Viseu
município e cidade de Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Viseu é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Viseu na sub-região de Viseu Dão-Lafões (NUT III), pertencendo à região do Centro (NUT II) e a antiga provincia da beira alta.
Viseu | |||||||
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Mapa de Viseu | |||||||
Gentílico | Viseense | ||||||
Área | 507,10 km² | ||||||
População | 100 105 hab. (2022) | ||||||
Densidade populacional | |||||||
N.º de freguesias | 25 | ||||||
Presidente da câmara municipal |
Fernando Ruas (PSD, 2021-2025) | ||||||
Fundação do município (ou foral) |
1123 (foral) | ||||||
Região (NUTS II) | Centro (Região das Beiras) | ||||||
Sub-região (NUTS III) | Dão-Lafões | ||||||
Distrito | Viseu | ||||||
Província | Beira Alta | ||||||
Orago | São Teotónio | ||||||
Feriado municipal | 21 de setembro (São Mateus) | ||||||
Código postal | 3510 - Viseu | ||||||
Sítio oficial | www.cm-viseu.pt | ||||||
Município de Portugal |
É sede do município de Viseu que tem uma área total de 507,10 km2[1], 100.237 habitantes[2] em 2021 e uma densidade populacional de 196 habitantes por km2, subdividido em 25 freguesias[3]. O município é limitado a norte pelo município de Castro Daire, a nordeste por Vila Nova de Paiva, a leste por Sátão e Penalva do Castelo, a sudeste por Mangualde e Nelas, a sul por Carregal do Sal, a sudoeste por Tondela, a oeste por Vouzela e a noroeste por São Pedro do Sul.
Para além de sede de distrito e de município, Viseu é igualmente sede de diocese e de comarca.
Segundo um inquérito de opinião organizado pela DECO de 2007 sobre qualidade de vida, Viseu é a 17.ª cidade europeia com maior qualidade de vida entre as 76 do estudo, sendo ainda a primeira das 18 cidades capitais de distrito portuguesas com melhor qualidade de vida.[4] Em 2012 foi considerada, mais uma vez, a cidade portuguesa com melhor qualidade de vida.[5] 2017 foi o ano oficial para visitar Viseu. Em 2018, Viseu celebrou-se como a "Cidade Europeia do Folclore" através do Festival Europeade. Em 2019, a cidade foi designada como Destino de Gastronomia.
Há menos de 10 anos foi encontrada uma ara no morro, ocupado pela sé catedral, que permitiu conhecer qual o nome, até aos dias de hoje mais antigo do lugar que viria a ser conhecido como Viseu. A ara votiva tinha uma inscrição latina e a leitura proposta pelo epigrafista Luís Fernandes é a seguinte:
“Às deusas e deuses vissaieigenses. Albino, filho de Quéreas, cumpriu o voto de bom grado e merecidamente.”
Segundo o mesmo especialista a ara datará possivelmente do século I e o nome do local seria Vissaium que se transformou em Vis(s)eum (Era Romana) e mais tarde em Viseo (Idade Média), Vizeu e Viseu[6]. Este achado permitiu recuar cinco séculos, uma vez que a forma Viseo, era conhecida por constar em documentos autênticos do século VI.
Entre os anos 712 e 1057, período da ocupação muçulmana, Viseu era conhecida por Castro Vesense - Vesi significada "visigodo".
A lenda representada no brasão da cidade, refere-se a o rei Ramiro II de Leão que, em viagem para outras terras, conheceu Sara, a irmã de Alboazar, rei do castelo de Gaia, por quem se apaixonou. Tal foi a paixão que se apoderou do rei, que este raptou Sara. Ao saber do sucedido, o irmão de Sara vingou-se raptando a esposa do rei, D. Urraca. Ferido no orgulho, D. Ramiro teria escolhido em Viseu alguns dos seus melhores guerreiros para o acompanharem, penetrando sorrateiramente no castelo, e deixando os guerreiros nas proximidades. Enquanto Alboazar caçava, D. Ramiro conseguiu entrar no castelo e encontrar D. Urraca que, sabendo da traição do marido, recusou-se a acompanhá-lo. Quando Alboazar regressou da caça, D. Urraca decide vingar-se do marido mostrando-o ao raptor. Ramiro, aprisionado e condenado à execução, pede para, como último desejo, morrer ao som da sua buzina, que era o sinal que tinha combinado com os soldados para entrarem no castelo. Ao final do sexto toque, os soldados cercam imediatamente o castelo, incendiando-o. Alboazar morreria às mãos dos soldados do rei Ramiro.
As origens da cidade de Viseu remontam à época castreja. Com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de cuja existência restam apenas como prova os miliários (passíveis de validação pelas inscrições) que se encontram: dois em Reigoso (Oliveira de Frades), outros dois em Benfeitas (Oliveira de Frades), um em Vouzela, dois em Moselos (Campo), um em São Martinho (Orgens), um na cidade (na Rua do Arco), outro em Alcafache (Mangualde) e mais dois em Abrunhosa (Mangualde); outros mais existem, mas devido à ausência de inscrições, a origem é duvidosa. Estes miliários alinham-se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olisipo-Cale-Bracara, outros dois polos bastante influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro - a Cava de Viriato.[7]
Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península, seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. Foi repovoada por Hermenegildo Guterres, conde de Coimbra, no ano de 868, tendo pertencido a este condado até à última década do século X, aquando da ofensiva de Almançor. De destacar a morte de D. Afonso V rei de Leão e Galiza no cerco a Viseu em 1028 morto por uma flecha oriunda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes, Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno rei de Leão, depois de assassinar em 1037 o legítimo rei Bermudo III (filho de D. Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos), no ano de 1058.
Mesmo antes da formação do Condado Portucalense, Viseu foi várias vezes residência dos condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. O filho destes, D. Afonso Henriques, terá nascido em Viseu a 5 de agosto de 1109, segundo a tese do historiador Almeida Fernandes. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
Viseu foi constituído senhorio pela primeira vez a 7 de julho de 1340, data em que D. Afonso IV o doou à sua nora D. Constança, aquando do seu casamento com o seu filho e sucessor, o futuro D. Pedro I. Por morte desta rainha, D. Pedro I doou o senhorio, a 9 de junho de 1357, à sua própria mãe, a rainha D. Beatriz de Castela, viúva de D. Afonso IV. Quando D. Beatriz morreu, em 1359, o senhorio de Viseu voltou às mãos da coroa, até que a 2 de outubro de 1377 o rei D. Fernando I, filho da antedita rainha D. Constança, o doou à sua filha natural, a condessa D. Isabel, que foi senhora de Viseu até 1383 e aí mandou construir uma torre, onde ficava quando estava na cidade. Com a crise dinástica de 1383–1385, o senhorio reverteu novamente para a coroa, assim ficando até à criação do ducado de Viseu em 1415.
No século XV, a Viseu é doado ao Infante D. Henrique, como parte da concessão do título de Duque de Viseu. Encontra-se uma estátua deste infante, construída em 1960, na rotunda que dá acesso à rua do mesmo nome. O seu irmão e rei, D. Duarte, nasceu em Viseu, a 31 de outubro de 1391.
No século XVI, em 1513, D. Manuel I renova o foral de Viseu, e assiste-se a uma expansão para atual zona central, o Rossio que, em pouco tempo, se tornaria o ponto de encontro da sociedade, e cuja primeira referência data de 1534. É neste século que vive Vasco Fernandes, um importante pintor português cuja obra se encontra espalhada por várias igrejas da região e no Museu Grão Vasco, perto da Sé.
No século XIX é construído o edifício da Câmara Municipal, no Rossio, trasladando consigo o centro da cidade, anteriormente na parte alta. Daí ao cume da colina, segue a Rua Direita, onde se encontra uma grande parte de comércio e construções medievais.
Viseu tem uma posição central em relação ao distrito e ao concelho, localizando-se no designado "Planalto de Viseu".
É envolvida por um sistema montanhoso, constituído a norte pelas serras de Leomil, Montemuro e Lapa, a noroeste a serra do Arado, a sul e sudoeste as serras da Estrela e Lousã, e a oeste a serra que mais diretamente influencia esta área, a do Caramulo. O município caracteriza-se por uma superfície irregular com altitudes compreendidas entre os 400 e os 700 m.
Situado numa zona de transição, o concelho apresenta um conjunto de microclimas. A serra do Caramulo, localizada a oeste do concelho, assume um papel de relevo em termos climáticos, ao atenuar as influências das massas de ar de oeste (embora o vale do Mondego[8] facilite a sua penetração). Assim, o clima de Viseu caracteriza-se pela existência de elevadas amplitudes térmicas, com Invernos rigorosos e húmidos e Verões quentes e secos.
A maior extensão do concelho é composta por granitos, sendo esta rocha a principal responsável na formação dos solos existentes. Em menor percentagem ocorrem formações quartezitas e gnaisses do pré-câmbrico e arcaico.
O município de Viseu é abrangido pelos seguintes rios:[9]
Viseu, como cidade localizada no encaixe entre o Norte e o Centro de Portugal, e "enclausurada" pelas Serras do Caramulo, Buçaco, Estrela, Leomil e Montemuro, tem um clima mediterrânico com influência continental e marítima. O seu clima é caracterizado por invernos frescos a frios, com temperaturas médias mensais entre os 6 °C e os 9 a 10 °C, húmidos, com uma precipitação total de cerca de 499,4 mm, e relativamente ventosos, em especial no mês de Janeiro. A primavera é amena, com alguma precipitação, concentrada nos primeiro dois meses, máxima que podem tocar os 28 a 30 °C e mínima que vão desde os 3 a 5 °C até os 15 °C, em dias de muito calor diurno. O verão é quente e seco, com máximas entre os 22 a 25 °C e os 30 a 33 °C, mínima entre os 12 e os 25 °C. O Outono é húmido e fresco, com bastante precipitação e concentrada nos últimos dois meses da estação. As temperaturas vão desde a mínima na ordem dos 4 a 15 °C, ou mais nos dias de Setembro e máxima que podem ir aos 30 °C em Setembro e os 15 °C no fim de Novembro.
Dados climatológicos para Viseu (1981-2010) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 20,0 | 22,6 | 27,6 | 30,3 | 33,0 | 39,0 | 40,5 | 40,4 | 39,6 | 31,2 | 27,3 | 22,5 | 40,5 |
Temperatura máxima média (°C) | 11,9 | 13,8 | 16,9 | 17,6 | 20,6 | 26,2 | 29,6 | 29,6 | 26,1 | 20,1 | 15,1 | 12,7 | 20,0 |
Temperatura média (°C) | 7,1 | 8,6 | 11,0 | 11,9 | 14,7 | 19,0 | 21,7 | 21,6 | 19,0 | 14,7 | 10,6 | 8,5 | 14,0 |
Temperatura mínima média (°C) | 2,2 | 3,3 | 5,2 | 6,2 | 8,8 | 11,7 | 13,8 | 13,5 | 11,9 | 9,1 | 6,0 | 4,2 | 8,0 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −6,6 | −7,3 | −5,4 | −3,8 | −0,5 | 2,0 | 0,6 | 6,0 | 2,0 | −2,8 | −3,6 | −5,0 | −7,3 |
Precipitação (mm) | 153,2 | 105,6 | 79,0 | 113,6 | 103,0 | 35,2 | 19,2 | 17,8 | 66,0 | 147,0 | 155,5 | 203,4 | 1 198,5 |
Dias com neve | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera(1981–2010)[10](Records: 1971-2010) 26 de Fevereiro de 2013 | |||||||||||||
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve) [11] 26 de Fevereiro de 2013 |
Viseu tem sido apropriadamente chamada Cidade do Verde Pinho, pois está rodeada de imensos pinheirais.[12] Hoje em dia espécies invasoras exóticas, como os eucaliptos e as mimosas, são mais abundantes. Subsistem, no entanto, extensas manchas de vegetação autóctone, especialmente soutos de castanheiros e carvalhos-negral. Em núcleos restritos, como a Mata do Fontelo, o Parque Aquilino Ribeiro ou a Quinta da Cruz, existem espécies exóticas e endémicas, conferindo à cidade um manto vegetal luxuriante.
★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa tiveram lugar a partir de 1864, regendo-se pelas orientações do Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853. Encontram-se disponíveis para consulta no site do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram:
Número de habitantes [13] | |||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 |
47 319 | 51 158 | 52 268 | 54 047 | 56 186 | 55 281 | 61 140 | 68 115 | 76 816 | 79 890 | 73 010 | 83 261 | 83 601 | 93 501 | 99 274 | 99 551 |
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Número de habitantes por grupo etário ** [14] | |||||||||||||
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1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 | |
0-14 Anos | 16 584 | 19 020 | 18 185 | 20 039 | 23 323 | 24 926 | 25 538 | 22 760 | 23 743 | 18 561 | 15 788 | 15 159 | 13 025 |
15-24 Anos | 10 270 | 9 910 | 10 284 | 11 311 | 12 574 | 14 260 | 14 647 | 12 560 | 14 527 | 14 414 | 14 589 | 10 897 | 10 626 |
25-64 Anos | 22 972 | 23 096 | 22 683 | 24 592 | 27 755 | 31 015 | 33 587 | 30 915 | 35 827 | 39 826 | 48 993 | 54 730 | 52 420 |
= ou > 65 Anos | 3 175 | 3 523 | 3 404 | 3 991 | 4 555 | 5 368 | 6 118 | 6 775 | 9 164 | 10 800 | 14 131 | 18 488 | 23 480 |
De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto" (**), ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.
O município de Viseu está dividido em 25 freguesias:
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Viseu está geminada com as seguintes cidades:
Cidades geminadas | Data | Cidades amigas | Data |
---|---|---|---|
Arezzo | 22 de janeiro de 2005 | Ciudad Rodrigo | - |
Marly-le-Roi | 8 de setembro de 1996 | Oviedo | 10 de outubro de 2007 |
Lublin | 24 de novembro de 1998 | Stª Maria da Feira | - |
Campinas | 8 de julho de 2010 | Aveiro | - |
Rio de Janeiro | 10 de dezembro de 2010 | ||
Khaskovo | 7 de agosto de 2008 | ||
Cantagalo | 17 de novembro de 2008 | ||
São Filipe | 2 de maio de 1994 | ||
Matola | 14 de março de 2011 | ||
Abijão | 18 de setembro de 2011 | ||
Elvas | 9 de outubro de 2022 |
Data | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | Participação |
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CDS-PP | PPD/PSD | PS | FEPU/APU/CDU | PDC | UDP/BE | PCTP/ MRPP | PPM | PRD | PSN | PH | PAN | CH | IL | ||||||||||||||||
1976 | 35,67 | 4 | 30,00 | 3 | 24,47 | 2 | 4,44 | - | 62,82 / 100,00 | ||||||||||||||||||||
1979 | 37,52 | 4 | 32,63 | 3 | 20,77 | 2 | 4,56 | - | 0,91 | - | 0,55 | - | 0,35 | - | 68,30 / 100,00 | ||||||||||||||
1982 | 30,71 | 3 | 35,79 | 4 | 21,34 | 2 | 3,74 | - | 1,33 | - | 2,52 | - | 68,86 / 100,00 | ||||||||||||||||
1985 | 38,03 | 4 | 35,93 | 4 | 14,94 | 1 | 2,88 | - | 0,60 | - | 3,94 | - | 64,86 / 100,00 | ||||||||||||||||
1989 | 34,11 | 3 | 38,42 | 4 | 21,87 | 2 | 1,44 | - | 0,48 | - | 0,46 | - | 60,76 / 100,00 | ||||||||||||||||
1993 | 10,21 | 1 | 49,02 | 5 | 34,26 | 3 | 1,56 | - | 1,67 | - | 64,26 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1997 | 8,17 | - | 54,66 | 6 | 32,22 | 3 | 1,24 | - | 0,40 | - | 62,21 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2001 | 6,15 | - | 62,06 | 7 | 24,40 | 2 | 1,65 | - | 1,88 | - | 0,30 | - | 59,30 / 100,00 | ||||||||||||||||
2005 | 4,46 | - | 56,91 | 6 | 30,60 | 3 | 1,71 | - | 2,44 | - | 60,94 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2009 | 5,24 | - | 62,06 | 7 | 26,30 | 2 | 1,53 | - | 2,30 | - | 56,45 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2013 | 9,56 | 1 | 46,37 | 5 | 26,84 | 3 | 4,02 | - | 3,80 | - | 47,99 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2017 | 5,10 | - | 51,74 | 6 | 26,46 | 3 | 3,85 | - | 4,79 | - | 2,18 | - | 50,79 / 100,00 | ||||||||||||||||
2021 | 2,02 | - | 46,68 | 5 | 38,26 | 4 | 1,17 | - | 2,01 | - | 1,26 | - | 2,95 | - | 2,20 | - | 56,45 / 100,00 |
Data | % | |||||||||||||||
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CDS | PSD | PS | PCP | UDP | AD | APU/ | FRS | PRD | PSN | BE | PAN | PSD CDS |
L | CH | IL | |
1976 | 35,02 | 32,46 | 21,02 | 2,20 | 1,12 | |||||||||||
1979 | AD | AD | 20,44 | APU | 1,25 | 66,97 | 5,34 | |||||||||
1980 | FRS | 0,70 | 68,69 | 5,15 | 19,45 | |||||||||||
1983 | 21,71 | 36,41 | 31,60 | 0,44 | 4,16 | |||||||||||
1985 | 21,29 | 36,70 | 19,77 | 0,56 | 4,53 | 12,25 | ||||||||||
1987 | 6,75 | 65,49 | 18,46 | CDU | 0,32 | 2,50 | 1,70 | |||||||||
1991 | 6,70 | 61,25 | 25,05 | 1,79 | 0,34 | 1,57 | ||||||||||
1995 | 13,16 | 41,05 | 40,85 | 0,27 | 1,56 | 0,18 | ||||||||||
1999 | 11,20 | 44,10 | 36,85 | 2,35 | 0,24 | 2,08 | ||||||||||
2002 | 10,93 | 51,34 | 31,30 | 1,37 | 2,28 | |||||||||||
2005 | 9,08 | 40,13 | 38,79 | 2,28 | 4,81 | |||||||||||
2009 | 13,17 | 38,51 | 31,37 | 2,66 | 9,08 | |||||||||||
2011 | 13,30 | 48,54 | 23,81 | 2,92 | 4,15 | 0,79 | ||||||||||
2015 | PSD | CDS | 28,39 | 3,58 | 8,49 | 0,88 | 49,78 | 0,72 | ||||||||
2019 | 5,52 | 37,44 | 31,20 | 2,41 | 9,72 | 2,73 | 0,69 | 1,18 | 0,90 | |||||||
2022[16] | 1,90 | 36,60 | 39,19 | 1,63 | 3,58 | 1,20 | 0,92 | 8,15 | 3,81 | |||||||
2024 | AD | AD | 25,65 | 35,60 | 1,17 | 3,43 | 1,54 | 2,53 | 19,73 | 3,96 |
No Largo da Sé está localizada a Igreja da Misericórdia, que data do século XVII, e também existem vestígios da antiga muralha.[17]
Desde o século XVIII, Viseu passou a dispor de duas feiras: a de todas as primeiras terças-feiras de cada mês, que atualmente se realiza às terças-feiras, todas as semanas; e a Feira Franca, anual, cuja referência se tem durante um inquérito realizado para o Dicionário Geográfico de Luís Cardoso, em 1758, em que um cura da cidade afirma que as produções agrícolas da cidade «não só fazem a terra abundante mas sustentam por mais de doze dias, quatro ou cinco mil pessoas que efetivamente habitam nesta cidade pelo tempo da Feira Franca». Alguns autores atribuem a criação da feira a D. Sancho I (1188) e a sua legalização por D. João I, mas foi D. Duarte que a transferiu para a Ribeira, mais tarde denominado Campo de Viriato, e para o dia 21 de setembro, dia de São Mateus. A feira seria suspensa até ao seu restabelecimento por D. Afonso V, agora de duração de 15 dias, e com início a 20 de Outubro, a decorrer novamente dentro da Cava. Já no reinado de D. Manuel I, a feira é deslocada para o Rossio de Santo António, atual Praça da República e, mais tarde, transladada para o Campo de Viriato, desta vez a decorrer entre 5 de outubro e 8 de setembro. Nos dias de hoje, a Feira Franca também é conhecida por Feira de São Mateus.
As pinturas de Vasco Fernandes e de outros artistas da escola de Viseu, são apreciadas pelo seu naturalismo e pelas paisagens de fundo. O tratamento da luz revela uma influência flamenga. No terceiro piso do museu são exibidas as obras-primas que outrora adornavam um retábulo da catedral.
O museu está instalado na casa que foi residência do capitão Francisco António de Almeida Moreira, a qual, com o recheio constituído por biblioteca e peças várias, pinturas, mobiliário, porcelanas e escultura, doou para museu-biblioteca patente ao público.
Nome | Local | Capacidade (em lugares) | Outros |
---|---|---|---|
Teatro Viriato | Largo Mouzinho de Albuquerque | 350 | - |
Pavilhão Multiusos de Viseu | Campo de Viriato | 2500 | Em upgrade técnico e restyling global |
Auditório Mirita Casimiro (Cine Clube de Viseu) | Rua Alexandre Lobo | 250 | - |
Viseu Arena | Campo de Viriato | 4000 | Atual Pavilhão Multiusos; abertura em 2018 |
Viseu tem três galerias de arte contemporânea e três espaços de exposição de arte contemporânea:
Nome | Local |
---|---|
António Henriques | Rua Cândido Reis |
4 Montras | Rua Nossa Sra. Fátima |
Mitóarte - escola e galeria de arte | Rua do Calvário |
Local | Capacidade (em lugares) | Tipo | Outros | |
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Pavilhão Multiusos | Campo de Viriato | 2500 | Exposições temporárias | Em upgrade técnico e restyling global |
Teatro Viriato | Largo Mouzinho de Albuquerque | 250 | - | |
Auditório Mirita Casimiro | Rua Alexandre Lobo | 250 |
Viseu tem vindo a assistir a uma forte renovação da sua oferta cultural. O melhor exemplo é o Festival Jardins Efémeros,[18] evento único em Portugal, que promove o encontro entre o público e novas formas expressão artística. Durante este festival, levado a cabo anualmente, em finais de julho, todo o Centro Histórico de Viseu é transformado num jardim acolhendo o talento de diversos criadores portugueses e internacionais. A utilização de espaços icónicos como a Sé de Viseu, Misericórdia, museus, capelas, jardins, logradouros, praças, o edificado do centro histórico (casas, lojas e edifícios industriais), reforça o carácter urbano do festival, valorizando o património da cidade de Viseu.
Em cada edição, o Festival Jardins Efémeros, apresenta uma oferta variada ao nível das artes plásticas e visuais, literatura, mercados, oficinas, música, som, teatro, dança, arquitetura, cinema, conferências e debates. Entre outros, já passaram por este evento nomes como: Nils Frahm; Robert Henke; Francisco Lopéz; Puce Mary; Holly Herndon; Anita Ackermann; Pedro Rebelo; Paus; Dead Combo; Lubomyr Melnyk; Robin The Fog; Sensible Soccers; Hands on Sound; Mikhail Karikis; The Legendary Tigerman. O Festival Jardins Efémeros é já considerado a mais completa realização multidisciplinar de arte contemporânea da região centro e interior de Portugal.[19]
Festival de Tunas Académicas realizado desde 2004 pela Tunadão 1998 - Tuna do Instituto Superior Politécnico de Viseu.
Viseu caracteriza-se como um centro administrativo, de comércio e de serviços. O sector agrícola ocupa apenas 2% da população ativa, em especial na produção hortícola, fruta, designadamente maçã e viticultura, especialmente os vinhos maduros DOC Dão e os verdes de Lafões. Até à década de 1980, houve a extração de minério de tungsténio e quartzo na exploração mineira do Monte de Santa Luzia, para alimentação da ENU - Empresa Nacional de Urânio e dos Fornos Elétricos de Canas de Senhorim, entretanto desativada.
O sector secundário, com uma atividade centrada em empresas de média dimensão, ocupa 16% da população. A indústria viseense produz, essencialmente, têxteis e têxteis-lar, mobiliário, metalurgia, máquinas e equipamentos industriais, agroquímicos e componentes automóveis. Importante, igualmente, a indústria da construção civil. O setor de serviços ocupa 83% da população.
A cidade de Viseu possui diversas áreas comerciais, entre as quais:[24]
A Feira Franca foi criada por D. Sancho I em 1188 (não tendo esse nome inicialmente),[26] havendo documentação a partir de 1392, passando mais tarde no século XVI a chamar-se Feira de S. Mateus. A história diz que a Feira Franca foi uma prenda de D. João I de Portugal, Mestre de Avis, por Viseu ter sido a única cidade portuguesa a estar a seu lado na crise de 1383-1385. A sua ligação a Viseu não acaba aqui, tendo o seu filho D. Duarte nascido aqui e os seus filhos D. Henrique e D. Fernando sido os primeiros duques de Viseu.
Numa área de 18 000 m² estão presentes centenas de expositores e feirantes representando todos os sectores de atividade.
Depois de na edição de 2016 ter ultrapassado o milhão de visitantes, em 2017 a Feira comemora 625 anos e pretende continuar a afirmar-se como o maior evento da região.
A Semana Académica de Viseu, ocorrendo normalmente na segunda quinzena de Maio, arrasta até à cidade milhares de pessoas para participarem nas diversas atividades, quer sejam familiares dos estudantes das diversas instituições de ensino superior, quer meros turistas curiosos. Não tendo uma tradição tão antiga como as suas congéneres de Coimbra, Lisboa, Porto ou Évora, a Academia de Viseu, já com cerca de 11 000 alunos, promove eventos como a Serenata Monumental, o Cortejo Académico, o Encontro de Tunas ou a Bênção das Pastas que se constituíram momentos importantes do calendário cultural da cidade.
As Termas de Alcafache Spa Termal são um dos principais centros de atração turística do concelho de Viseu, recebendo anualmente milhares de visitantes oriundos de todos os cantos do País que aqui vêm com o objetivo de realizar curas termais e programas de bem-estar. As propriedades da água sulfurosa de Alcafache que brota a mais de 50º são já uma referência no setor termal e que em muito contribuíram para que Viseu tenha sido considerada uma das cidades com maior qualidade de vida na Europa.
Em 2016 a Câmara Municipal de Viseu lança durante a BTL 2016 em Lisboa o website turístico «VisitViseu.pt». visitviseu.p para promover o turismo mundialmente com o objetivo de atrair o máximo de turistas à cidade. O website está disponível em Português e Inglês.
O Tuk-tuk é uma motorizada com capacidade para 3 pessoas, permitindo descobrir a cidade de Viseu. O veículo, com motivos inspirados no painel de azulejos da autoria do mestre Joaquim Lopes, parte do Largo General Humberto Delgado para dar a conhecer a cidade histórica, a cultura e a gastronomia, com destaque para o vinho do Dão. À disposição do turista estão circuitos que passam, por exemplo, pela Quinta da Cruz, percorrem o centro histórico e passam por quintas e produtores.
A 27 de outubro de 2016, foi anunciado que o município de Viseu passaria a integrar a rede do Turismo do Porto e Norte de Portugal, no âmbito de um protocolo aprovado por unanimidade na reunião de Câmara.
Segundo o antigo presidente da Câmara Almeida Henriques, atualmente "grande parte do crescimento" que tem sido verificado em Viseu ao nível do turismo deve-se a "turistas que vêm do Norte, do aeroporto Francisco Sá Carneiro".[27]
Viseu é conhecida como a "Cidade das Rotundas" e é considerada uma referência europeia no que ao planeamento urbano e construção de infraestruturas diz respeito.[28]
A capital portuguesa está localizada a 292 km, enquanto que a cidade de Porto está localizada a 133 km de Viseu.[29]
A requalificar
A cidade é servida por uma complexa e completa rede viária, fazendo a ligação a todos os concelhos do distrito, bem como aos portos próximos, às fronteiras espanholas em Vila Verde da Raia e Vilar Formoso e às principais cidades portuguesas.
O funicular de Viseu liga a zona alta junto ao Adro da Sé ao Campo de Viriato (campo da Feira de S. Mateus).
O Aeroporto Gonçalves Lobato é uma estrutura que tem de momento uma pista asfaltada de 1200 m de comprimento com 30m de largura.[30] Desde 17 de dezembro de 2015, é possível viajar de Bragança para Portimão (e vice-versa), sendo que o voo faz escalas em Vila Real, Viseu e Cascais. Os passageiros podem sair em qualquer um destes destinos e a viagem tem a duração de 2h20min. A partir de março de 2016, haverá 2 voos diários.[31]
Desde 11 de setembro de 2017 tem certificação para voos noturnos.
Viseu tem 24 linhas de autocarros urbanos integrados no sistema de Mobilidade Urbana de Viseu (MUV).[32] Tem mais duas linhas de mini autocarros elétricos que não têm paragens pré-definidas (linhas azuis): a primeira circula pelo centro, passando pelos mais importantes pontos comercias e históricos; a segunda liga a Central de Camionagem ao Hospital de São Teotónio.
Atualmente, Viseu, em conjunto com Bragança e Vila Real, é uma das únicas capitais de distrito dos países da antiga União Europeia dos quinze, que não tem uma serventia ferroviária. Contudo, a cidade já foi servida diretamente por duas ferrovias de via estreita, mas que estão atualmente encerradas: a Linha do Dão, entre Santa Comba Dão e Viseu, que fechou em 1989, e a Linha do Vouga, entre Espinho e Viseu, na qual o troço Sernada do Vouga - Viseu encerrou em 1990. O edifício principal da estação de Viseu, terminal destas duas linhas ferroviárias, foi demolido em 1994.
Em 2015, o Governo confirmou uma linha ferroviária que passaria pelo Porto de Aveiro, Viseu e Vila Franca das Naves, onde entroncar-se-á com a Linha da Beira Alta, seguindo depois para Espanha. A decisão está tomada e se a solução encontrada ficar abaixo dos 1,4 mil milhões de euros será uma realidade.[33]
A primeira rede de ciclovias urbanas de Viseu nasce em 2018. Esta nova rede ligará o Centro Histórico e principais pontos de uso da população. Um primeiro grande passo do “MUV” (Mobilidade Urbana de Viseu). Numa primeira fase, e até 2018, o circuito vai ter uma extensão de seis quilómetros e abranger o núcleo da cidade.
No futuro, o objetivo é o de chegar aos 66 quilómetros já que a rede, que integra o novo sistema de mobilidade suave em Viseu (MUV), contempla mais duas fases que farão a ligação às freguesias do concelho.
A ciclovia com os seis quilómetros vai ligar os pontos da cidade de utilização mais intensiva, como escolas secundárias e de ensino superior, o hospital, a central de camionagem, os parques verdes e a ecopista, assim como algumas ruas e praças do Centro Histórico.
Tudo isto num investimento superior a 3,5 milhões de euros, com fundos do Portugal 2020.[34]
As Escolas Básicas oferecem o ensino básico - 1.º ciclo de Viseu, sendo frequentadas por 4527 alunos.[35] Possui também oferta de Educação Pré-Escolar pública em estabelecimentos de educação e ensino (Jardins de infância e Escolas Básicas).
Ao nível do ensino secundário, existem três escolas: Alves Martins, Viriato e a Escola Secundária Emídio Navarro.
Ao nível do 2º e 3º ciclo existem oito escolas públicas: EB 2,3 Azeredo Perdigão, EB 2,3 Grão Vasco, EB 2,3 do Viso, EB 2,3 Infante D. Henrique, EB 2,3 de Silgueiros, EB 1,2 João de Barros, EB 2,3 de Mundão e EB 2,3 de D. Duarte.
Para além destas, funcionam três colégios privados: Colégio da Via Sacra, Colégio da Imaculada Conceição e EBIS Jean Piaget.
Viseu dispõe igualmente de ensino profissional na Escola Profissional Mariana Seixas, na Escola Profissional de Torredeita e na Profitecla.
A Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva fica situada na Rua Aquilino Ribeiro. Foi inaugurada no dia 31 de Maio de 2002.[36]
As equipas de futebol de Viseu são o Académico de Viseu Futebol Clube, Lusitano Futebol Clube de Vildemoinhos,[37] o Sport Viseu e Benfica,[38] Viseu 2001, Clube Futebol Os Repesenses, Futebol Clube de Ranhados, Grupo Desportivo de Abraveses, Viseu United Football Club e Dínamo da Estação (camadas jovens).
Os estádios de Viseu são o Estádio do Fontelo, localizado no parque Florestal do Fontelo, e o Estádio dos Trambelos, em Vildemoinhos.
Viseu, para além das equipas de voleibol associadas ao Desporto Escolar, conta com o CARDES (equipa federada que integra campeonatos nacionais), cujos treinos e jogos decorrem no Pavilhão do Fontelo.
Modalidade desportiva promovida pela Associação Full-Contact de Viseu com sede na Quinta da Carreira, Freguesia de São José em Viseu, no âmbito da sua longa e relevante atividade que, rapidamente se expandiu para além do distrito, dinamizando a pratica do Full-contact e mobilizando milhares de atletas de todos os distritos do país, originou assim, a fundação, também em Viseu, da Federação Portuguesa de Full-Contact.
Dos eventos realizados pela Associação Full-Contact de Viseu, destaca-se pela sua dimensão e representatividade internacional o Troféu Feira de São Mateus Ultimate Full-Contact realizado anualmente no Campo de Viriato inserido no programa da Feira de São Mateus.
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