Voo Força Aérea Uruguaia 571
acidente aéreo nos Andes em 1972 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Voo Força Aérea Uruguaia 571 faz referência um voo que transportava quarenta e cinco pessoas, incluindo os pilotos, uma equipe de rugby com seus amigos, familiares e associados, que caiu no Monte Seler, no Chile, na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972.
Voo Força Aérea Uruguaia 571 | |
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Foto do memorial no local do acidente | |
Sumário | |
Data | 13 de outubro de 1972 - 23 de dezembro de 1972 |
Causa | Voo controlado contra o solo |
Local | Fronteira montanhosa remota entre a Argentina e o Chile, Vale das Lágrimas[1]. |
Coordenadas | 34° 45′ 54″ S, 70° 17′ 11″ W |
Origem | Aeroporto Internacional de Carrasco |
Escala | Aeroporto Internacional El Plumerillo |
Destino | Aeroporto de Pudahuel |
Passageiros | 40 |
Tripulantes | 5 |
Mortos | 29 |
Sobreviventes | 16 |
Aeronave | |
Modelo | Fairchild FH-227D |
Operador | Força Aérea Uruguaia |
Prefixo | 571 |
Primeiro voo | 1968 |
Devido à impressionante história de superação envolvendo dezesseis sobreviventes que permaneceram por meses no topo de uma montanha gelada, o evento ficou conhecido como "Tragédia dos Andes" ou "Milagre dos Andes".[2]
Aproximadamente um quarto dos passageiros da aeronave morreu imediatamente após o acidente. Outros sucumbiram devido ao frio e aos ferimentos. Havia pouca comida e nenhuma fonte de calor, obrigando os sobreviventes a enfrentar condições climáticas extremas, a mais de 3,6 mil metros (11,8 mil pés) de altitude. Diante da fome e de notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes recorreram ao canibalismo, alimentando-se da carne dos passageiros mortos, que havia sido preservada na neve.[3]
As equipes de resgate, que já haviam desistido das buscas, tomaram conhecimento da existência de sobreviventes 72 dias após o fato, quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de dez dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros.[4]
Muitas técnicas tiveram que ser desenvolvidas pelos passageiros, como aprender a derreter neve para produzir água e fazer precários abrigos com o forro dos assentos da aeronave. A falta de alimentos os levou à decisão de se alimentarem com a carne dos corpos das vítimas falecidas, que estavam congelados sob a neve.[3]
Após mais de dois meses isolados na montanha, dois dos sobreviventes caminharam por dez dias através da Cordilheira dos Andes, quando encontraram o vaqueiro Sergio Catalán, o qual providenciou os auxílios necessários e acionou a equipe de resgate.[5]
O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.[6]