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escritora portuguesa (1860-1929) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Alice Evelina Pestana Coelho (Santarém, 7 de abril de 1860 — Madrid, 24 de dezembro de 1929)[1] foi uma humanista, jornalista portuguesa, pedagoga da Institución Libre de Enseñanza, feminista e fundadora da Liga Portuguesa da Paz em 1899, considerada a primeira organização feminista em Portugal.[2]
Alice Pestana | |
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Retrato de Alice Pestana | |
Nome completo | Alice Evelina Pestana Coelho |
Pseudônimo(s) | Caiel |
Nascimento | 7 de abril de 1860 Santarém, |
Morte | 24 de dezembro de 1929 (69 anos) Lisboa |
Ocupação | Pedagoga |
Magnum opus | La educación en Portugal |
Nascida com o nome Maria Evelina Pestana Coelho, foi filha de Matilde Soares Pestana, uma dama culta que morreu ao dar à luz o seu filho José Eduardo, quando Alice tinha apenas cinco anos. O pai de Alice, Eduardo Augusto Villar Coelho, voltaria a casar-se nove anos depois, tendo ela e os seus irmãos sido criados pela avó materna (de quem finalmente tomaria o apelido Pestana).
Educada por instrutoras inglesas, estudou diversos idiomas, piano e canto. Era fluente em português, castelhano, francês e inglês[1]. Iniciou-se como jornalista no jornal "The Financial and Mercantil Gazette" de Lisboa e "O Espectro da Granja".[3]Entre 1888 e 1893 fez várias viagens pela Europa e escreveu contos, novelas, ensaios e artigos. Em 1892, apresenta a sua tese «O que deve ser a instrução secundária da mulher?», no Congresso Pedagógico Hispano-Português-Americano, na altura coincidiu com o IV Centenário da Descoberta da América.[4].
Ingressou na Sociedade Altruista, criada por José Pessanha, assocação dedicada à mulher, a criança e o progresso moral da humanidade que viria dar lugar em 1899 à "Liga Portuguesa da Paz", instituição na qual Pestana foi a primeira presidente.[5].
Em 1890, Bernardino Machado a havia apresentado a Francisco Giner de los Ríos durante uma visita a Lisboa. Através desse encontro, conheceria o seu futuro esposo, o também membro da "Institución Libre de Enseñanza" Pedro Blanco Suárez, com o qual se casaria em 5 de janeiro de 1901 em Lisboa indo viver depois para Madrid, onde residiu até à morte.
Em 1914, ganhou um lugar de professora de francês para as escolas de adultos da própria "ILE. Nesse mesmo ano, a recém proclamada Primeira República Portuguesa, Pestana foi bolseira da Junta de Ampliación de Estudios, para realizar relatório técnico sobre os avanços das propostas educativas republicanas em Portugal, fruto daquela viagem foi o livro La educación en Portugal, editado em 1915. Um ano depois, ao fundar-se o "Patronato del niño delincuente", ela foi nomeada Secretaria do mesmo organismo, cargo que desempenhou até ao seu desaparecimento em 1925.
Em 1922, Alice Pestana havia sofrido os primeiros sintomas de uma enfermidade nervosa. Depois de uma queda com rotura de cadeira e obrigada a permanecer deitada, faleceu finalmente no dia 24 de dezembro de 1929.[6]
Alice Pestana se enquadra no panorama de mulheres intelectuais de Portugal, entre elas temos Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1851-1925), Adelaide Cabete (1867-1935), Maria Clara Correia Alves (1869-1948), Beatriz Paes Pinheiro de Lemos (1872-1922), Ana de Castro Osório (1872-1935), Albertina Paraíso (1874-1954), Carolina Beatriz Ângelo (1877-1911), Maria Olga Morais Sarmento da Silveira (1881-1948), Virgínia Guerra Quaresma (1882-1973). Elas e outras fazem parte de uma vasta lista de mulheres com perfil marcadamente feminista, republicano e socialista.[7]
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