Zéphyrin Ferrez
artista francês / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Zéphyrin Ferrez, Zepherin Ferrez ou Zeferino Ferrez[1] (Saint Laurent, 31 de julho de 1797 — Rio de Janeiro, 22 de julho de 1851), foi um escultor, gravurista e professor franco-brasileiro, além de um integrante tardio da Missão Artística Francesa, por ter ingressado ao movimento, cerca de seis meses depois de seu início.[2]
Zéphyrin Ferrez | |
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Nome completo | Zéphyrin Ferrez |
Pseudónimo(s) | Zeferino Ferrez[1] |
Nascimento | 31 de julho de 1797 Saint Laurent, França |
Morte | 22 de julho de 1851 (53 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | francês |
Principais trabalhos | Criação da moeda de coroação de Dom Pedro I, conhecida como Peça da Coroação
Decoração da residência da Marquesa de Santos. |
Área | Escultura, Gravura |
Formação | École des Beaux-Arts |
Movimento(s) | Neoclassicismo |
Patronos | João VI de Portugal Dom Pedro I Dom Pedro II |
Ferrez participou dos trabalhos de decoração de ruas, avenidas e praças da cidade do Rio de Janeiro com a chegada da futura imperatriz Dona Leopoldina, e realizou outras obras similares para a realeza.[3]
Gravou a primeira medalha projetada e cunhada do Brasil, para a aclamação de D. João VI,[4] em 1820. Também fabricou as medalhas da coroação de D. Pedro I, a rara Peça da Coroação, e ainda foi responsável pela medalha de matrimônio entre D. Pedro II e Dona Teresa Cristina de 1842. Além disso, o artista, que aportou no Brasil junto de seu irmão Marc Ferrez (também artista neoclássico, porém com foco em bustos de mármore ao contrário da numismática) desenvolveu, em 1818, um berço de madeira sustentada por duas esfinges e decorada com guirlandas de flores para princesa Maria da Glória, primeira filha de D.Pedro I.[3]
Em 1826 realizou, também com seu irmão Marc, uma série de baixos-relevos para a fachada do edifício da Academia Imperial de Belas Artes, projetado por Grandjean de Montigny. Quando o prédio foi demolido,[5] em 1938, um dos únicos trabalhos que foram preservados foi o pórtico projetado em granito e mármore, onde se destacam os ornamentos em terracota de Ferrez.[6] Esse fragmento do edifício foi realocado, mais tarde, na década de 40, para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro,[7] onde permanece até os dias de hoje.
Nas décadas seguintes assumiu a cátedra de gravura de medalhas na academia, foi condecorado com a Ordem da Rosa no grau de Cavaleiro e participou das exposições gerais da escola.[3]
De sua relação com a jovem também francesa, Alexandrine Caroline Chevalier, Zéphyrin se tornou pai do fotógrafo Marc Ferrez, nome dado em homenagem ao seu irmão,[1] em 1843.