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O almoço (do latim admorsu-, particípio passado de admordēre, "principiar a morder"),[1][2] é a segunda refeição do dia que tradicionalmente ocorre por volta do meio-dia (entre o fim da manhã e o início da tarde). O almoço é uma das quatro refeições principais do dia, sendo as outras o Desjejum (ou pequeno-almoço em português europeu e café da manhã em português brasileiro), o lanche e o jantar. É composto geralmente por uma entrada, como a sopa, salada ou outro tipo de couvert,[3][4] um prato principal, e por fim a sobremesa e/ou café.
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Para a maioria dos brasileiros e portugueses, o almoço é a principal refeição do dia, no que consomem pelo menos uma hora entre transporte, refeição e descanso. Na maioria dos países, a lei exige um intervalo intrajornada de trabalho para descanso e refeição, de pelo menos 15 minutos após 4 horas de trabalho contínuo ou de pelo menos 1 hora após 6 horas de trabalho contínuo. Assim sendo, a maioria das pessoas tem tempo, entre as 11h e as 14h, para almoçar.
Apesar de existirem diferentes possibilidades conforme as culturas, podem definir-se alguns tipos especiais de almoços conforme a sua função da seguinte forma:[2]
Dizemos que o almoço, sendo ele ao meio-dia ou matinal, é importante tanto para o corpo quanto para a mente, tendo papel fundamental na manutenção da boa saúde. Existe um adágio popular que enuncia: "Pequeno-almoço de rei, almoço de príncipe e jantar de pobre".[9]
Pode-se usá-lo terapeuticamente para resgatar emoções e afetos que contribuem para o restabelecimento de vínculos e do autocuidado familiar em pessoas com redes sociais debilitadas como alcoólicos.[10]
Dada a reconhecida importância dessa refeição, tanto em Portugal[11] como no Brasil,[12] a legislação vigente ora obriga ora incentiva o fornecimento dessa refeição aos trabalhadores, sendo mais comum a distribuição de vales refeição.[13] A sua repartição ora é obrigatória em razão de acordos coletivos de trabalho ora é uma das vantagens que as empresas oferecem para atrair os trabalhadores.
Antigamente, quando existiam jornadas de trabalho menos atribuladas, era possível no dia a dia após o almoço as pessoas fazerem a sesta (descanso curto, também chamado "cochilo" no Brasil ou "soneca" em Portugal).[14] Adeptos da prática que já foi comum continuam a afirmar que tal ato tem vários benefícios para saúde e boa disposição dos indivíduos, incluindo a recuperação das energias para o restante do dia.[15]
Tradicionalmente o almoço pode ser favorável a um encontro entre colegas ou família, sendo neste último caso particularmente significativo em alturas do ano especiais, como é o caso do natal,[16][17] ano novo, ou páscoa.[18]
Existem expressões típicas como "comer na gaveta" que se relacionam com almoços rápidos, quando o comerciante colocava o prato numa gaveta onde comia e se fosse interrompido por um cliente fechava a gaveta até terminar a diligência.[19]
O almoço é um momento propício para se interagir com colegas, amigos e com os membros da família, contudo não é essa a característica que define o almoço. Podemos dizer que o almoço, particularmente no Brasil, pode ser visto como um descanso após uma etapa do trabalho ou do estudo, quando as pessoas de uma maneira geral, param para se alimentar e recobrar as energias, podendo retomar a atividade após a refeição.
Em alguns países, como a França e Estados Unidos da América, a primeira refeição, ou seja, o desjejum, é a principal alimentação do dia, pois desde a Idade Média na Europa e desde a colonização norte-americana, a maior parcela populacional destas nações era formada essencialmente por camponeses, que precisavam sair de casa pela manhã já devidamente alimentados para o trabalho nos campos, fazendo apenas uma pequena refeição no meio da jornada.
Dada a importância do almoço na alimentação diária, devem estar contidos nessa refeição todos os nutrientes essenciais à nossa nutrição. Um almoço variado, com leguminosas, verduras, tubérculos e grãos é fundamental para nos proporcionar uma vida saudável e prevenir inúmeras doenças que podem advir da má alimentação, tais como a pelagra, a anemia ou o escorbuto, dentre outras.
Durante a formulação do cardápio, é necessário considerar que o valor energético de um almoço adequado deverá alcançar no mínimo 1.400 calorias, segundo o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Deve-se, também, garantir o equilíbrio de nutrientes, observando a quantidade de alimentos oferecidos e a inclusão de um alimento de cada grupo básico na refeição planejada, adaptando as quantidades de cada alimento de acordo com o gasto energético do indivíduo.
A oferta de almoço aos trabalhadores durante a jornada de trabalho pode representar um acréscimo de 10% na produção. A má nutrição pode desencadear consequências relacionadas à redução da vida média, da produtividade, da resistência às doenças, aumento à predisposição aos acidentes de trabalho e baixa capacidade de aprendizado do trabalho, podendo resultar em uma redução de 30% na força muscular, 15% na precisão dos movimentos e em torno de 80% na aptidão para o trabalho.[20]
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