduos que desejam afeto e que estão cientes do anseio do parceiro por ele podem ambos abrigar hostilidade. [12]

Pesquisas indicam que relacionamentos – incluindo amizades coloridas – que não contam com interações pós-coito saudáveis podem estar associados à evitação de apego, em decorrência da ausência de comunicação afetiva. Para que as pessoas experimentem satisfação sexual, é fundamental que haja compreensão mútua das necessidades de apego entre as partes envolvidas na relação. [13]

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Ver também

Referências

  1. [1]
    Furman, Wyndol; Shaffer, Laura (novembro de 2011). «Romantic Partners, Friends, Friends with Benefits, and Casual Acquaintances as Sexual Partners». Journal of Sex Research (em inglês) (6): 554–564. ISSN 0022-4499. PMC 3163778Acessível livremente. PMID 21128155. doi:10.1080/00224499.2010.535623. Consultado em 9 de novembro de 2023
  2. [2]
    Wentland, Jocelyn J.; Reissing, Elke (dezembro de 2014). «Casual sexual relationships: Identifying definitions for one night stands, booty calls, fuck buddies, and friends with benefits». The Canadian Journal of Human Sexuality (em inglês) (3): 167–177. ISSN 1188-4517. doi:10.3138/cjhs.2744. Consultado em 9 de novembro de 2023
  3. [3]
    Socialidades y afectos: vida cotidiana, nuevas tecnologías y producciones mediáticas (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Guadalajara. 2013
  4. [4]
    Carey, Benedict (2 de outubro de 2007). «Friends With Benefits, and Stress Too». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 9 de novembro de 2023
  5. [5]
    Ferrari Pizzato, Fernanda (31 de janeiro de 2010). «Do namoro à amizade: as matizes das parcerias sexuais de mulheres heterossexuais de camadas médias, estabelecidas profissionalmente, residentes no Recife». repositorio.ufpe.br. Consultado em 9 de novembro de 2023
  6. [6]
    Herrera, Coral (5 de junho de 2023). 100 preguntas sobre el amor: La Revolución Amorosa para jóvenes (em espanhol). [S.l.]: Los Libros De La Catarata
  7. [7]
    Vasconcelos, Tuane Afonso (18 de dezembro de 2013). «Amor confluente x amor romântico: uma análise do sexo casual nos filmes Amizade colorida e Sexo sem compromisso». Consultado em 9 de novembro de 2023
  8. [8]
    «Amigos Com Benefícios: "Os Homens Dão Amor em Troca de Sexo e as Mulheres Dão Sexo em Troca de Amor" - ProQuest». www.proquest.com. Consultado em 9 de novembro de 2023
  9. [9]
    «Amizade colorida: 10 regras básicas pra desfrutar dos benefícios sem 'BOs'». UOL. 19 de outubro de 2023. Consultado em 9 de novembro de 2023
  10. [10]
    Bennett, Margaret; LoPresti, Brittny J.; Denes, Amanda (December 2019). «Exploring trait affectionate communication and post sex communication as mediators of the association between attachment and sexual satisfaction». Personality and Individual Differences. 151. 109505 páginas. ISSN 0191-8869. doi:10.1016/j.paid.2019.109505 Verifique data em: |data= (ajuda)
  11. [11]
    Gillen, Hailey G.; Horan, Sean M. (October 2013). «Toward an understanding of the relationships among deceptive affection, deceptive beliefs, and relational qualities». Communication Research Reports. 30 (4): 352–358. ISSN 0882-4096. doi:10.1080/08824096.2013.836629 Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. [12]
    Gillen, Hailey G.; Horan, Sean M. (October 2013). «Toward an understanding of the relationships among deceptive affection, deceptive beliefs, and relational qualities». Communication Research Reports. 30 (4): 352–358. ISSN 0882-4096. doi:10.1080/08824096.2013.836629 Verifique data em: |data= (ajuda)
  13. [13]
    Gillen, Hailey G.; Horan, Sean M. (October 2013). «Toward an understanding of the relationships among deceptive affection, deceptive beliefs, and relational qualities». Communication Research Reports. 30 (4): 352–358. ISSN 0882-4096. doi:10.1080/08824096.2013.836629 Verifique data em: |data= (ajuda)
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