Música sertaneja
gênero musical brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Música sertaneja é um gênero musical do Brasil produzido a partir da década de 1910 por compositores urbanos e rurais. As músicas podem ser chamadas genericamente de modas e emboladas e o som da viola é predominante.[2] O sertanejo é atualmente um dos mais populares estilos musicais no Brasil, superando inclusive o funk[3] na maioria dos estados do país, sobretudo em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Paraná.
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Sertanejo | |
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Origens estilísticas | pagode de viola, bachata, xote, fado, vanerão, ritmos do ritual católico da Folia de Santos Reis, cantos tradicionais rurais, catira, guarânia, polca paraguaia, cururu e chamamé[1] |
Contexto cultural | Início do Século XX, no Interior do Brasil |
Instrumentos típicos | violão, viola caipira, violão de doze cordas, sanfona, triângulo e pandeiro. |
Popularidade | Em todo o Brasil |
Formas derivadas | Moda de viola Pagode de viola |
Subgêneros | |
Música caipira Sertanejo romântico Sertanejo universitário Agronejo | |
Formas regionais | |
São Paulo Minas Gerais Goiás Paraná |
O gênero musical sertanejo mais famoso é o sertanejo caipira[por quem?], ou música caipira. Esse gênero musical caipira historicamente teve início com o bandeirismo, um movimento de desbravamento do interior da América do Sul formado por sertanistas paulistas. Antonio Candido definiu como Paulistânia todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante. Região esta onde se fixou o que entendemos por cultura caipira. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins e Mato Grosso são os locais onde se ambientaram esses valores. Parte desses bandeirantes abandonaram a lida das bandeiras, isolando-se e formando roças, foi nas roças do interior paulista que surgiu o homem caipira, e foi lá que a música caipira ganhou corpo e notoriedade, pelo canto de seus causos e suas lidas do interior, sendo gravada pela primeira vez por Cornélio Pires, em 1929.
Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até os dias atuais, sendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor (mais aguda), nasal e uso acentuado de um falsete típico. Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas, o ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural.[2][2]
Tais modificações dentro do gênero musical têm provocado muitas confusões e discussões no país a cerca do que seria música caipira/sertaneja. Críticos literários, críticos musicais, jornalistas, produtores de discos, cantores de duplas sertanejas, compositores e admiradores[quem?] debatem sobre quais seriam as formas artísticas de expressão do gênero, que levam em conta as mudanças ocorridas ao longo de sua história. Muitos estudiosos[quem?] seguem a tendência tradicional de integrar as músicas caipira e sertaneja como subgêneros dentro um só conjunto musical, estabelecendo fases e divisões: de 1929 até 1944, como "música caipira" (ou "música sertaneja raiz"); do pós-guerra até a década de 1960, como uma fase de transição da velha música caipira rumo à constituição do atual gênero sertanejo; e do final dos anos sessenta até a atualidade, como música "sertaneja romântica".[4] Outros no meio acadêmico[quem?], no entanto, consideram "música caipira" e "música sertaneja" gêneros completamente independentes, baseado na ideia de que a primeira seria a música rural autêntica e/ou do homem rural autêntico, enquanto a segunda seria aquela feita, como "produto de consumo", nos grandes centros urbanos brasileiros por não-caipiras.[5][6]
Se for adotado o critério de que música caipira e sertaneja são sinônimos, pode-se dividir este gênero musical em alguns subgêneros principais: "Caipira" (ou "Sertanejo Raiz"), "Sertanejo Romântico" e "Sertanejo Universitário". Dessa forma, faz parte do MPB.