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futebolista italiano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Alfredo Foni (Údine, 20 de janeiro de 1911 — Lugano, 28 de janeiro de 1985) foi um futebolista e treinador italiano. Foi um dos zagueiros titulares da seleção italiana campeã da Copa do Mundo FIFA de 1938, onde fez uma sólida dupla defensiva com Pietro Rava.[1] Como ele, Foni já havia obtido dois anos antes a medalha de ouro no futebol nos Jogos Olímpicos de 1936, conquista que o credenciou à seleção principal.[2] Por conta dessas conquistas, ele faz parte de uma seleta lista de futebolistas que foram Campeões Olímpicos e também da Copa do Mundo.[3][4][5]
Informações pessoais | |||||||||||||||
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Nome completo | Alfredo Foni | ||||||||||||||
Data de nasc. | 20 de janeiro de 1911 | ||||||||||||||
Local de nasc. | Údine, Itália | ||||||||||||||
Morto em | 28 de janeiro de 1985 (74 anos) | ||||||||||||||
Local da morte | Lugano, Suíça | ||||||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||||||
Posição | Atacante | ||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||||||
1927-1929 1929-1931 1931-1934 1934-1947 |
Udinese Lazio Padova Juventus |
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Seleção nacional | |||||||||||||||
1936-1942 | Itália | 23 (0) | |||||||||||||
Times/clubes que treinou | |||||||||||||||
1947-1948 1948-1949 1950-1951 1953-1954 1954-1958 1960-1961 1961 1964-1967 1968-1969 1970-1971 1972-1973 1974-1975 1976-1977 |
Venezia Chiasso Sampdoria Internazionale Itália Roma Chiasso Suíça Internazionale Bellinzona Mantova Lugano Lugano |
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A nível de clubes, destacou-se na Juventus, realizando mais de trezentos jogos pela equipe de Turim, embora tenha vencido por ela uma única vez o campeonato italiano, em 1935.[1] Como treinador, participou da Copa do Mundo de 1966 pela Suíça.[6]
Começou a carreira no time de sua cidade natal, a Udinese,[1] na segunda divisão italiana.[5] Com a adoção do formato de Serie A pela primeira divisão, em 1929, foi contratado pela Lazio, destacando-se antes de passar três anos no Padova. Em 1934, foi contratado pela Juventus,[1] então tetracampeã seguida do campeonato italiano, um recorde, ampliado na temporada seguinte para um pentacampeonato.[carece de fontes] Foni foi requisitado para substituir Virginio Rosetta, que estava se aposentando após treze anos de clube,[5] tendo participado da vitoriosa Copa do Mundo de 1934.[carece de fontes]
Na vitoriosa edição de 1934-35 da Serie A, Foni jogou 27 das 30 partidas. Contudo, aquela acabaria por ser a única vez em que ele foi campeão italiano;[1] a Juve só voltaria a vencer o torneio em 1950. Entre 1935 e 1950, a equipe pôde ser campeã por duas vezes, mas na Copa da Itália. Foram os primeiros títulos da equipe nessa competição. A primeira foi na temporada 1937-38, imediatamente anterior à Copa do Mundo de 1938, e foi obtida em final precisamente contra o rival Torino. A outra veio na temporada 1941-42 e serviu para ultrapassar o Toro em número de conquistas no torneio.[carece de fontes] Foni parou de jogar em 1947.[1]
No campeonato italiano, por sua vez, Bologna e Internazionale (Ambrosiana) alternaram-se nos títulos na segunda metade da década de 1930; e a década de 1940 foi marcada pela interrupção ocasionada pela Segunda Guerra Mundial e pelo domínio do Grande Torino, com o rival também obtendo um pentacampeonato seguido.[carece de fontes] Foni parou de jogar em 1947.[5]
Foni estreou pela seleção italiana já nas Olimpíadas de 1936, em 3 de agosto daquele ano, na vitória por 1-0 sobre os Estados Unidos em Berlim.[carece de fontes] A Azzurra obteve o ouro e Foni foi integrado à seleção principal, juntamente com Pietro Rava, seu colega de Juventus, e Ugo Locatelli.[2]
Depois das Olimpíadas e antes da Copa do Mundo de 1938, Foni inicialmente jogou uma única partida pela seleção em 1937 e outra em 1938.[carece de fontes] Antes do mundial, ele havia sido campeão com a Juventus da Copa da Itália de 1937-38, em final exatamente contra o rival Torino, na primeira conquista juventina nessa competição.[carece de fontes] Foni terminou convocado ao mundial, sendo uma das peças que rejuvenesceram a Azzurra, bastante alterada em relação ao elenco campeão da Copa do Mundo FIFA de 1934, da qual foram mantidos de titulares somente Giuseppe Meazza e Giovanni Ferrari.[7]
A seleção de 1938 era considerada ainda melhor que a de 1934, com a dupla de Rava e Foni sendo vista como mais segura.[7] Eles eram precisamente os dois únicos jogadores da Juventus titulares da seleção naquela Copa.[1] Na competição, Foni entrou a partir da segunda partida. Na estreia, Rava havia feito dupla com Eraldo Monzeglio, um dos remanescentes campeões da Copa anterior. Porém, o treinador Vittorio Pozzo ficou insatisfeito com o rendimento italiano na partida e a partir do jogo seguinte inseriu Foni na vaga que havia sido de Monzeglio;[8] A partida contra os noruegueses, formados por atletas amadores, decepcionara quem esperava por uma goleada dos profissionais italianos.[9] Foi a última partida de Monzeglio pela seleção.[carece de fontes]
Foni não saiu mais nos jogos seguintes, estreando no triunfo de 3-1 contra a anfitriã França.[8] Essa partida também foi a ocasião em que a Azzurra na realidade vestiu-se toda de preto em função da adversária também usar o azul. A alteração não deixou de ser polêmica em função da cor alternativa ser associada ao fascismo.[10] Formando sólida dupla com Rava,[1] ele e todo o setor defensivo tiveram grande desempenho sobretudo na meia hora da final, em que a Hungria esteve na maior parte do tempo perdendo por apenas 3-2 até Silvio Piola encerrar o placar em 4-2.[8]
Após a Copa, Foni jogou outras quatorze vezes pela Azzurra, doze delas até 1940 e outras duas em 1942, a última em 19 de abril daquele ano, em vitória por 4-0 sobre a Espanha em Milão. Não houve partidas da seleção entre 1942 e 1945,[carece de fontes] em consequência da Segunda Guerra Mundial - conflito que também impediu que Foni eventualmente disputasse a hipotéticas Copa do Mundo de 1942, para a qual a Itália era uma das seleções mais capacitadas a ganhar.[11]
Após deixar os gramados, iniciou carreira de treinador. Fez sucesso inicialmente na Internazionale, onde foi duas vezes campeão italiano, no bicampeonato de 1952-53 e 1953-54;[carece de fontes] na época, a rivalidade do time de Milão com sua ex-equipe da Juventus ainda não chegara ao nível do Derby D'Italia, clássico que só viria a se formar na década de 1960.[12] Seu ex-clube só voltaria a ser campeã na temporada 1949-50.[carece de fontes] Sua Inter destacou-se sobretudo pelo setor defensivo, compacto e numeroso, o que chegou a gerar críticas iniciais superadas com o sucesso alcançado.[5]
Foni chegou a treinar a seleção italiana em seguida, de dezembro de 1954 a março de 1958,[carece de fontes] falhando em classifica-la à Copa do Mundo de 1958, chegando a sucumbir demais a pressões após uma das derrotas a ponto de usar uma equipe quase inteiramente nova, mas desentrosada - a incluir os estrangeiros Bruno Pesaola, Miguel Ángel Montuori (argentinos), Dino da Costa (brasileiro) e a dois veteranos uruguaios campeões da Copa do Mundo de 1950, Juan Alberto Schiaffino e Alcides Ghiggia. Foi a última Copa em que a Itália esteve ausente até o insucesso nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.[13]
Ex-jogador da Lazio, Foni também teve sucesso no lado como treinador do lado oposto em outra rivalidade, o Derby della Capitale: foi campeão pela Roma, na Taça das Cidades com Feiras de 1961,[5] o primeiro título continental de um time italiano; e também identificou-se com o futebol suíço, chegando a treinar a Seleção Suíça na Copa do Mundo de 1966,[6] desbancando nas eliminatórias a Irlanda do Norte de George Best.[14] Faleceu no país vizinho, em 1985.[5]
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