Alfa-sinucleína
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α-sinucleína é uma proteína da família das sinucleínas, junto com a beta-sinucleína e a gama-sinucleína, expressa principalmente no cérebro, em neurônios, que costuma estar localizada nos terminais pré-sinápticos em configuração monomérica desdobrada. Estruturalmente, a proteína é composta por 140 aminoácidos em sua configuração integral, sendo dividida em três porções com características bioquímicas diferentes: o amino terminal (aminoácidos 1-60), anfipático; o domínio central (aminoácidos 61-95), hidrofóbico; e o carboxi-terminal (aminoácidos 96-140), região que sofre a maior quantidade de modificações pós-traducionais. Embora sua função na célula seja ainda desconhecida, é entendido atualmente que a proteína atua em processos de reciclagem de vesículas, exocitose e endocitose, além de ser essencial para a curvatura de membrana. Fisiologicamente, quando associada às membranas, a alfa sinucleína passa por uma transformação estrutural, formando tetrâmeros[1].
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A alfa-sinucleína é uma das proteínas mais estudadas atualmente, uma vez que está envolvida em uma série de doenças neurodegenerativas, as chamadas sinucleinopatias, entre elas a Doença de Parkinson, Demência de Corpos de Lewy, entre outras[2]. A proteína, apesar de ser naturalmente desenovelada, em determinadas condições, tende a agregar-se. Estes agregados (oligômeros, protofibras e fibras amiloides)[3] são tóxicos à célula, podendo sequestrar proteínas, alterar as propriedades das membranas das organelas, inativar os sistemas de proteólise, como o complexo ubiquitina-proteassoma e vias de degradação lisossomal. Deste modo, os agregados de alfa-sinucleína contribuem fortemente para a morte neuronal, sobretudo em estágios nos quais são formados Corpos de Lewy, inclusões de proteínas altamente tóxicas às células, nas quais a alfa-sinucleína é componente principal [2].