Almoctafi
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Abu Maomé Ali ibne Amade (em árabe: أبو محمد علي بن أحمد; romaniz.: Abū Muḥammad ʿAlī ibn Aḥmad; literalmente "Abu Maomé Ali, filho de Amade" ; 877/878 - Bagdá, 13 de agosto de 908), melhor lembrado pelo nome real Almoctafi Bilá (em árabe: المكتفي بالله; romaniz.: al-Muktafī bi-llāh; lit. "Apenas contente com Deus" [1]), foi califa do Califado Abássida de 902 a 908. Era filho da escrava turca Chicheque e de Almutadide (r. 892–902). Nasceu num período de crescente enfraquecimento do poder do Califado Abássida após anos de guerra civil (a Anarquia em Samarra) e presenciou as tentativas de seu avô Almutâmide (r. 870–892) e seu pai para restaurarem a autoridade califal. Ao assumir, adotou uma postura mais liberal e sedentária em relação ao militarístico Almutadide e essencialmente continuou as políticas dele, embora boa parte da condução do governo foi deixada com seus vizires e oficiais.
Almoctafi | |
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Dinar cunhado em Bagdá em 904/905 | |
17º califa do Califado Abássida | |
Reinado | 05 de abril de 902– 13 de abril de 908 |
Antecessor(a) | Almutadide |
Sucessor(a) | Almoctadir |
Nascimento | 877/878 |
Morte | 13 de agosto de 908 |
Bagdá | |
Descendência | Almostacfi |
Dinastia | abássida |
Pai | Almutadide |
Mãe | Chicheque |
Religião | Islamismo sunita |
Seu reinado viu a derrota dos carmatas no deserto da Síria e a reincorporação do Egito e partes da Síria pelo Reino Tulúnida. A guerra com o Império Bizantino continuou com sucessos alternados, embora os árabes conseguiram importante vitória no Saque de Salonica de 904. Sua morte em 908 abriu o caminho à instalação do governante fraco Almoctadir pela burocracia palaciana, e iniciou o declínio terminal do Califado Abássida.