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Alberto Ribeiro Lamego (Campos dos Goytacazes, 9 de abril de 1896 – Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1985) foi um engenheiro, geógrafo, geólogo e pesquisador brasileiro; renomado por seus trabalhos publicados em quatro obras sociogeográficas da série "O Homem e o Meio Ambiente", onde descreve sobre a geologia e a história do estado do Rio de Janeiro, e pelos livros "O Homem e o Brejo", "O Homem e a Restinga", "O Homem e a Guanabara" e "O Homem e a Serra". Tal publicação tornou-se referência em sua área de conhecimento científico. Por ter o nome quase homônimo ao de seu pai, Alberto Lamego em algumas obras é conhecido como Lamego Filho. Seus pais foram o advogado e historiador Alberto Frederico de Moraes Lamego e Joaquina Maria do Couto Ribeiro Lamego.[1].[2][3]
Alberto Lamego | |
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Nascimento | Alberto Ribeiro Lamego 9 de abril de 1896 Campos dos Goytacazes |
Morte | 16 de outubro de 1985 (89 anos) Rio de Janeiro |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade de Louvain |
Campo(s) | Geografia |
Ainda na infância, em 1906, acompanha os pais para a Europa, onde faz seu ensino primário no Colégio Jesuíta de Campolide[4] de Lisboa, Portugal. Em 1910, com a Implantação da República Portuguesa, e o fechamento dos colégios religiosos (encampados pelo Estado), muda-se com a família para a Bélgica.[2]
Conclui os estudos secundários, concluídos no Colégio Saint-Michel[4], de Bruxelas e ingressa na legendária Universidade Católica de Lovaina, no curso de engenharia de artes, manufatura e minas[4]. Com a invasão da Bélgica pelos alemães na I Guerra Mundial em 1914, Lamego, com sua família, muda-se para a Inglaterra. Em Londres matricula-se na Royal School of Mines do Imperial College of Science and Technology; Simultaneamente, fez o curso de licenciatura em engenharia na Universidade de Londres.[3][4]
Ao final da guerra, retorna ao Brasil com sua família em 1920, sendo admitido no Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB), precursor do IBGE e do CPRM, vinculado ao Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas. Nessa época publica a série "O Homem e o Meio Ambiente" formada por quatro obras sociogeográficas, onde enfoca a geologia do Rio de Janeiro, as escarpas do entorno da Baía de Guanabara e a geologia de Campos dos Goytacazes e da planície costeira.[5]
No período compreendido entre os anos de 1944 e 1963 publica quatro livros considerados obras-primas, e pelos quais ficaria mais conhecido: "O Homem e o Brejo", "O Homem e a Restinga", "O Homem e a Guanabara" e "O Homem e a Serra", todos de aspecto geográfico, histórico, ecológico e social.[4]
Lamego em 1944 publica "A Bacia de Campos na Geologia Litorânea do Petróleo", onde antevê o potencial petrolífero da bacia. Ainda fez, em 1948, a Folha Geológica do Rio de Janeiro[1][2].
Entre 1951 a 1961, teve funções de diretor de Geologia e Mineralogia do Ministério da Agricultura.[4]
Alberto Lamego foi membro da Academia Fluminense de Letras, da Academia Campista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, do Instituto Pan-americano de Geografia e Historia[2], do Instituto Histórico de Petrópolis[6], da Associação dos Geólogos Brasileiros e da Academia Brasileira de Ciências. Entrou para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro como sócio honorário em 14 de dezembro de 1977; passou a efetivo em 16 de dezembro de 1981.[4]
Lamego Ganhou vários prêmios com suas obras literárias. Por seus trabalhos recebeu inúmeras homenagens: denominações de diversas espécies fósseis, muitas medalhas e condecorações.[7]
Com o objetivo de reverenciar a sua memória, em 1986, o então Departamento de Difusão de Cultura de Campos dos Goytacazes criou o Prêmio Alberto Lamego, destinado aos intelectuais do município que se destacam por suas produções culturais.[8]
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