Ain't I a Woman? (livro)
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ain't I a Woman? Black Women and Feminism é um livro de 1981 de bell hooks. O título é uma referência ao discurso "Ain't I a Woman?" de Sojourner Truth.
Ain't I a Woman? | |
---|---|
Autor | bell hooks |
Tema | feminismo negro |
Gênero | ensaio |
Data de publicação | 1981 |
Editora | South End Press |
Número de páginas | 220 |
OCLC | 248354669 |
A autora examina o efeito do racismo e do sexismo nas mulheres negras, no movimento pelos direitos civis e nos movimentos feministas desde o início do sufrágio feminino até a década de 1970. Ela argumenta que a convergência de sexismo e racismo durante a escravidão contribuiu para que as mulheres negras tivessem o status mais baixo e as piores condições de qualquer grupo da sociedade estadunidense. As abolicionistas e sufragistas brancas geralmente ficavam mais à vontade com os abolicionistas negros, como Frederick Douglass, enquanto as mulheres negras eram mal recebidas, num contexto em que se mantinham estereótipos que as associavam à promiscuidade e imoralidade.[1]
Além disso, ela argumenta que os estereótipos estabelecidos durante a escravidão ainda afetam as mulheres negras hoje. Ela argumentou que a escravidão permitia à sociedade branca estereotipar as mulheres brancas como a deusa virgem pura e mover as mulheres negras para o estereótipo de prostituta sedutora, anteriormente colado a todas as mulheres, o que justificava a desvalorização da feminilidade negra e o estupro de mulheres negras. O trabalho que as mulheres negras foram forçadas a realizar, na escravidão ou locais de trabalho discriminatório, foi usado contra as mulheres negras como prova de seu comportamento inadequado. Hooks argumenta que o nacionalismo negro foi em grande parte um movimento patriarcal e misógino, buscando superar as divisões raciais fortalecendo as sexistas, e que prontamente se apegou à ideia da matriarca negra proposta por Daniel Patrick Moynihan, cujas teorias bell hooks frequentemente critica.[2][1]